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VW Golf GTD 2.0 TDI DSG

Artigo
VW Golf GTD 2.0 TDI DSG

Visão geral
Marca:

VW

Modelo:

Golf

Versão:

GTD 2.0 TDI DSG

Ano lançamento:

2013

Segmento:

Familiares compactos

Nº Portas:

5

Tracção:

2.0 Diesel

Motor:

2.0 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

184/3500-4000

Vel. máx. (km/h):

230

0-100 km/h (s):

7,4

CO2 (g/km):

129

PVP (€):

43 483/49 700

Gostámos

Comportamento, Prestações, Consumos, Facilidade de condução, Qualidade geral, Equipamento de série

A rever

Preço elevado, ESP não desligável

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Qualidade geral
9.0
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Interior
8.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
9.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
8.0
Conforto
8.0
Equipamento
8.0
Garantias
7.0
Preço
6.0
Se tem pressa...

Exemplar perfeito da época de “dieselização” que atravessamos, o VW Golf GTD é um dos mais performantes modelos a gasóleo do mercado, conjugando esse atributo com fantásticos consumos a velocidades estabilizadas. Enquanto desportivo, e tal como o seu “irmão” GTI, peca mais pelo facto de a VW ter escolhido o caminho da facilidade de condução em detrimento da eficácia pura. O preço, não sendo acessível, inclui uma generosa dotação de equipamento de série

7.9
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Sou dos que continua a acreditar que boa parte dos que compram automóveis com motor Diesel não tira pleno partido dos seus atributos, pelo menos na vertente económica – ou seja, que o que poupam em combustível, ao logo do tempo em que o mantêm em sua posse, não compensa a diferença de preço para uma versão com rendimento equivalente a gasolina. Claro que nesta contabilidade também há que levar em linha de conta o valor de retoma, mas até isso mudaria radicalmente de figura se os hábitos de compra fossem outros, por depender directamente da inevitável lei da oferta e da procura.

Seja como for, a apetência pelo Diesel é, hoje, enorme em quase toda a Europa, e os construtores não poderiam, naturalmente, deixar de tentar tirar o máximo partido desta realidade. Ao ponto de apostarem num conceito que também me é difícil interiorizar: o dos Diesel “desportivos”. Difícil mas não completamente impossível, pois, aqui e ali, vão aparecendo propostas que acabam por fazer hesitar mesmo os mais renitentes.

VW Golf GTD 2.0 TDI DSG

VW Golf GTD 2.0 TDI DSG

Entre eles está, indubitavelmente, a mais recente geração do VW Golf GTD. Confesso que talvez seja uma réstia de preconceito o que me impede de considerá-lo como um verdadeiro desportivo. Mas lá que é um automóvel de que é muito fácil gostar-se…

Para não fugir à regra, começo por aquilo que primeiro “come”: os olhos. Diria que este Golf está no limite do bom gosto: conta com todos os elementos que permitem perceber facilmente que não se trata de um Golf qualquer, mas ainda com a discrição e elegância que sempre foram apanágio do best-seller europeu. Casos flagrantes: as jantes de 18”, através das quais ficam bem visíveis as pinças de travão pintadas de vermelho; a dupla ponteira de escape; os logos GTD colocados na grelha e no portão traseiro. Pessoalmente, dispensava os colocados nos flancos, junto às portas dianteiras…

Já presente no portão traseiro e na grelha frontal, a sigla GTD colocada em ambos os flancos, junto às portas dianteiras, é um adereço que os adeptos de uma maior discrição dispensariam

Já presente no portão traseiro e na grelha frontal, a sigla GTD colocada em ambos os flancos, junto às portas dianteiras, é um adereço que os adeptos de uma maior discrição dispensariam

O interior é mais consensual, pelo menos para quem não quer fazer alarde: espaçoso, funcional, com uma qualidade de construção de referência para o segmento e globalmente discreto. O posto de condução é excelente, e aí podem ser encontrados os principais elementos que, aqui, denotam a vocação do modelo: pedaleira metálica, bancos desportivos e, principalmente, o lindíssimo volante de três braços com pega e dimensões perfeitas, secção inferior plana e a placa metálica com o logo GTD colocada na base do braço vertical.

