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Sem incentivos eléctricos desaparecem em Hong Kong

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Sem incentivos eléctricos desaparecem em Hong Kong

Tal como a Dinamarca, Hong Kong chegou a ser uma referência a nível mundial no que à implementação dos automóveis eléctricos diz respeito, chegando a ser considerado por Elon Musk como um marco para os veículos eléctricos, em que a Tesla até deteve mais de 80% de quota de mercado no segmento. Mas as coisas mudaram drasticamente, e, no passado mês de Maio, nem um automóvel eléctrico foi matriculado no território.

A explicação reside, também aqui, nos incentivos que são, ou não, atribuídos a estes veículos, provando que estão ainda muito dependentes de factores que não sua valia intrínseca para vingarem num mercado ainda quase totalmente assente em modelos animados por motores de combustão (que hoje representarão qualquer coisa como 99,8% das vendas a nível global). Ou seja, desde que as autoridades locais daquela região administrativa especial da China implementaram uma agressiva politica de redução das isenções fiscais sobre os eléctricos, o que se traduziu num aumento de 50% a 80% dos respectivos preços, as vendas caíram de 2964 unidades em Março (ainda que insufladas pelo anúncio da supressão desses benefícios) para um zero absoluto em Maio.

No centro desta questão poderá estar, também, a pressão que alguns fabricantes, nomeadamente os alemães, vinham exercendo no sentido de contrariar o domínio quase absoluto que a Tesla vinha exercendo no sector dos veículos eléctricos em Hong Kong, pretendendo que os incentivos fiscais se aplicassem, igualmente, aos híbridos plug-in. Ao que parece, as autoridades decidiram cortar o mal pela raiz, e, ao invés de alargarem a abrangência dessas isenções, pura e simplesmente eliminaram-nas, com os resultados que agora se vêem.

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zyrgon