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GM aposta na condução autónoma: Super Cruise em 2017, produção em massa no horizonte

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GM aposta na condução autónoma: Super Cruise em 2017, produção em massa no horizonte

Inicialmente previsto para este ano, o lançamento do Super Cruise, o sistema de condução semi-autónoma da General Motors, já se sabia só iria ocorrer em 2017 – o próprio construtor norte-americano anunciou-o em Janeiro passado. Agora, a NHTSA (autoridade norte-americana de segurança rodoviária) publicou uma carta em que são dados a conhecer alguns dos detalhes e valências do dispositivo, já confirmados pela GM, em carta a que a agência Reuters teve acesso.

Por exemplo, o sistema permitirá que os condutores possam tirar as mãos do volante por longos períodos, especialmente em auto-estrada, mas imobilizará automaticamente o veículo caso detecte que este não está atento à sua tarefa, ou que a estrada é excessivamente sinuosa. Mas isto só depois de emitir uma série de alertas, visuais e sonoros, destinados a garantir que a mão humana volta a tomar o controlo da situação – caso tal não ocorra, a velocidade diminui gradualmente até que o veículo se imobilize, sendo então activadas as respectivas luzes de emergência.

Em carta enviada à GM, a NHTSA confirmou que seria admissível que o sistema procedesse desta forma, mas manifestou algumas preocupações relativamente à respectiva segurança. Instando a construtor norte-americano a “garantir que esta solução de recurso não se traduz num risco excessivo para a segurança”, já que o veículo poderá imobilizar-se tanto na berma como na própria via de circulação.

O sistema de monitorização do Super Cruise conta com um software de reconhecimento facial capaz de detectar se o condutor está a adormecer ou a não prestar atenção à estrada, segundo avançou um porta-voz da GM. Se tal ocorrer, o sistema começa por emitir um aviso através de um painel vermelho, seguido de uma vibração no assento e, depois, de uma mensagem de áudio previamente gravada. Caso todos estes alertas sejam ignorados, o sistema OnStar tentará, então, entrar em contacto directo com o condutor.

Todas estas cautelas resultam, em boa parte, das preocupações levantadas em torno dos sistemas que permitem que os veículos se auto-conduzam por longos períodos, mormente desde a morte de um proprietário de um Model S em Maio passado, quando circulava fazendo uso do famoso sistema Autopilot da Tesla – acidente que a NHTSA ainda se encontra a investigar. Mais recentemente, a marca norte-americana operou uma profunda evolução neste dispositivo, mas em que boas partes das suas funções (novas e já conhecidas) se encontram inactivas, algo que não tem sido visto com bons olhos pelos seus clientes, o que levou a Tesla a anunciar a respectiva ativação dentro de “algumas semanas”.

Mas nada disto demove a GM de ser o primeiro construtor a produzir automóveis autónomos em massa (leia-se, de preço minimamente acessível), e foi a própria Ceo do grupo, Mary Barra, quem anunciou que, já em Janeiro, começarão a sair da sua fábrica do Michigan as primeiras unidades de testes do eléctrico Chevrolet Bolt dotadas desta tecnologia.

A versão autónoma da versão americana do Opel Ampera-e (ou vice-versa…), com mais de 500 quilómetros de autonomia no ciclo NEDC, começará de imediato a ser testado na via pública, nos arredores do Centro Técnico da GM em Detroit, em condições de condução de Inverno e sobre estrada geladas ou cobertas de neve. Sendo a frota bastante mais numerosa do que as quarenta unidades do Bolt autónomo que há já algum tempo circulam na Califórnia, também em testes de desenvolvimento.

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zyrgon