BMW 420d Gran Coupé auto

BMW 420d Gran Coupé Auto

Posição de condução excelente e qualidade geral referencial marcam, em definitivo, o habitáculo

BMW 420d Gran Coupé Auto

BMW 420d Gran Coupé Auto

BMW 420d Gran Coupé Auto

O acesso à bagageira é facilitado pela quinta porta, e a respectiva capacidade pode ser substancialmente ampliada através do rebatimento assimétrico do banco traseiro

BMW 420d Gran Coupé Auto

BMW 420d Gran Coupé Auto

BMW 420d Gran Coupé Auto

BMW 420d Gran Coupé Auto

As jantes de 18" fazem parte do pacote opcionail de equipamento Luxury Line

O volante desportivo M é mais um elemento pertencente à lista de opcionais

BMW 420d Gran Coupé Auto

O portão traseiro de comando eléctrico, a partir da chave, do habitáculo ou do próprio portão, é de série no Série 4 Gran Coupé

BMW 420d Gran Coupé Auto

BMW 420d Gran Coupé Auto

BMW 420d Gran Coupé Auto

BMW 420d Gran Coupé Auto

O BMW Série 4 Gran Coupé não é, propriamente, a mais recente novidade do mercado, mas a chegada a esta gama da mais recente evolução da do motor 2.0 turbodiesel, tradicionalmente um dos preferidos dos portugueses, justifica bem uma análise mais detalhada ao renovado 420d Gran Coupé. Até porque esta á uma evolução que acarreta alguns benefícios significativos ao modelo em termos de utilização, nomeadamente ao nível dos custos.

Visualmente, quase nada a registar, para além da introdução de uma dupla ponteira de escape: as linhas do Série 4 Gran Coupé continuam a agradar, muito beneficiando com a adopção das opcionais jantes de 18” instaladas na unidade ensaiada, contidas no pacote de equipamento Luxury Line. No habitáculo é que não há mesmo novidades a referir: a (referencial) qualidade de construção é a conhecida da BMW e deste modelo, e o design interior faz jus ao dinamismo das linhas exteriores e ao próprio desempenho do veículo.

Fazendo jus à filosofia do Série 4 Gran Coupé (combinar uma imagem exterior mais dinâmica com um temperamento mais familiar), o espaço disponível atrás é de molde a transportar dois adultos. Face ao coupé da gama, são ainda vantagens a lotação para cinco ocupantes e o acesso mais fácil aos lugares posteriores

O espaço habitável é de bom nível, sobretudo atrás, onde é possível viajar comodamente, e aceder com facilidade, apesar do formato mais dinâmico da carroçaria – sendo ainda imperioso referir a inclusão no equipamento de série do comando eléctrico de abertura e fecho do portão traseiro, o que não deixará de ser um ponto a ter em conta pelo cliente típico deste género de proposta. Já a posição de condução continua a estar próxima da perfeição: baixa, e marcada pelo excelente posicionamento dos pedais e do volante face ao banco, e pelas múltiplas regulações que permitem que rápida e facilmente a maioria encontre a posição ideal para ocupar o lugar mais apetecido a bordo.

Quanto ao motor, nesta sua mais recente evolução, ganhou 6 cv e 20 Nm, disponibilizando agora 190 cv às 4000 rpm e 400 Nm entre as 1750 rpm e as 2500 rpm. Na unidade ensaiada, este quatro cilindros estava combinado com a opcional caixa automática ZF de oito relações, disponível por €2430, mas que muito se recomenda pelo que incrementa o conforto de condução, factor importante num automóvel dinamicamente eficaz, mas que assume um temperamento mais familiar do que o da versão de apenas duas portas. Esta transmissão pauta-se por um funcionamento suave e, acima de tudo, muito rápido, bem de acordo com a filosofia do veículo.

Agora com 190 cv e 400 Nm, o motor 2.0 turbodiesel poderá não proporcionar grandes ganhos em termos de performance puro, mas garante consumos ainda mais frugais e uma utilização mais agradável do que a sua anterior versão de 184 cv

Na prática, o actualizado 420d Gran Coupé, numa utilização convencional, destaca-se pelos óptimos consumos que é capaz de alcançar, sobretudo no modo de utilização “Ecopro” e praticando-se uma condução a dizer. O motor responde sempre de forma muito solícita às solicitações do acelerador, e sobe de regime de forma linear e progressiva, ao mesmo tempo que a caixa de velocidades ajusta–se com competência à generalidade das situações.

Apesar de exibir sempre um pisar sólido e firme, o 420d Gran Coupé consegue oferecer um nível de conforto apreciável, pela forma eficaz como as irregularidades são absorvidas pela suspensão, que não deixa de exibir uma regulação algo firme, como é hábito na marca bávara. Aumentando-se o ritmo, começam a sobressair os melhores atributos dinâmicos deste modelo: com o modo Sport seleccionado, a tal afinação da suspensão tem como benefício um controlo efectivo dos movimentos da carroçaria, ao mesmo tempo que, em estrada aberta, e em viagens mais longas, nota-se que o motor está menos ruidoso do que anteriormente, e também mais frugal, mesmo não conseguindo ainda ser tão refinado e discreto como alguns rivais. Em compensação, quando aparecem os traçados mais sinuosos, o 420d Gran Coupé revela uma precisão e uma agilidade difíceis de igualar a este nível, reforçada no caso em apreço pela suspensão com amortecimento adaptativo, capaz de o tornar ainda mais comunicativo e acutilante.

Muito competente em traçados mais sinuosos, o 420d Gran Coupé é, também, um excelente estradista

A boa capacidade de resposta do motor na generalidade dos regimes, a rapidez da caixa, a suspensão que transmite com fidelidade a leitura das condições do piso, a direção rápida, precisa e comunicativa – tudo concorre para proporcionar bons momentos de condução, a que se junta uma traseira competente, para mais relativamente fácil de provocar, através da necessária dose de acelerador e volante, para obter as derivas de traseira que garantem um aumento da agilidade. Isto desde que desligado por completo o controlo de estabilidade, e limitado, tanto pela quantidade de borracha em contacto com o asfalto, como pelo rendimento do motor.

Tudo somado, o actualizado BMW 420d Gran Coupé é o que sempre foi, mas… melhor! A par da apelativa aparência exterior, e do habitáculo acolhedor e requintado, oferece uma excelente combinação entre conforto e economia em viagem; facilidade de utilização no dia a dia; e eficácia em condução mais empenhada. Não sendo o preço dos mais acessíveis (€45 949 na versão base, €48 378 com caixa automática), o seu maior defeito (como de muitos outros BMW…) é a extensa e onerosa lista de opções – que permite desenhar qualquer BMW à medida do seu utilizador final, mas sempre com custo significativo. A título de exemplo, veja-se a unidade ensaiada, que, com todos os extras instalados, acaba por ficar marcada por um PVP que já vai para lá de 66 mil euros…

A caixa automática de oito velocidades, com patilhas de comando no volante, é um opcional que se recomenda, pelo que incrementa o agrado de condução