Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

O motor 2.0 BlueHDi de 150 cv é um dos mais suaves e económicos do momento na sua categoria

Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

Os novos espaços para arrumação de pequenos objectos, como o criado junto à alavanca de comando da caixa, são muito bem vindos

Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

O ar condicionado com quatro zonas independentes de climatização faz parte do lote de opcionais

As ópticas dianteiras integralmente por LED passam a estar disponíveis como opção no renovado 508

Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

Também os farolins traseiros foram redesenhados

Os comandos colocados numa "portinhola" à esquerda do volante continuam a não ser a solução mais ergonómica

Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

A 508 SW oferece um generoso espaço para o transporte de passageiros e bagagens

Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

A grelha foi outros dos elementos da carroçaria que sofreu uma actualização estética

Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

É inquestionável que a mais recente actualização operada no Peugeot 508 não foi, propriamente, muito profunda. Ligeiros retoques no exterior e no habitáculo, e aposta renovada nos motores 2.0 BlueHDi, por sinal já disponíveis no final de vida da anterior geração do modelo. Mas nem por isso esta proposta se reveste de menor interesse para o mercado nacional, nomeadamente na versão 2.0 Blue HDi de 150 cv aqui em análise: além de manter inalterados todos os seus principais atributos, e de praticar um preço competitivo (desde €37 865 na variante carrinha), aponta decididamente ao mercado frotista (responsável por 85% das vendas do 508 em Portugal), inclusive oferecendo um contrato de aluguer operacional (AOV) de 48 meses com uma renda de €370, manutenção incluída e oferta da primeira anuidade do seguro. Ou seja: mais do que tentar fazer a “quadratura do círculo”, num mercado em que são nulas as motivações para os particulares adquirirem automóveis novos (veja-se o novo aumento da fiscalidade previsto pelo Orçamento de Estado para 2015, ou a aberrante proposta de incentivo ao abate de veículos em fim de vida contido na já celebre “Fiscalidade Verde”…), a Peugeot terá optado por não descurar de forma alguma um sector onde assenta boa parte da sua actual prestação comercial.

Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi 150 Allure

Posicionamento comercial à parte, a renovada Peugeot 508 SW 2.0 BlueHDi continua a ser uma das referências da sua categoria e passa agora a contar com alguns novos argumentos. Visualmente, as alterações introduzidas têm a virtude de lhe conferir uma imagem refrescada, mas sem que o modelo anterior fique de imediato datado, o que só pode ser uma vantagem para os seus possuidores. Aqui, os destaques vão para a grelha redesenhada, para os farolins traseiros com um novo visual e para a possibilidade de se dispor de ópticas dianteiras integralmente por LED – em tudo o resto, a 508 SW é, basicamente, aquilo que se conhecia.

No interior continuam a pontificar uma habitabilidade de bom nível, uma ampla bagageira e uma apreciável qualidade de construção e materiais. Novidades, os (muito bem-vindos) espaços para arrumação em maior número (os mais evidentes instalados junto à alavanca de comando da caixa de velocidades) , o sistema de infoentretenimento mais evoluído, com ecrã táctil de 7” (semelhante ao introduzido pelo 308) e um ligeiro reforço do equipamento de série. Aqui, e no nível de acabamento Allure, aplicado na unidade testada, o destaque vai para a inclusão no PVP da câmara de estacionamento traseira combinada com o sistema de monitorização do ângulo morto.

Uma das grandes novidades, no habitáculo, é o novo sistema de infoentretenimento semelhante ao introduzido pelo 308

Trunfo da 508 SW 2.0 BlueHDi continua a ser o desempenho dinâmico. Ao “pisar” sólido junta-se um comportamento eficaz, ainda que a direcção pudesse ter um tacto menos “ pesado” a baixa velocidade. A suspensão de acerto firme não é o elemento que mais beneficie o conforto de marcha, sobretudo quando a mesma se combina com as jantes de 18” (instaladas na unidade testada), mas, ainda assim, a carrinha francesa não deixará de satisfazer as pretensões da maioria, sendo apenas nos pisos mais degradados que se sente alguma debilidade neste particular.

Já para o motor 2.0 turbodiesel de 150 cv e 370 Nm sobram os elogios. Um dos mais refinados da sua categoria, prima pelo funcionamento suave e silencioso, e por uma boa disponibilidade nos vários regimes, em particular os mais baixos e os intermédios. Auxiliares de mérito da unidade motriz são, igualmente, a caixa manual de seis velocidades de funcionamento convincente e escalonamento não excessivamente longo; e aquele que continua a ser um dos melhores sistemas start/stop do mercado, graças à sua acutação extremamente célere e discreta.

Dinamicamente, a renovada 508 SW continua a revelar-se uma carrinha bastante segura, eficaz e fácil e muito agradável de conduzir. A suspensão de afinação firme não favorece o conforto em mau piso, sobretudo quando combinada com as opcionais jantes de 18″

Ainda assim, e mesmo que melhorando face à anterior geração, prova-se que a 508 SW 2.0 HDi não é um exemplo de explosividade, com os valores registados nas acelerações, quando das nossas medições, a continuarem a ficar excessivamente aquém do anunciado pela Peugot (embora menos do que no modelo predecessor). Já as recuperações não merecem reparos, e muito menos os consumos: menos de 7,0 l/100 km em cidade, e uma média ponderada de 5,82 l/100 km, são valores que falam por si, tanto mais qunado o generoso depósito de 72 litros permite percorrer mais de 1200 quilómetros sem reabastecer – autonomia que pode ser significativamente aumentada se os percursos forem mais estradistas do que urbanos, e tanto mais se circule a velocidades moderadas e estabilizadas.

Com o nível de equipamento Allure, €40 616 é quanto a Peugeot pede pela 508 SW 2.0 BlueHDi 150 da nova geração, uma verba que ter-se-á que considerar bastante competitiva, principalmente quando se atenta na generosa dotação de equipamento de série incluída neste valor e na elevada economia de utilização. A unidade ensaiada contava com um leque de extras que inflaccionava em cerca de 10% a factura final, e que não deixam de incrementar a qualidade de vida a bordo, se bem também haja que reconhecer que nenhum deles condiciona o elevado agrado geral desta carrinha, que sem dúvida continua a ser uma das propostas a ter em conta no seu segmento.