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Jaguar XF 2.0d R-Sport

Artigo
Jaguar XF 2.0d R-Sport

Visão geral
Marca:

Jaguar

Modelo:

XF

Versão:

2.0d R-Sport

Ano lançamento:

2015

Segmento:

Grandes familiares

Nº Portas:

4

Tracção:

Traseira

Motor:

2.0 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

180/4000

Vel. máx. (km/h):

230

0-100 km/h (s):

8,0

CO2 (g/km):

114

PVP (€):

56 990/73 774

Gostámos

Comportamento, Consumos, Habitabilidade, Agrado de condução, Insonorização, Imagem

A rever

Caixa de velocidades manual longa e lenta, Reprises e arranques, Pormenores de acabamento, Lista de opcionais extensa e onerosa

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Qualidade geral
8.0
Interior
8.0
Segurança
9.0
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
9.0
Consumos e emissões
8.0
Conforto
8.0
Equipamento
8.0
Garantias
8.0
Preço
8.0
Se tem pressa...

Agora com um novo châssis em alumínio, que garantiu uma substantiva redução do peso que muito o beneficio em vários capítulos, o novo Jaguar XF 2.0d é fonte quase inesgotável de prazer ao volante, batendo os seus rivais alemães num domínio que lhes é especialmente caro, mas sem negligenciar outros atributos – bem pelo contrário!

8.1
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Historicamente, e sobretudo a partir do último quartel do século passado, o segmento dos grandes familiares de prestígio tem sido dominado a seu bel prazer pelos fabricantes alemães, e raros foram os modelos provenientes de outras paragens que se conseguiram intrometer entre eles, se não a nível de vendas, pelo menos em termos de valor intrínseco de produto. Ou seja: por norma, a este nível, as propostas teutónicas são não têm sido as preferidas pelo consumidor, como consideradas as melhores do mercado, mesmo pelos que não são clientes deste tipo de automóvel.

Desde que saiu da órbita do Grupo Ford, e lançou a primeira geração do XF, a Jaguar tem constituído das raras excepções a esta regra. O modelo britânico, desde o seu aparecimento, tem sustentadamente vindo a cativar adeptos, impondo argumentos como uma imagem de marca poderosa; linhas exteriores por demais cativantes e dignas dos pergaminhos do seu construtor neste particular; uma qualidade geral muito interessante; e uma dinâmica de nível superior – se bem que sempre um pouco aquém da referência da classe neste domínio (leia-se: BMW Série 5).

Com a chegada da sua nova geração, o XF passa então a dispor, como nunca antes, de argumentos para se bater de igual para igual com os seus poderosos opositores. Desde logo por via de uma estética que faz jus à tradição que o modelo já granjeou a este nível, mantendo os seus princípios basilares e o ar de família que a Jaguar criou para a sua gama de modelos, mas agora profundamente actualizado – assim conseguindo combinar atributos como elegância e distinção (sempre tão caros à casa de Coventry) com formas que nunca foram tão dinâmicas e contribuem decisivamente para incrementar o seu apelo visual. E tudo isto continuando a seguir um rumo, nesta matéria, totalmente distinto dos tais modelos alemães.

Apesar de as suas linhas exteriores constituírem uma evolução das conhecidas do seu antecessor, o Jaguar XF da nova geração é um modelo totalmente novo, tendo por base a nova plataforma modular em alumínio já utilizada pelo XE, e em breve também pelo F-Pace

Apesar de as suas linhas exteriores constituírem uma evolução das conhecidas do seu antecessor, o Jaguar XF da nova geração é um modelo totalmente novo, tendo por base a nova plataforma modular em alumínio já utilizada pelo XE, e em breve também pelo F-Pace

