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Audi A3 Cabriolet 1.6 TDI 110 cv Attraction

Artigo
Audi A3 Cabriolet 1.6 TDI 110 cv Attraction

Visão geral
Marca:

Audi

Modelo:

A3 Cabriolet

Versão:

1.6 TDI 110 cv Attraction

Ano lançamento:

2014

Segmento:

Descapotáveis

Nº Portas:

3

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.6 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

110/3200

Vel. máx. (km/h):

200

0-100 km/h (s):

11,4

CO2 (g/km):

104

PVP (€):

38 249/43 445

Gostámos

Conforto, Consumos, Qualidade de construção e de materiais, Tratamento acústico da capota

A rever

Motor anémico, Escalonamento longo das últimas relações da caixa, Espaço dos lugares traseiros

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Qualidade geral
9.0
Interior
7.0
Segurança
9.0
Motor e prestações
6.0
Desempenho dinâmico
6.0
Consumos e emissões
8.0
Conforto
10
Equipamento
6.0
Garantias
7.0
Preço
6.0
Se tem pressa...

A introdução da motorização 1.6 TDI 110 cv baixa o preço do A3 Cabriolet – ou melhor, da sua gama Diesel – para uma fasquia abaixo dos 40 mil euros. Não invente muito nos opcionais e terá aqui um descapotável Premium com um conforto inatacável, consumos frugais e um preço… relativamente (mas apenas relativamente!) contido

7.4
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O Audi A3 Cabriolet, ou, como é conhecido internamente,  aquilo que o A4 Cabrio queria ser mas nunca foi, tinha um problema, se assim o pode dizer: faltava-lhe um motor Diesel que o colocasse abaixo da fasquia dos 40 mil euros. A introdução da super-racional motorização 1.6 TDI 110 cv vem resolver este problema e, ao mesmo tempo, dá-nos a oportunidade de testar um A3 Cabriolet no meio de algumas das chuvadas mais violentas dos últimos tempos. Haverá teste melhor à capacidade all-weather de um descapotável?

A capota de lona do Audi A3 Cabriolet tem um sistema de recolha eléctrica cuja operação demora 19 segundos de fio a pavio. Quando recolhida, a mala sofre uma redução do espaço disponível, passando de 320 para 275 litros

As fotografias podem não aparentar, mas foram feitas precisamente entre dois dias de chuva particularmente abundante. No interior, protegido da carga de água, vê-se um habitáculo igual ao de todos os outros A3 existentes,  excepção feita ao botão de recolha eléctrica da capota, lado-a-lado com o travão de mão eléctrico. Em poucas palavras: é igual, mas isso significa apenas que é muito bom. O design minimalista, encaixado em materiais e montagem dignos do nome Audi, reúne as condições essenciais para uma viagem descansada e confortável: comandos intuitivos, particularmente do MMI, que pode sempre , um volante multifunções em pele com comandos que não obstruem a condução, e um banco com regulações suficientes para uma boa posição de condução. Atrás, o panorama não é tão bom: espaço muito limitado em comprimento para as pernas dos ocupantes e uma largura limitada pelas imposições estruturais de ter uma capota retráctil e encaixes para o deflector aerodinâmico. A capota, tal como no nosso ensaio ao mesmo descapotável mas dotado do motor 2.0 TDI com 150 cv, está dotada do isolamento acústico adicional, mas não deixa de passar para o habitáculo aquilo que as articulações mecânicas sofrem com o mau piso. Aquilo que há a acrescentar face ao ensaio anterior é o excelente isolamento acústico que inibe que, até sob forte chuva, seja possível manter a música a um volume normal ou que uma conversa possa ser tida sem ter de se levantar a voz. Talvez mais importante ainda, o isolamento da capota deixa-nos concentrados para o que realmente interessa: a condução. De facto, tirando a visibilidade para trás que é reduzida, fruto dos enormes pilares C feitos de lona e do óculo traseiro com escoamento duvidoso de água, conduzir este A3 Cabriolet é igual a conduzir um qualquer (excelente) pequeno familiar.

