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Opel Astra 1.6 CDTI Innovation (110 cv)

Artigo
Opel Astra 1.6 CDTI Innovation (110 cv)

Visão geral
Marca:

Opel

Modelo:

Astra

Versão:

1.6 CDTI Innovation (110 cv)

Ano lançamento:

2015

Segmento:

Familiares compactos

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.6 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

110/3500

Vel. máx. (km/h):

195

0-100 km/h (s):

11,0

CO2 (g/km):

93

PVP (€):

27 470/29 635

Gostámos

Consumos reduzidos; Comportamento ágil; Disponibilidade do motor; Equipamento de série; Disponibilização do sistema OnStar e faróis de matriz de LED

A rever

Alguns materiais e pormenores de acabamento

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Qualidade geral
8.0
Interior
9.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
9.0
Desempenho dinâmico
9.0
Consumos e emissões
9.0
Conforto
7.0
Equipamento
8.0
Garantias
8.0
Preço
7.0
Se tem pressa...

A redução do peso é, inquestionavelmente, o grande atributo da 11ª geração do Astra. Mas os atributos do novo compacto da Opel estão longe de se esgotar aí, contando o modelo com um leque de trunfos que decerto lhe permitirá continuar a lutar pelo título de best-seller europeu. A versão Diesel de 110 cv cumpre em pleno com o que se exige a um automóvel desta categoria

8.2
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Levando em linha de conta os anos em que foi identificado pela sigla Kadett, são já nada menos do que oito décadas aquelas com que o Astra conta no activo, conhecendo agora a sua 11ª geração, cujo lançamento comercial em Portugal está agendado para o próximo dia 19 de Novembro. Não obstante parecer evoluir na continuidade, pelo menos estilisticamente, este é um automóvel completamente novo, colocando a própria Opel o essencial da ênfase na substancial redução do peso que o mesmo sofreu.

Para já, a gama articula-se em torno da carroçaria de cinco portas, de uma oferta de cinco motores (1.0 Turbo de 105 cv; 1.4 Turbo de 150 cv; 1.6 Turbo de 200 cv; e 1.6 CDTI, nas variantes de 110 cv e 136 cv – na Primavera, quando chegar a carrinha, será também disponibilizado o inédito 1.6 BiTurbo CDTI de 160 cv) e de três níveis de equipamento (Edition, Dynamic e Innovation). Para esta primeira análise, a filial portuguesa da Opel disponibilizou à imprensa o seu novo compacto na versão equipada com o motor que se prevê seja um dos mais procurados (se não mesmo o mais procurado) entre nós, no caso combinado com o nível de equipamento mais recheado – o Astra 1.6 CDTI Innovation de 110 cv.

Não por ser mero argumento de marketing, mas um trunfo real, que acaba por condicionar, as mais das vezes pela positiva, a sua avaliação, será imperioso sublinhar que a “dieta” sofrida pelo novo Astra, face ao seu antecessor, ditou uma perda de peso que vai de 120 kg a 200 kg, consoante as versões, e que na variante aqui em análise é de 153 kg. Para o conseguir, a Opel seguiu o caminho que se pode considerar mais árduo, ou seja, interveio em todas as áreas possíveis, inclusive ao nível da plataforma, que é nova, dá pelo nome de Delta 2 e, sendo composta por uma percentagem bastante maior de aço de elevada e ultra elevada resistência, contribuiu também, de forma decisiva, para um aumento de 13% da rigidez torsional.

Esta maior leveza do novo Astra reflecte-se, também, na sua aparência. Tanto por via das linhas exteriores mais fluídas, sendo porventura a traseira o seu elemento mais marcante, como por uma redução de quase todas as dimensões da carroçaria: 49 mm em comprimento, 23 mm entre eixos e 25 mm altura. Mesmo que de imediato identificável com um Opel do segmento C, não primando por linhas especialmente marcantes ou originais, a verdade é que o novo Astra não só exibe uma estética mais actual e jovial, mais dinâmica até (e que muito ganha com as novas e opcionais ópticas Intellilux de matriz de LED, pela primeira propostas num modelo desta classe), como um desempenho aerodinâmico mais eficiente, patente num Cx que baixou de 0,32 para 0,28.

Apesar da redução das dimensões exteriores, o novo Astra ganhou bastante em habitabilidade face ao seu antecessor, especialmente ao nível do espaço para pernas disponível atrás

Apesar da redução das dimensões exteriores, o novo Astra ganhou bastante em habitabilidade face ao seu antecessor, especialmente ao nível do espaço para pernas disponível atrás

Trabalho digno dos maiores encómios, o levado pela Opel na optimização do espaço interior. Apesar das dimensões exteriores mais contidas, a bagageira oferece um bom acesso e os mesmos 370 litros de capacidade (ampliáveis até um máximo de 1210 litros, mediante o rebatimento do banco posterior), mas mais notável é a habitabilidade, um pouco inferior em termos de altura, mas substancialmente mais desafogada atrás, nomeadamente em termos do espaço para as pernas dos ocupantes do banco traseiro. Pena que os materiais utilizados não sejam de molde a colocar o novo Astra em idêntico nível de excelência neste particular, existindo uma excessiva diferença de qualidade entre os mais nobres aplicados na parte superior do habitáculo, e os eleitos para as zonas inferiores ou menos visíveis, pouco mais do que banais – sendo aqui forçoso referir que há rivais que fazem bem melhor.

