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Novo Mercedes Classe E estreia motor 2.0 turbodiesel

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Novo Mercedes Classe E estreia motor 2.0 turbodiesel

Por ocasião da sua estreia em público no Salão de Detroit, que hoje abre portas, foram oficialmente revelados pela Mercedes as primeiras imagens e os principais dados técnicos relativos ao novo Classe E (série W213), que em breve iniciará a sua comercialização. Nesta que é a sua décima geração, um dos modelos mais importantes da marca da estrela introduz um novo motor turbodiesel de 2,0 litros, propõe a suspensão pneumática como opção, anuncia valores de referência para a classe em termos de peso e eficiência aerodinâmica, e promete inovar também nos domínios da assistência à condução e da condução autónoma.

Assente na nova plataforma modular MRA, que também serve o Classe S e o Classe C, composta em boa parte por alumínio e aço de ultra elevada resistência (ao mesmo tempo que guarda-lamas dianteiros, capot, tampa da mala e outros componentes da carroçaria são construídos em alumínio), o novo Classe E anuncia um comprimento total de 4923 mm, e uma distância entre eixos de 2929 mm, o que representa um acréscimo de 43 mm e 65 mm, respectivamente, face ao seu antecessor. Visualmente, e como já se antevia, o modelo recebe o essencial da sua inspiração estilística do Classe S, pelo que, neste particular, o principal elemento a ter em conta será mesmo o excelente Cx de 0,23. Disponível nos níveis de acabamento Exclusive, Avantgarde e AMG Line, o primeiro distingue-se pela tradicional estrela da marca montada no capot; estando esta, nos dois restantes, em relevo na grelha – grelha que é um dos elementos diferenciadores de cada um destes acabamentos.

O interior promete oferecer uma qualidade geral de referência, com profuso recurso a materiais como a pele e a madeira. O painel de instrumentos digital oferece três ambientes, elegíveis pelo condutor (Classic, Sport e Progressive); os botões Touch Controls sensíveis ao toque são uma estreia na classe; como inéditos são os dois ecrãs de alta resolução opcionais, cada qual com 12,3”, cobertos pelo mesmo vidro protector, e que se podem conjugar para funcionar como um único ecrã panorâmico. Também opcional é a iluminação interior integralmente em LED, que permite escolher entre 64 cores, e o pacote Heat Comfort, que além dos bancos propõe os os apoios de braços aquecidos nas portas e na consola central, mais uma estreia neste segmento. Ainda no habitáculo, referência para o banco traseiro rebatível na proporção 40/20/40, e para o carregamento por indução para smartphones.

Na fase de lançamento, o novo Mercedes E contará sempre com caixa automática de nove velocidades e terá como versões mais acessíveis as variantes E 200 e E 220 d, animadas por motores de quatro cilindros e 2,0 litros. O E 200 recorre à unidade a gasolina de 184 cv e 300 Nm, anunciando 7,7 segundos nos 0-100 km/h e um consumo combinado de 5,9 l/00 km. Já o E 220 d monta sob o capot um novo propulsor turbodiesel que aqui debita 195 cv e 400 Nm, o suficiente para lhe permitir cumprir os 0-100 km/h e 7,3 segundos e anunciar um consumo combinado de 3,9 l/100 km. Totalmente construído em alumínio, e prometendo um grande refinamento, este motor sucede ao popular 2.1 turbodiesel que durante tantos anos prestou serviço no banco de órgãos da casa de Estugarda, e será mais tarde disponibilizado também numa versão de 150 cv, capaz de permitir ao Classe E anunciar emissões de CO2 abaixo de 100 g/km.