A regra de ouro do mercado português: utilizar o motor mais pequeno possível. O 1.6 TDI 110 cv tem as suas limitações, evidentemente, mas é pouco gastador e a caixa de seis velocidades, bastante longa, torna a utilização bastante agradável mesmo em auto-estrada

A regra de ouro do mercado português: utilizar o motor mais pequeno possível. O 1.6 TDI 110 cv tem as suas limitações, evidentemente, mas é pouco gastador e a caixa de seis velocidades torna a utilização bastante agradável em todo o tipo de circuitos

Os números obtidos pelo bloco 1.6 TDI 110 cv demonstram rapidamente as forças e fraquezas de se ter um bloco pequeno a locomover um objecto com 1420 quilos: se por um lado, a aceleração 0-100 km/h até nem é particularmente fraca (11,1 segundos), as recuperações, que colocam à prova a capacidade de baixos e médios regimes do propulsor e, também, o escalonamento da caixa, mostram que principalmente as últimas duas relações de caixa são extremamente longas, o que coaduna mais com a necessidade de manter o motor em baixa rotação quando se rola em modo “descapotável” do que numa situação em que a ultrapassagem deva ser feita com alguma urgência. Evidentemente, o bloco de dois litros tem potência e binário claramente superiores, mas apesar de tudo as diferenças só se fazem notar nas recuperações de 80-120; em sexta, a deste 1.6 TDI 110 cv chega perto dos 20 segundos, um valor nada saudável e que mostra o quão longa a caixa é.

Do ponto de vista dinâmico, a unidade testada pouco ou nada acrescenta face à motorização anteriormente ensaiada: rolamento de curva acentuado e transferências de massa exacerbadas pelo perfil do pneu e pela suspensão tendencialmente suave. Ainda assim, o A3 Cabriolet tem um limite dinâmico relativamente alto, principalmente a partir do ponto em que se começa a confiar cada vez mais numa frente com uma boa resistência à subviragem e nos excelentes comandos que possui. Considerações dinâmicas à parte, a suavidade do conjunto resulta, isso sim, num conforto absolutamente intocável. A “digestão” de lombas e depressões faz-se com todo a souplesse que se exige de um bom cabriolet e a filtragem do mau piso é executada como se de um automóvel de segmento acima – com suspensão pneumática – se tratasse. Aqui pode entrar em jogo a maior leveza do motor 1.6 TDI, que ajuda a reduzir o peso suspenso e a melhorar ligeiramente aquilo que já era, sem sombra de dúvida, um excelente amortecimento na unidade 2.o TDI 150 cv.

Os pneus 205/55 “casam” o seu perfil generoso com a suspensão convencional do A3 Cabriolet. O resultado: um dos automóveis mais confortáveis deste ou de qualquer outro segmento

Os mais de cinco mil euros de diferença para a versão Diesel imediatamente acima (e equiparável), a 2.0 TDI 150 cv Attraction, coloca algumas dúvidas sobre a necessidade de ir pelo motor maior. Ganhará, e muito, em recuperações, se assim o fizer, mas se decidir aplicar essa mesma diferença em equipamento conseguirá precisamente todos os itens opcionais que estão na lista deste A3 Cabriolet. É basicamente tudo o que alguma vez precisará de utilizar, excepção feita à ausência absolutamente ridícula do cruise-control (320 euros) que, dados os mais de 40 mil euros de preço, deveria ser um opcional “tatuado” em qualquer lista de equipamento de série.

Se o 1.6 TDI 110 cv é o motor ideal, pergunta? Evidentemente que não, e nem o 2.0 TDIbcom 150 cv o é. Um bom cabriolet pede um bom motor a gasolina, e na gama do A3 Cabriolet há-os sob a forma dos TFSI de 1,4, 1,8 e 2,0 litros. Qualquer um deles gastará substancialmente mais, provavelmente, mas qualquer um deles fará da sua viagem pela Marginal fora, de cabelos ao vento, um tudo-nada mais épica do que se for a ouvir o “glá-glá-glá” – ainda que refinado q.b. – destes motores Diesel…

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbag de joelho
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Controlo electrónico de estabilidade
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado manual
Computador de bordo
Apoio de braços dianteiro
Bancos dianteiros com regulação em altura e almofada extensível
Banco traseiro rebatível 50/50
Volante regulável em altura+profundidade
Ligação Bluetooth
MMI com ecrã rectráctil de 5,8″
Vidros eléctricos FR/TR
Capota eléctrica
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Jantes de liga leve de 16″

Pintura metalizada (€760)
Deflector de vento (€375)
Capota acústica (€295)
Isqueiro e cinzeiro (€35)
Pacote iluminação (€245)
Pacote Advance (€775, ar condicionado automático bi-zona e sensores de estacionamento atrás)
Pacote MMI navegação (€1005 Audi music interface, sistema Bluetooth)
Pacote Techno (€1705, faróis de Xénon, sensor de luz e chuva, volante de quatro braços, em pele, multifunções)

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Sobre o autor
Pedro Mosca