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O uso responsável do automóvel

Artigo
O uso responsável do automóvel

Temos por certo que a invenção do automóvel foi fulcral no desenvolvimento das sociedades modernas. Na sua génese nada faria prever que se tornasse em causa de tantas mortes pelo mundo.

As políticas de segurança rodoviária desenhadas pelas organizações, quer ao nível mundial quer ao nível de cada país, são a face visível das preocupações de todos os Estados, quando o tema é a sinistralidade rodoviária. Portugal, seguindo afinal a tendência europeia, sofreu um ligeiro revés nos indicadores obtidos no ano passado. Tivemos mais acidentes registados e mais vítimas.

De novo postas as mãos à obra, estará para breve a construção de nova Estratégia de Segurança Rodoviária que nos levará ao limiar da presente década. Mais uma vez será a redução drástica de acidentes e de vítimas que norteará os trabalhos.

Mas, como aliás venho referindo em artigos anteriores, caso não haja a adesão natural e imediata dos próprios condutores a este desígnio politico e nacional, será com grande dificuldade que se alcançarão as metas a estabelecer. Não pretendemos condutores que cumpram o código da estrada só porque sabem que podem ser fiscalizados e autuados. Queremos condutores que alterem comportamentos e atitudes por haver uma consciência coletiva de que só por via de uma condução segura se salvam vidas, sobretudo as próprias.

As viaturas, postas ao nosso dispor para que possamos ir do ponto A ao ponto B, só não serão vistas como armas letais, se quem as usa o fizer com responsabilidade. E não faz sentido andar a pedir constantemente pedagogia e campanhas de sensibilização. As ações corretas estão nas nossas mãos.

Conduzir não pode transformar-se num modo de morte. Tem que ser visto, antes, como um modo de vida. Percorrer a tal distância que une A com B em menos tempo, pode não ser a melhor via para aqui andarmos mais tempo.

Gabriel Mendes
Comandante da UNT/GNR

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