Pelo contrário, o posto de condução melhorou bastante, permitindo encontrar com facilidade a posição de condução ideal, graças às múltiplas regulações do banco e do volante, por sinal com uma pega perfeita. A ergonomia em notório progresso é outro factor em ter em conta, por via não só da correcta disposição da esmagadora maioria dos comandos e instrumentos, como da introdução do sistema Intellilink, que permitiu reduzir significativamente o elevado número de botões existentes na consola central, tão criticado na anterior geração do modelo.

Já compatível com os sistemas Apple Car Play e Android Auto (este último a partir de 2016), o Intellilink não só permite controlar praticamente tudo a bordo, como é fácil de operar e tem o respectivo monitor colocado no local ideal (contando com ecrã de 7” na versão R4.0 mais acessível, e com ecrã de 8” e navegação integrada na mais evoluída derivação de topo Navi 900). Apesar disso, saúda-se o facto de a Opel não ter deixado de disponibilizar, abaixo deste monitor, comandos autónomos para o sistema de climatização e para os auxiliares de condução (ESP, alerta de saída de faixa de rodagem e alerta de colisão frontal), e um completo computador de bordo no painel de instrumentos, de operação, também ela, bastante fácil e intuitiva através do volante multifunções.

A introdução do sistema Intellilink permitiu reduzir drasticamente o número de botões existentes na consola central, o que muito facilita a tarefa do condutor

A introdução do sistema Intellilink permitiu reduzir drasticamente o número de botões existentes na consola central, o que muito facilita a tarefa do condutor

Novidade introduzida pelo novo Astra é, ainda, o sistema OnStar, que em breve se estenderá aos restantes modelos da marca. Já com 19 anos de experiência na América do Norte e da China, e contando com mais de sete milhões de subscritores, assenta num sistema de localização e num centro operacional de atendimento que funciona de forma ininterrupta, e cujos operadores atendem o utilizador na língua selecionada para o sistema de bordo. Comandado através de três botões colocados junto às luzes de leitura (um para inibir a localização do veículo, um para efectuar um pedido automático de terceiro e um para estabelecer a ligação ao centro de atendimento), conta com diversas funcionalidades bastante úteis e interessantes, como solicitar ao operador que descarregue para o sistema de navegação as coordenadas de um determinado destino; inibir remotamente o funcionamento do veículo e alertar as autoridades em caso de roubo; ou colocar de imediato de prontidão os serviços de socorro caso algum dos airbags deflagre.

Adicionalmente, o sistema de infoentretenimento permite dispor de um hotspot wi-fi 4G para ligação de até sete dispositivos móveis em simultâneo, serviço por ora disponível, na Europa, somente na Alemanha, Reino Unido e Holanda, mas que em breve se estenderá a outros mercados, Portugal incluído. Resta referir qye o OnStar é gratuito no primeiro ano, custando as anuidades seguintes €99,00/ano, o que se traduz numa mensalidade bastante apelativa de apenas €8,25/mês.

De regresso ao novo Astra enquanto um todo, mal se cumprem os primeiros quilómetros ao volante fica atente que se, até aqui, o peso elevado condicionava notoriamente o modelo em quase todos os domínios, agora sucede exactamente o posto, e é a sua leveza que acarreta benefícios para quase todas as áreas, com especial incidência na dinâmica. Nomeadamente nesta versão 1.6 CDTI de 110 cv, a menos poderosa entre as animadas por motores Diesel.

O motor turbodiesel de 110 cv prima pela boa resposta a baixo regime e pelos consumos de excelente nível, nem por isso deixando de garantir prestações mais do que aceitáveis para um automóvel desta categoria

O motor turbodiesel de 110 cv prima pela boa resposta a baixo regime e pelos consumos de excelente nível, nem por isso deixando de garantir prestações mais do que aceitáveis para um automóvel desta categoria

Apesar de firmes, os bancos acolhem bem o corpo dos ocupantes, graças ao generoso apoio lateral, nunca chegando a ser desconfortáveis. Em cidade, sobressaem a agilidade nas manobras ou na circulação por artérias mais congestionadas e menos amplas, com todos os comandos (direcção, travões, caixa de velocidades) a revelarem uma “leveza” de utilização condicente com a nova postura do Astra.

