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Renault Clio celebra bodas de prata

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Renault Clio celebra bodas de prata

Nascido para suceder ao “mítico” Renault 5, o Clio tornou-se, nos seus vinte e cinco anos de carreira, num dos automóveis mais populares do mercado europeu. Do seu currículo constam marcos como as treze milhões de unidades produzidas; o ser o automóvel francês mais vendido de sempre; o ter sido, por dezoito vezes, o automóvel francês mais vendido a nível global; os dois títulos de Carro do Ano na Europa; e o titulo de modelo mais vendido na sua classe, a nível europeu, em 2014 e 2015.

O seu nome provém de uma musa da mitologia grega, e também aqui o Clio foi pioneiro, por ter inaugurado a estratégia da Renault de passar a identificar os seus modelos por nomes, ao invés de por números. Na sua primeira geração, media apenas 3,7 metros de comprimento e visava combinar a versatilidade reconhecida ao seu antecessor com algumas soluções então típicas de modelos de segmentos superiores, por isso propondo elementos então pouco vulgares a este nível, como ABS, ar condicionado, caixa automática de gestão electrónica, alarme, direcção assistida ou retrovisores eléctricos e aquecidos. Impossível não lembrar, também, a versão Baccara, com os seus luxuosos revestimentos em pele cinzenta, as aplicações em madeira de nogueira e os comandos cromados.

Com mais 7 cm de comprimento, o Clio 2 chegou em 1998 e sua versão de luxo passava a ser identificada pela sigla Initiale, dando continuidade ao conceito criado com o Baccara – entre os seus maiores atributos, os motores de quatro válvulas por cilindro, e a oferta de ABS e dos airbags para condutor e passageiro em toda a gama. Em 2005 foi revelado o Clio 3, com comprimento ampliado para 3,99 metros e pela primeira vez disponibilizado em versão carrinha – apresentava como grandes novidades para o segmento o arranque sem chave, a navegação por GPS, o cruise-control com limitador de velocidade e uma invejável dotação de segurança (podia montar até oito airbags, e foi o primeiro modelo da classe a obter cinco estrelas nos testes do Euro NCAP), conquistando, em 2006, o seu segundo título de Carro do Ano na Europa.

O Clio da actual geração, a quarta da sua existência, foi lançado em 2012, tendo por inspiração o protótipo DeZir. Com 4,06 metros de comprimento, estreou a nova linguagem estilística da Renault, marcada pela dinâmica e desportiva secção dianteira, com a tradição de oferecer equipamentos únicos na sua categoria a ser confirmada pela disponibilização do sistema de infoentretenimento R-Link.

Inevitável, quando o tema é a história do Clio, é aludir às suas derivações de carácter desportivo. Como o inesquecível Clio Williams, de 1993, evocativo da presença da Renault na Fórmula 1 nessa época, nomeadamente da sua ligação à equipa Williams (ainda que o modelo tenha sido integralmente desenvolvido pela Renault Sport, a sua divisão desportiva). Animado por um motor 2.0 de 150 cv, e capaz de atingir 215 km/h, o Clio Williams começou por ser produzido numa série limitada a 3800 exemplares, mas a procura foi tal que a Renault acabou por fabricar mais 1600 exemplares, e por lançar duas evoluções do modelo, que apenas se distinguiam do original por pequenos detalhes estilísticos e pelo equipamento de série mais generoso.

Obrigatória referência, também para o radical Clio V6 de 1998. Inicialmente revelado como protótipo, o entusiasmo revelado pelo público rapidamente levou a Renault a decidir-se pela sua passagem à produção numa série limitada. Com tracção traseira e motor 3.0-V6 montado em posição central, contava com apenas dois lugares, começando por oferecer 230 cv, mas a sua segunda geração, lançada cinco anos mais tarde, debitava já 255 cv , o que lhe permita cumprir os 0-100 km/h em menos de 6,0 segundos.

Nos últimos anos, o protagonismo nesta matéria tem cabido às variantes R.S., uma contante na gama do Clio desde 2006. Ao longo da última década, o aumento do rendimento e da performance têm sido ininterruptos: o Clio 3 R.S., de 2006, oferecia 197 cv; o Clio 4 R.S., de 2013, disponibilizava 200 cv; com o actual Clio RS Trophy, revelado em 2015, a subir a fasquia para 215 cv. Uma situação que, seguramente, não deixará de ter continuidade na futura geração deste popular utilitário, que já não deverá demorar muito a ser revelada.

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zyrgon