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VW Golf Variant 1.4 TGI DSG Confortline

Artigo
VW Golf Variant 1.4 TGI DSG Confortline

Visão geral
Marca:

VW

Modelo:

Golf Variant

Versão:

1.4 TGI DSG Confortline

Ano lançamento:

2015

Segmento:

Familiares compactos

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.4 GNC/gasolina

Pot. máx. (cv/rpm):

110/4800-6000

Vel. máx. (km/h):

195

0-100 km/h (s):

10,9

CO2 (g/km):

92

PVP (€):

33 868

Gostámos

Motor refinado e disponível, Eficácia da caixa DSG, Condução fácil e agradável, Preço do GNC

A rever

Preço, Benefícios financeiros só para empresas

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Qualidade geral
9.0
Interior
9.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
8.0
Conforto
8.0
Equipamento
7.0
Garantias
7.0
Preço
7.0
Se tem pressa...

Na sua versão a gás natural, a VW Golf Variant 1.4 TGI de 110 cv é digna dos maiores encómios, pouco perdendo para a sua homóloga a gasolina, e muito se superiorizando à animada pelo motor 1.6 TDI de 110 cv. Pena o Estado só tornar estes veículos minimamente interessantes para as empresas, assim condicionando drasticamente a sua potencial implementação no mercado

7.8
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Velocidade máxima anunciada (km/h) 195
Acelerações (s)
0-100 km/h 11,2
0-400 m 18,1
0-1000 m 33,0
Recuperações 60-100 km/h (s)
Em D 6,0
Recuperações 80-120 km/h (s)
Em D 8,3
Distância de travagem (m)
100-0 km/h 35,6
Consumos (l/100 km)
Estrada (80-100 km/h) 3,9
Auto-estrada (120-140 km/h) 5,4
Cidade 8,4
Média ponderada (*) 6,90
Autonomia média ponderada (km) 290
(60% cidade+20% estrada+20% AE)
Medidas interiores (mm)
Largura à frente 1440
Largura atrás 1400
Comprimento à frente 1120
Comprimento atrás 760
Altura à frente 990
Altura atrás 980
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O Gás Natural Veicular (GNV) não é um combustível, propriamente, novo, mas será um ilustre desconhecido para a maioria dos automobilistas lusos. O que não se estranha quando, em Portugal, as políticas de incentivo ao consumo de combustíveis limpos continuam a ter uma quase intransponível dificuldade em passar dos púlpitos dos oradores à letra de lei – pelo menos de uma forma que, efectivamente, promova a adesão aos mesmos. Disponível nas formas líquida (GNL) e comprimida (GNC), o gás natural, composto maioritariamente (90%) por metano, é não corrosivo e de fácil combustão, e considerado o mais limpo dos combustíveis fósseis actualmente consumidos – oferecendo -20% de emissões de CO2, -80% de emissões de hidrocarbonetos não metálicos e -40% de emissões de NOx.

Em Portugal, a Douro Gás é uma das principais empresas a comercializar este combustível, cujo preço pode chegar a ser 70% inferior ao do gasóleo, dependendo do preço que se consiga negociar, o que resulta, naturalmente, das quantidades consumidas. Por isso, e porque, no caso dos automóveis ligeiros, os particulares apenas beneficiam de 50% de redução do ISV, já que a dedução de 50% do IVA e a redução da Tributação Autónoma apenas são válidos para as empresas, não espantará que o cliente preferencial do GNV seja o sector profissional, mormente as empresas que operam com veículos pesados (metade dos autocarros na Área Metropolitana do Porto são movidos a GNV, tal como 30% dos veículos de recolha de resíduos da Área Metropolitana de Lisboa, ao passo que o número de camiões alimentados por GNV em Portugal triplicou em 2015), embora a sua implementação também esteja a aumentar nas frotas de táxis.

A olho nu, são praticamente imperceptíveis as diferenças entre a VW Golf Variant 1.4 TGI e a sua homóloga versão apenas a gasolina

A olho nu, são praticamente imperceptíveis as diferenças entre a VW Golf Variant 1.4 TGI e a sua homóloga versão apenas a gasolina

Não significa isto, todavia, que o GNV não esteja acessível aos particulares. Isso mesmo foi possível confirmar no teste efectuado a uma VW Golf Variant 1.4 TGI DSG Confortline, gentilmente cedida para o efeito pela Douro Gás, com a óbvia colaboração da SIVA, importadora para Portugal da marca de Wolfsburg. Convirá começar por realçar que este é um automóvel que em muito pouco difere da equivalente versão convencional a gasolina, até porque a plataforma MQB que lhe está na génese foi desenvolvida a pensar já na adaptação a combustíveis alternativos, não fazendo muito sentido aqui aprofundar características do modelo já de todos bem conhecidas, e que muito têm contribuído para o seu crónico título de best-seller europeu, casos da estética sóbria, porém moderna e apelativa; do habitáculo bem construído e bastante espaçoso, inclusive atrás; da generosa bagageira; do comportamento muito são, que conjuga de modo convincente conforto, eficácia e agrado e facilidade de condução – tudo concorrendo para um invejável equilíbrio global.

