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Faz de Conta

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Faz de Conta

 A propósito da Web Summit que por estes dias ocorre em Lisboa, achei lamentavelmente hilariante o conteúdo do discurso do primeiro ministro Costa na abertura do evento, o qual só pode ter sido escrito por algum humanóide, tipo Sophia, que não vive por cá.

Burocracia controlada e em decrescimento? Ambiente fiscal estável e atraente? Em Portugal? Será que temos outro primeiro-ministro que não conhece a tributação das empresas, seja em sede de IRC, da aberrante Tributação Autónoma e das Derramas?

Como pode pensar-se (e dizer-se) que o ambiente tributário em que um imposto (IRC) que nos últimos 25 anos viu 728 alterações é estável e propicio ao investimento empresarial? Como pode pensar-se em gerar emprego com salários dignos e com libertação de fundos multiplicadores do investimento e da atração empresarial, com a ineficiência que esta carga e instabilidade fiscal causa?…

António Pires de Lima aprovou (creio que em 2014) o desagravamento sequencial, anualmente falando, de impostos para as empresas, bem como para as novas empresas, fator decisivo para a situação de prosperidade que lhe sobreveio. A opção deste governo tem sido pelo aumento do rendimento liquido das pessoas singulares, quer por via dos aumentos de salários e outras regalias da função pública e equiparados, quer por baixa de IRS. Ideologicamente, pode dizer-se que é apenas um caminho alternativo, mas é evidente que, com ele, se pretendem sobretudo os votos daqueles em 2018, sem uma visão séria e estadista de sucesso económico, social e cultural para o país.

Mário Lopes
mariojglopes@gmail.com

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