Esta evolução na continuidade poderá levar os menos atentos a julgar que o novo XF não é muito mais do que uma actualização do anterior, o que de todo corresponde à realidade – na sua génese está a nova plataforma modular em alumínio da Jaguar, a mesma que já serviu de base ao novíssimo XE, e também ao SUV F-Pace, e que é um dos seus componentes fulcrais, por permitir obviar uma das características mais criticadas na sua anterior geração: o peso. Mas já lá iremos. Para já, convém sublinhar que o interior deste novo XF é extremamente amplo, dele fazendo uma referência em termos de habitabilidade, principalmente no que respeito ao espaço disponível para as pernas de quem viaja atrás, e que o pode fazer com todo o conforto e desafogo. Confirmando tirar o melhor partido dos seus 4954 mm de comprimento, 1880 mm de largura e 2960 mm de distância entre eixos, o XF oferece ainda uma bagageira com bom acesso e nada menos 540 litros de capacidade, valor, também ele, referencial entre os grandes familiares de prestígio.

Ainda no habitáculo, pela positiva, há que salientar o excelente posto de condução, próximo da perfeição, e uma decoração que honra a fama dos construtores britânicos, mais uma vez imperando o bom gosto, a classe e o requinte. Pena que alguns detalhes careçam de revisão, quem sabe quando for altura de operar um restyling no novo XF. Por exemplo, os materiais são, quase todos, de qualidade superior, mas existem alguns menos nobres, ao mesmo tempo que algumas falhas de montagem traduzem-se em ruídos parasitas que, neste patamar, são difíceis de aceitar e que, pela negativa, fazem a diferença para os dominadores da classe. Também seria bem vindos um grafismo do sistema de infoentretenimento menos elementar e mais condicente com a elegância geral do interior; uma forma mais intuitiva de seleccionar os modos de condução disponíveis; e que algumas funções deixassem de só ser possíveis de visualizar no ecrã do painel de instrumentos, e de comandar através dos botões no volante e das alavancas na coluna de direcção.

O interior é dos mais amplos da classe, e a qualidade é, no geral, elevada, mas ainda há materiais e acabamentos que merecem uma outra atenção num modelo que se pretende de grande prestígio

O interior é dos mais amplos da classe, e a qualidade é, no geral, elevada, mas ainda há materiais e acabamentos que merecem uma outra atenção num modelo que se pretende de grande prestígio

Como é da praxe em Portugal, é certo e sabido que o grosso das vendas do novo Jaguar XF assentará no motor Diesel de 2,0 litros, e muito provavelmente na mais dotada variante para já disponível do novo motor turbodiesel Ingenium, com 180 cv e 430 Nm (em 2016 deverá surgir uma versão biturbo desta unidade motriz, com mais de 200 cv de potência), dado que o diferencial de preço para a de 163 cv é de pouco mais de dois mil euros, e os consumos nem por isso são muito superiores. Já conhecido do XE, este motor, sem deslumbrar, cumpre com brio a sua tarefa, primando pela boa disponibilidade na maioria das situações de utilização, e garantindo uma condução fácil e económica – sendo que, quando instalado no XF, pouco afecta a qualidade de vida a bordo, fruto de um óptimo isolamento do habitáculo (em ritmos de cruzeiro é praticamente imperceptível), só fazendo sentir a sua presença, através de um ruído de funcionamento algo elevado, em aceleração em plena carga, o que se deve também à maior propagação do ruído que as estruturas em alumínio permitem face às constituídas por aço.

Com a chegada do novo XF, as versões a gasóleo de 2,0 litros passam a estar disponíveis também com caixa manual de seis velocidades – uma opção que se não recomenda, a menos que não seja mesmo possível despender os cerca de €2660 extra exigidos pelo modelo equipado com a excelente caixa automática de oito velocidades. O facto é que, para manter os consumos no mesmo patamar, mas contando com menos duas relações, o XF 2.0d de caixa manual, que tivemos oportunidade de testar, é forçado a adoptar um escalonamento excessivamente longo das duas últimas relações, e em especial da sexta, o que, desde logo, obriga a um recurso muito mais frequente à caixa nos percursos com maiores variações de velocidade ou relevo.