Concentremo-nos, pois, nas poucas diferenças existentes. As visíveis serão os dois bocais de abastecimento, lado a lado, atrás da mesma portinhola; o indicador do nível de combustível existente no depósito de GNC, colocado junto ao conta-rotações, no lugar normalmente ocupado pelo termómetro do líquido de refrigeração; o menu no sistema de bordo que informa acerca do consumo e autonomia no modo GNC; e o inevitável logo TGI montado na traseira. Não visíveis, o depósito de GNC (20 litros a 200 bar) montado sob o piso da bagageira, no local normalmente destinado ao pneu sobressalente (o depósito de gasolina, aqui com 50 litros, mantém-se, o que faz deste um automóvel bifuel, com uma invejável autonomia total); e os injectores de gás no motor.

Segundo cálculos efectuados pela Douro Gás, 20 m3 de GNC serão suficientes pafra garantir uma autonomia de um pouco mais de 300 km em condições normais de utilização, ou um pouco menos de 400 kms quando se pratica uma condução mais cuidada. Certo é que o a Golf Variant 1.4 TGI se anuncia tão segura como qualquer outro membro da sua gama, e, por isso, o seu uso não está sujeito a quaisquer restrições em locais subterrâneos, nomeadamente nos parques de estacionamento.

O motor arranca sempre a gasolina, mas muda de imediato para o modo GNC e só volta a consumir gasolina se o gás natural acabar. O sistema de bordo conta com menus próprios para acompanhar o consumo de ambos os combustíveis, e a autonomia garantida por cada qual

O motor arranca sempre a gasolina, mas muda de imediato para o modo GNC e só volta a consumir gasolina se o gás natural acabar. O sistema de bordo conta com menus próprios para acompanhar o consumo de ambos os combustíveis, e a autonomia garantida por cada qual

Para dar início ao teste da Golf Variant 1.4 TGI, nada melhor do que perceber, protagonizando-o, como se processo o respectivo reabastecimento. Que dificilmente poderia ser mais fácil, rápido ou limpo, em nada perdendo, em nenhum deste domínios (pelo contrário) para a gasolina ou para o gasóleo: cartão da Douro Gás validado na bomba, mangueira devidamente ligada ao bocal do depósito (o que eleimine qualquer possibilidade de derrame, logo de sujidade no chão ou de cheiro nas mãos…), e em menos de dois minutos a capacidade total do depósito é reposta.

Ignição ligada, e o arranque é sempre efectuado a gasolina, mas de imediato passando o motor a funcionar a gás natural. A este propósito, sublinhe-se que a transição entre os dois modos de consumos é absolutamente automática e imperceptível para quem segue a bordo, e que, por omissão, enquanto existir GNC no respectivo depósito, o motor funciona a gás natural (não podendo o condutor optar entre um ou outro, como normalmente ocorre com o GPL), só passando a consumir gasolina quando este se acaba, pelo que a gasolina serve, na prática (ou assim deve ser encarada), como que uma espécie de extensor de autonomia.

O abastecimento de GNC é fácil rápido e extremamente limpo, em nada perdendo (pelo contrário) para a gasolina

O abastecimento de GNC é fácil rápido e extremamente limpo, em nada perdendo (pelo contrário) para a gasolina

Já em marcha, merecidos elogios para a resposta imediata e progressiva do motor em qualquer circunstância, que aqui até parece ser ligeiramente mais suave e silencioso do que quando a funcionar a gasolina. As prestações são de bom nível, o que também se fica a dever ao óptimo desempenho da caixa pilotada DSG de dupla embraiagem e sete relações, (re)conhecida pela sua competência, mas que parece dar-se especialmente bem com este 1.4 TGI, tirando o melhor partido dos 110 cv de potência, e dos 200 Nm disponíveis logo às 1500 rpm. E como o comportamento e o conforto nada ficam a dever ao conhecido da versão convencional, apesar do eixo semi-rígido traseiro, fica provado que facilidade e agrado de condução são atributos indissociáveis desta Golf Variant 1.4 TGI DSG.

Naturalmente, todos estes encómios só terão verdadeiro interesse se for compensatório o custo associado ao seu desfrute. E é aqui que, na óptica do cliente particular, as coisas começam a complicar-se. Na média ponderada obtida nas nossas medições, a Golf Variant 1.4 TGI DSG registou um comsumo médio de GNC de 6,9 m3/100 km, o que significa um custo de €6,2 por cada centena de quilómetros percorridos, considerando um preço do GNC de €0,906/m3. O mesmo exercício aplicado à versão Diesel 1.6 TDi de 110 cv deste modelo, em que obtivemos um consumo combinado de 5,5 l/100 km, traduz-ne num custo por cada cem quilómetros percorridos de €4,95 (para um preço por litros de €0,90).

Ora, mesmo levando em conta que, em estrada, a diferença entre os consumos dos dois tipos de motor será menos evidente (é, efectivamente, em cidade que o TGI consome mais que o TDI), dificilmente os custos de utilização da versão TGI não serão superiores à da TDI, o que só por si já tornaria difícil justificar a opção pela primeira, a não ser pela superiores silêncio e suavidade de funcionamento do motor. Mas as coisas agravam-se ainda mais quando se atenta nos preços praticados pelos modelos: €33 868 no cado da versão 1.4 TGI DSG Confortline; €31 475 no caso da variante 1.6 TDI DSG GPS Edition, com praticamente idêntico recheio de equipamento.