Da gama do novo Classe E fará ainda parte o E 350 e, um híbrido plug-in capaz de oferecer 30 quilómetros de autonomia no modo totalmente eléctrico, e que combina um quatro cilindros a gasolina de 2,0 litros, 205 cv e 350 Nm com um motor eléctrico de 82 cv e 360 Nm. O rendimento combinado é de 279 cv e 600 Nm, os 0-100 km/h cumprem-se aqui em 6,2 segundos, o consumo combinado é de 2,1 l/100 km e as emissões de CO2 de não mais do que 49 g/km.

Na oferta será ainda possível encontrar uma versão animada por um 3.0-V6 turbodiesel com 258 cv e 620 Nm, capaz de 5,9 segundos nos 0-100 km/h e de um consumo combinado de 5,1 l/100 km; e a variante E 400 4Matic, com tracção integral permanente e motor V6 a gasolina de 333 cv e 480 Nm. Como é óbvio, numa fase posterior o modelo conhecerá ainda as versões mais extremas, assinadas pela AMG, assim como uma derivação carrinha, a lançar ainda este ano, e muito provavelmente a revelar no próximo Salão de Genebra (já o coupé da gama só deverá chegar em 2017, e o cabrio no ano seguinte).

A suspensão, de série, contará com amortecimento convencional, mas serão propostas três opções Direct Control com amotecimento adaptativo: Comfort, Avantgarde (confortável mas de temperamento mais desportivo, rebaixada 15 mm) e Sport (com amortecimento adaptativo e rebaixada 15 mm). Disponível estará, igualmente, o amortecimento pneumático Air Body Control com câmaras de diferentes tamanhos (três nos cilindros pneumáticos traseiros, duas nos dianteiros), para melhor controlo das reacções do amortecimento invidual por roda – um sistema que dispõe ainda de altura ao solo variável, e cuja actuação varia em função dos modos de condução Comfort, Eco, Sport e Sport+ (ou Individual) seleccionados pelo condutor, e que actuam também sobre a resposta do acelerador, da direcção e da caixa de velocidade.

Domínio em que o novo Classe E promete marcar a diferença é o da Assistência à Condução e da Condução Autónoma. De série, são propostos o Active Brake Assist, o Attention Assist (agora com regulador de sensibilidade) e o Crosswind Assist (reduz os efeitos dos ventos laterais). Em opção, são propostas soluções como o Drive Pilot ‑ capaz de manter a distância para o veículo da frente, e segui-lo, até aos 210 km/h, também actua activamente até 130 km/h em função da “leitura” que é feita do ambiente circundante, mesmo que as marcações da estradas estejam apagadas ou sumidas. Em combinação com o Comand Online, o sistema pode adoptar a velocidade máxima permitida por lei em função das informações recebidas do leitor de sinais de trânsito e do sistema de navegação, e inclui ainda o Assistente Activo de Mudança de Faixa – inicia a manobra, desde que a faixa esteja desocupada, sempre que o condutor mantém o indicador de mudança de direcção ligado durante mais de dois segundos.

Por seu turno, o Assistente de Travagem passa a funcionar também nos cruzamentos (actua se detectar tráfego cruzado e o condutor não actuar em conformidade) e nas filas de tráfego; e existe um assistente para as manobras de evasão, para evitar atropelamentos. Já o Remote Parking Pilot permite, remotamente, e através de uma App para smartphone, que o Classe E entre e saia de lugares de estacionamento ou de garagens de forma autónoma; enquanto que o Pre-Safe passa a contar com uma função contra embates laterais (uma câmara de ar insuflável nas costas dos bancos dianteiros é em fracções de segundo insuflada na iminência de um embate), e também com uma função sonora, que alerta os ocupantes para a iminência de um embate através de um interferência no sistema de som. Primeiro sistema do género a ser proposto num automóvel de produção em série, a comunicação entre o Classe E e outros veículos que circulem nas proximidades, e que através da rede de telemóvel troca informações sobre o estado da via, emite avisos para o condutor relativos a obstáculos e outros perigos inesperados, incluindo os decorrentes das condições atmosféricas, como chuva ou gelo na estrada.

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zyrgon