Sem deslumbrar, o novo motor turbodiesel Ingenium de 2,0 litros e 180 cv cumpre com brio a sua função. Menos positivo é o desempenho da nova caixa manual de seis velocidades, sendo a transmissão automática de oito velocidades a ideal para um modelo desta categoria

Sem deslumbrar, o novo motor turbodiesel Ingenium de 2,0 litros e 180 cv cumpre com brio a sua função. Menos positivo é o desempenho da nova caixa manual de seis velocidades, sendo a transmissão automática de oito velocidades a ideal para um modelo desta categoria

As recuperações também não deixam de ser negativamente afectadas por esta situação, ao passo que o comando suave e relativamente preciso da caixa, mas lento e desprovido de boa parte dessa precisão quando se pretende seja efectivamente rápido (nunca o sendo…), não facilitando as trocas de mudança, acaba por ter consequências também quando se pretendem obter os melhores registos nos arranques, não tendo a Absolute Motors, nas suas medições, ficado próximo sequer dos 0-100 km/h anunciados pela Jaguar nos 0-100 km/h para este XF 2.0d (aliás, a este propósito, refira-se ainda que a progressão a partir dos 200 km/h reais é bastante difícil, como é difícil alcançar os 230 km/h de velocidade máxima anunciados). Menos mal que o objectivo primeiro deste escalonamento longo é alcançado – excelentes consumos a velocidades estabilizadas (mesmo numa toada realmente dinâmica é difícil alcançar os 11,0 l/100 km, sendo perfeitamente possível obter registos de cerca de metade deste valor a ritmos mais civilizados); mas como a versão de caixa automática garante praticamente os mesmos valores, o melhor mesmo é optar por esta tipo de transmissão, que em muito aumenta o agrado de condução e garante prestações bem mais interessantes.

Pelo contrário, para o comportamento sobram elogios. Tal como no domínio dos consumos, para o desempenho do XF neste particular a nova plataforma é determinante, por ter permitido eliminar um dos principais defeitos do modelo na sua primeira geração: o peso excessivo. Agora, e apesar do porte mais imponente, o XF anuncia apenas mais 35 kg na balança do que versão equivalente do XE, e isso nota-se (e como!) na prática. A par de um conforto de marcha muito elevado em qualquer circunstância (mesmo quando dotado da suspensão desportiva incluída no nível de equipamento R-Sport, como acontecia com a unidade ensaiada), o comportamento dinâmico é simplesmente soberbo, graças à forma exemplar como são controlados os movimentos carroçaria no mau piso ou nas transferências massa, à eximia precisão do eixo dianteiro (com a subviragem a só surgir muito tarde, e a direcção directa e bem assistida a permitir eleger a trajectória ideal com toda a naturalidade), à forma fidedigna como a traseira o acompanha.

O comportamento dinâmico do novo Jaguar XF é simplesmente exemplar, passando a constituir a nova referência deste segmento. Conforto, prazer de condução e divertimento ao volante garantidos!

O comportamento dinâmico do novo Jaguar XF é simplesmente exemplar, passando a constituir a nova referência deste segmento. Conforto, prazer de condução e divertimento ao volante garantidos!

Claro que, com 180 cv de potência, e pneus de medida 245/45 montados em jantes de 19”, e não obstante o ESP ser possível de desligar por completo, não é propriamente fácil quebrar a ligação da borracha com o asfalto e, assim, usufruir de uma maior agilidade garantida pelas derivas de traseira – ficando a noção de que as capacidades do châssis ainda estão muito para lá do potencial desta mecânica, e a vontade de experimentar este XF com o motor a gasolina de 340 cv ou 380 cv, ou mesmo numa futura versão XFR… Ainda assim, que fique claro que este é um felino cheio de garra, senhor de uma condução deveras envolvente, e o único representante deste segmento com competência não só para se bater de igual para igual com a até aqui referência da classe neste particular, mas até para batê-la: o BMW Série 5 (pelo menos até à chegada da sua nova geração, prevista para o próximo ano).