Sóbrio, funcional, e com uma qualidade geral de referência para o segmento, o habitáculo tem no soberbo volante de três braços com secção inferior plana um dos seus elementos mais disitintivos e atractivos

Sóbrio, funcional, e com uma qualidade geral de referência para o segmento, o habitáculo tem no soberbo volante de três braços com secção inferior plana um dos seus elementos mais disitintivos e atractivos

A animá-lo, o Golf GTD tem o conhecido bloco que quatro cilindros e 1968 cc, sobrealimentado por um turbocompressor de geometria variável, aqui capaz de oferecer nada menos do que 184 cv e um excelente binário de 380 Nm, constante entre as 1750 rpm e as 3250 rpm. Também por isso, a caixa robotizada DSG de seis velocidades e dupla embraiagem (instalada na unidade ensaiada) é um opcional que se recomenda, revelando-se como o aliado ideal para tirar pleno partido do potencial do motor e, ao mesmo tempo, permitir ao condutor concentrar-se em absoluto na sua tarefa.

Da lista de extras deste Golf GTD fazia também parte o pacote Sports&Sound. São €225 que se justificam em absoluto, menos pelas pinças de travão vermelhas que pelo actuador de som no sistema de escape, que faz com que este tetracilíndrico a gasóleo quase pareça um V8 a gasolina. É artificial, é certo, mas o resultado final é muito bem conseguido, tanto para quem segue a bordo como para quem vê passar o Golf GTD – a título de referência, arrisco afirmar que, entre os Diesel, só o V6 da Maserati conseguirá emitir uma sonoridade tão cativante.

Refinado, apesar de potente, com o opcional pacote Sportts&Sound o motor emite uma sonoridade que mais parece a de uma unidade a gasolina. Um artifício muito bem conseguido

Refinado, apesar de potente, com o opcional pacote Sportts&Sound o motor emite uma sonoridade que mais parece a de uma unidade a gasolina. Um artifício muito bem conseguido

Em condução normal, o Golf GTD tem ainda a vantagem de pouco se diferenciar de um qualquer outro membro da sua gama. A evoluída suspensão e o amortecimento activo permitem que o conforto esteja sempre em bom plano para um automóvel com estas características, apesar de os pneus de perfil muito baixo acabarem por que se façam notar no habitáculo as irregularidades mais acentuadas. O motor, apesar de potente, é refinado, pautando-se por um funcionamento bastante suave e linear. E quanto a consumos, nada a apontar: uma média ponderada de 6,6 l/100 km num automóvel com este nível prestacional falará por si! Mesmo quando se extrai da mecânica tudo o que ela tem para dar, dificilmente se superam os 13,0 l/100 km…

Mas o que faz a diferença no Golf GTD é mesmo o seu desempenho dinâmico. Soberbamente ajudado pela caixa DSG, o motor permite alcançar prestações fulgurantes, com os 0-100 km/h a serem cumpridos em menos de oito segundos, o quilómetro de arranque em pouco mais de 28 segundos e as recuperações a ficarem em plano de excelência equivalente. De Aliás, o massivo binário, a rapidez da caixa e a enorme disponibilidade do motor quase que “disfarçam” estes registos, e facilmente o condutor acaba por ir bem mais depressa do que aquilo que parece…

A par de prestações fulgurantes, o VW Golf GTD consegue oferecer consumos a velocidades estabilizadas absolutamente notáveis. Em cidade, o sistema start/stop contribui decisivamente para a obtenção de registos igualmente contidos

A par de prestações fulgurantes, o VW Golf GTD consegue oferecer consumos a velocidades estabilizadas absolutamente notáveis. Em cidade, o sistema start/stop contribui decisivamente para a obtenção de registos igualmente contidos

Ainda que rápida, a transmissão, que conta com os modos Normal e Sport, não deixa de exibir algumas hesitações no modo totalmente automático quando se adopta um ritmo mais impetuoso em traçados com variações de velocidade mais significativas. Aí, o melhor mesmo é recorrer às patilhas no volante para decidir qual a mudança ideal para cada situação.