Por seu turno, o motor, sempre muito disponível baixo regime, graças ao seu binário de 300 Nm atingido logo às 1750 rpm, é devidamente auxiliado por uma caixa de manuseamento suave e bem escalonada, tudo contribuindo para um óptimo compromisso entre agrado de condução e consumos deveras contidos. Atributo que se manifesta de igual modo numa condução em estrada aberta, pois mesmo que, por vezes, o condutor seja obrigado a reduzir nas retomas de velocidade mais exigentes, ou em traçados com relevo mais acentuado (o que não se estranha tendo em conta o rendimento do motor, o porte do veículo e o escalonamento tendencialmente longo das últimas relações da transmissão, para beneficiar consumos e emissões), nem por isso as prestações deixam de ser de bom nível, e os consumos sempre reduzidos. Por tudo isto, numa utilização de acordo com a vocação de uma variante deste género, o conforto de marcha, não sendo o principal primado do Astra, sobretudo em pisos mais degradados, acaba por também não condicionar o prazer de condução, até porque a agilidade está sempre presente, as reacções são honestas e previsíveis, a direcção conta com um grau de assistência correcto e os ruídos aerodinâmicos, de rolamento e do próprio motor contribuem para uma apreciável qualidade de vida a bordo.

Quem pretender adoptar uma toada mais viva, fazendo bom uso da caixa (por norma suficientemente rápida e precisa, mas, por vezes, algo renitente numa utilização mais exigente), para tirar pleno partido da faixa ideal de utilização do motor, verificará que não é assim tão difícil praticar uma condução mais dinâmica, mais uma vez se evidenciando a influência decisiva que teve a redução do peso, patente em distâncias de travagem e recuperações melhores, inclusive, do que na versão de 136 cv do modelo da anterior geração. Nos traçados mais sinuosos, a frente precisa e incisiva, e a direcção correctamente assistida, permitem retirar algum prazer da condução, cabendo mais aos pneus Bridgestone Turanza T001 de aderência limitada a responsabilidade pelo aparecimento algo prematuro da tendência subviradora, algo que nem a inibição total do funcionamento do ESP permite contornar, pois a traseira deste Astra não é, propriamente, das mais vivas.

A condução do novo Astra é pautada pela leveza, pela agilidade e pela previsibilidade, e mesmo a ritmos mais empenhados, pouco condicentes com uma versão de acesso, as principais limitações são ditadas pelos pneus

A condução do novo Astra é pautada pela leveza, pela agilidade e pela previsibilidade, e mesmo a ritmos mais empenhados, pouco condicentes com uma versão de acesso, as principais limitações são ditadas pelos pneus

Mas será que faria isso sentido num compacto a gasóleo com 110 cv de acesso à gama, ou é isso que dele espera a esmagadora maioria dos seus potenciais compradores? Obviamente que não, e, por isso, o melhor é mesmo usufruir da grande agilidade do châssis, sobretudo quando conduzido o modelo ao ritmo e da forma para que foi concebido. E, já agora, dos excelente consumos: mesmo sem mostrar qualquer respeito pelo pedal direita (bem pelo contrário…), não é fácil superar os 8,0 l/100 km de média, mais fácil sendo ficar por metade deste valor em auto-estrada, em especial quando se adoptam ritmos mais “civilizados”.

Assim sendo, ganha maior legitimidade a questão: será este Astra 1.6 CDTI de 110 cv a escolha certa da nova gama do compacto da Opel para países como Portugal? Muito provavelmente, sim. Até porque o preço, não sendo, propriamente, de saldo, acaba por ser competitivo, com a Opel a apostar forte numa generosa dotação de equipamento para compensar um valor que não é dos mais baixos do segmento. No caso da versão analisada, sem extras, são pedidos €27 470, mas convém salientar que esta versão a gasóleo está disponível a partir de €24 720, e que a variante 1.0 Turbo de aceso à gama é proposta desde €20 970. Tudo factores que comprovam que o novo Astra tem tudo para continuar a ser (agora mais do que nunca?) um candidato crónico a best-seller europeu.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de força
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Ar condicionado bizona
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Bancos dianteiros com regulação em altura/apoio lombar
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência electrohidráulica variável
Rádio Navi 900 IntelliLink+ecrã de 7″+6 altifalantes+entrada USB
Sistema de navegação
Sistema OnStar
Mãos-livres Bluetooth
Acesso e arranque sem chave
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Sensores de estacionamento FR/TR
Travão de estacionamento eléctrico
Faróis de nevoeiro
Luzes diurnas por LED
Jantes de liga leve de 17″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit anti-furo
Pack Opel Eye (Inclui: Alerta de Colisão Dianteira, com travagem activa; Sistema de Auxílio à Manutenção na Faixa de rodagem, com direcção activa; Assistência à Travagem de Emergência; Reconhecimento de Sinais de Trânsito; Indicação da Distância para o Veículo da Frente; Assistente de Máximos; e Pack Visibilidade [inclui: sensores de luz+chuva e retrovisor interior electrocromático])

Pintura brilhante (€250)
Pack Innovation Plus (€1850 – inclui: faróis Intellilux de matriz LED; Pack Estacionamento Avançado [inclui: sistema de auxílio ao estacionamento; alerta de veículo no ângulo morto; e câmara de estacionamento traseira]; jantes de liga leve de 17″ com raios duplos; e vidros traseiros escurecidos)
Roda sobressalente de 16″ (€65)

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Sobre o autor
zyrgon