Por tudo isto, para os pretendentes de um grande familiar de prestígio que dêem especial valor ao prazer que é ocupar o lugar atrás do volante, o novo Jaguar XF é, decisivamente, uma opção (a opção?…) a ter em conta. Disponível a partir de €46 931 na versão Diesel de acesso de 163 cv e caixa manual, é proposto a partir de €51 774 na variante de 180 cv e caixa manual, e desde €54 358 quando equipado com a muito recomendável transmissão automática – valores que não deixam de ser competitivos para esta classe de veículos. Quanto à versão R-Sport em análise, já dotada de um nível de equipamento muito interessante, exige o dispêndio de pouco menos de 60 mil euros, e, ainda assim, o seu agrado de utilização depende bastante do número de opcionais que se eleja de uma lista tão extensa quanto onerosa para definir a sua configuração definitiva – a unidade ensaiada, por exemplo, montava quase 17 mil euros em extras. Nada de novo a este nível, apesar de tudo, também aqui na linha do praticado pelos fabricantes alemães.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Sistema de vectorização de binário
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Sistema de protecção de peões
Sistema de aviso de saída da faixa de rodagem
InControl Protect
Alarme
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Banco dianteiros com regulação eléctrica (10 vias)
Bancos em pele/tecido
Bancos desportivos
Volante desportivo em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Rádio com leitor de CD/mp3+ecrã táctil de 8″+6 altifalantes+entrada USB
Mãos-livres Bluetooth
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Retrovisor interior electrocromático
Cruise-control+limitador de velocidade
Sensor de luz+chuva
Faróis de Xénon+láva-faróis
Luzes diurnas por LED
Suspensão desportiva
Jantes de liga leve de 18″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus

Pintura metalizada (€908)
Sistema de som Meridian com 10 altifalantes+subwoofer 380 Watt (€521)***
Jantes de liga leve de 19″ (€924)
Retrovisores exteriores rebatíveis electricamente+electrocromáticos+iluminação exterior+função de memória (€462)
Retrovisores interior electrocromático (€151)
Power Convenience Pack (€1160 – inclui: acesso+arranque sem chave; tampa da mala de comando eléctrico)
InControl Connect (€850 – inclui: InControl Apps+Incontrol Wi Fi [hotspot 3G]+InControl Remote Premium [válido no período de garantia, permite a operação remota do veículo via smartphone – pré-aquecer/refrigerar; abrir/fechar portas; localizar num mapa; registar viagens])
InControlSecure (€529 – inclui: monitorização do veículo furtado e notificações através do smartphone e do call centre)
Parking Pack (€940 – incui sensores de estacionamento dianteiros+traseiros e câmara de estacionamento traseira)
Cold Climate Pack (€970 – inclui: pára-brisas, bancos dianteiros+traseiros e volante aquecidos)
Active Safety Pack (€960 – inclui: cruise-control adaptativo; assistência à manutenção na faixa de rodagem; alerta de fadiga do condutor; monitorização do ângulo morto; sensor de aproximação; sensor de aproximação de veículos pela traseira em marcha-atrás)
Black Pack (€460 – inclui: grelha frontal, moldura da grelha frontal, molduras das janelas e grelhas laterais em preto brilhante; grelhas laterais com loho R-Sport)
Pack fumador (€42)
Sistema de reconhecimento de sinais de trânsito+limitador de velocidade inteligente (€269)
Tejadilho panorâmico (€1050)
Sistema de navegação SD (€924)
Banco do condutor com função de memória (€546)
Roda suplente de emergência de 18″ com jante de liga leve (€193)
Porcas de segurança (€42)
Banco traseiro rebatível 40/20/40 (€412)
Head-up display (€1076)
Regulação eléctrica da coluna de direcção (€336)
Faróis em LED adaptativos+assistente de máximos (€1303)
Fecho automático das portas (€538)
Acesso sem chave (€840)
Vidros escurecidos (€378)

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Sobre o autor
zyrgon