Por outro lado, o condutor tem ainda à sua disposição os modos de condução Eco, Comfort, Normal, Sport e Individual (configurável em função das suas preferências), em que é ajustada a resposta da direcção, do acelerador e da suspensão. Pessoalmente, os dois mais extremos são os meus preferidos, já que nos intermédios são pouco sensíveis as diferenças entre si – o primeiro, para uma utilização normal; o segundo, para uma condução mais desportiva.

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O sistema DCC permite ao utilizador optar entre cinco modos distintos de condução, que fazem variar a actuação da direcção, a resposta do acelerador e o nível do amortecimento activo. Em condução desportiva, a caixa DSG é mais eficaz quando se opta por seleccionar manualmente a mudança pretendida

Pena é que, como no Golf GTI a gasolina, o controlo electrónico de estabilidade não seja totalmente desligável – a VW apenas permite que o condutor iniba o funcionamento do controlo de tracção. Uma opção que cerceia muito o prazer de condução e a eficácia do Golf GTD em condução desportiva.

Com muita tracção, e um acutilante eixo dianteiro, é notório o potencial do châssis. O qual, infelizmente, não se consegue concretizar em pleno, mormente por não ser possível usar as trocas de apoio para jogar com o descolar da traseira e, assim, usufruir de uma maior agilidade em curva, que certamente seria fácil de obter com uma electrónica menos interventiva. Prevaleceu, pois, a segurança sobre a eficácia pura.

Por isso, no final, sobram elogios para a facilidade de condução, que permite mesmo aos menos dotados guiar (muito depressa). Mas subsiste aquele amargo de boca de a VW não ter permitido a este Golf GTD ser tão eficaz, emocionante e divertido quanto os mais exigentes decerto desejariam…

Ainda assim, este não deixa de ser um dos compactos com motor Diesel do mercado mais competentes e estimulantes, atributo que se traduz num preço base de €43 483 (com alguns extras, a unidade ensaiada custa quase meia centena de milhar de euros). A boa notícia é que este valor, não sendo dos mais acessíveis, também não é dos mais elevados do mercado, e vem acompanhado de uma muito generosa dotação de equipamento de série. Mas também não é possível negar que um Seat Leon com a mesma dotação mecânica custa cerca de €7000 menos…

As potencialidades do evoluído châssis não são possíveis de explorar na plenitude, uma vez que a VW não permite inibir por completo a interveção do controlo de estabilidade. Fácil de conduzir, mas menos eficaz do que facilmente seria possível de oferecer

As potencialidades do evoluído châssis não são possíveis de explorar na plenitude, uma vez que a VW não permite inibir por completo a interveção do controlo de estabilidade. Fácil de conduzir, mas menos eficaz do que facilmente seria possível de oferecer

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Diferencial electrónico XDS
Sistema de travagem anti-colisões múltiplas
Sistema de detecção de fadiga
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático bizona com saída de ventilação traseira
Computador de bordo
Bancos dianteiros desportivos com regulação altura+apoio lombar
Gavetas sob os bancos dianteiros
Banco rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência electrohidráulica variável
Suspensão com amortecimento electrónico DCC
Pedaleira metálica
Rádio com leitor de CD/mp3+leitor de cartões SD+ecrã táctil de 5,8″+8 altifalantes+entradas USB/Aux+ligação dispositivos Apple
Mãos-livres Bluetooth
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente*
Retrovisor interior electrocromático
Cruise-control+limitador de velocidade
Alarme
Faróis bi-Xénon com luzes diurnas por LED
Faróis de nevoeiro por LED
Farolins traseiros por LED
Jantes de liga leve de 18″
Sensores de estacionamento dianteiros+traseiros
Sensor de luz+chuva
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Pneu sobressalente de emergência
Caixa de primeiros socorros

Pintura metalizada (€410)
Estofos em couro (€1911)
Pacote “Sports&Sound” (€225, inclui actuador de som no sistema de escape+pinças de travão vermelhas)
Park pilot+Park Assist (€168)
Chave electrónica+acesso sem chave (€338)
Sistema de navegação (€1670)
Tecto de abrir elétrico panorâmico em vidro (€962)
Car-net (€94)
Sistema Bluetooth “Premium” (€439)

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zyrgon