Contas feitas, e juntando a isto o potencial de desvalorização, enquanto usado, de cada uma destas versões, é fácil concluir que, em Portugal, só as empresas podem tirar partido financeiro dos automóveis animados por motores aptos a consumir GNC – o que, conceda-se, em nada contribui para a respectiva implementação. Dúvidas houvesse, atente-se noutro “pormaior”: para um particular, a compra de uma Golf Variant 1.4 TSI DSG Confortilne, com 150 cv de potência, orça em €30 132, o que também só contribuiu para desvalorizar o tal argumento do maior refinamento da versão TGI – e para comprovar, como se ainda fosse necessária, que as propaladas medidas de preservação ambiental dos nossos governantes não passam de mera retórica!

O motor TGi é bem mais suave e silencioso que o TDI, e oferece uma faixa de utilização mais ampla, além de "casar" na perfeição com, a caixa DSG de sete relações. O desempenho dinâmico é marcado pela estabilidade, pela previsibilidade de reacções e pelo conforto, apesar da suspensão traseira por eixo semi-rígido

O motor TGi é bem mais suave e silencioso que o TDI, e oferece uma faixa de utilização mais ampla, além de “casar” na perfeição com, a caixa DSG de sete relações. O desempenho dinâmico é marcado pela estabilidade, pela previsibilidade de reacções e pelo conforto, apesar da suspensão traseira por eixo semi-rígido

Ainda assim, e face a um motor Diesel, há que sublinhar que esse superior refinamento do TGI, de facto, existe. Do mesmo modo que é mais ampla a sua faixa de utilização. Tudo argumentos que o torna muitos mais agradável de conduzir. Se, porventura, for um dos interessados em beneficiar destas e outras vantagens, saiba que a rede de abastecimento de gás natural da Douro Gás, apesar de ainda naturalmente pequena, e orientada preferencialmente para o sector profissional (mormente para os pesados, que, com seus depósitos de grande capacidade ganham mais autonomia, o que permite gerir mais facilmente os reabastecimentos), já cobre boa parte do país, contando com postos em Mirandela; Vila Real; Porto; Gaia Sul; Carregado; Loures; Lisboa; e Elvas. A estes juntem-se os da Galp em Matosinhos e na Azambuja, e uma perspectiva de rápido crescimento, até por imposição da legislação europeia para o sector.

Pessoalmente, não fosse o dinheiro, e estivesse comprador de um automóvel deste género, e já não seria difícil convencer-me. Útil será referir, também, que a gama VW a gás natural inclui ainda o Up! (disponível desde €14 350 com motor 1.0 de 68 cv); o Golf de cinco portas (proposto desde €28 600 com motor 1.4 de 110 cv); a Caddy Kombi (com motor 1.4 de 110 cv, é disponibilizada a partir de €23 630); e que a Golf Variant aqui testada também é proposta com nível de equipamento Trendline e caixa de velocidades manual, por €30 470. Agradecimento final à Douro Gás, e muito especialmente ao seu director-geral, João Filipe Jesus, sem cuja colaboração a realização deste ensaio não teria sido possível.

Mesmo que ainda limitada geograficamente, e mais orientada para o mercado profissional, a rede de abastecimento da Douro Gás já cobre uma parte considerável do território nacional

Mesmo que ainda limitada geograficamente, e mais orientada para o mercado profissional, a rede de abastecimento da Douro Gás já cobre uma parte considerável do território nacional

Motor
Tipo 4 cil. linha, transv., diant.
Cilindrada (cc) 1395
Diâmetro x curso (mm) 74,5×80,0
Taxa de compressão 10,5:1
Distribuição 2 v.e.c./16 válvulas
Potência máxima (cv/rpm) 110/4800-6000
Binário máximo (Nm/rpm) 200/1500-3500
Alimentação injecção directa
Sobrealimentação turbocompressor+intercooler
Dimensões exteriores
Comprimento/largura/altura (mm) 4562/1799/1481
Distância entre eixos (mm) 2635
Largura de vias fte/trás (mm) 1549/1520
Jantes – pneus 7Jx16″ – 205/55 (Dunlop SportBluResponse)
Pesos e capacidades
Peso (kg) 1395
Relação peso/potência (kg/cv) 12,68
Capacidade da mala/depósito gás-gasolina (m3-l) 590-1520/20-50
Transmissão
Tracção dianteira
Caixa de velocidades pilotada de dupla embraiagem de 7+m.a.
Direcção
Tipo cremalheira com assistência eléctrica variável
Diâmetro de viragem (m) 10,9
Travões
Dianteiros (ø mm) Discos ventilados (288)
Traseiros (ø mm) Discos maciços (272)
Suspensões
Dianteira MacPherson
Traseira Eixo semi-rígido
Barra estabilizadora frente/trás sim/sim
Garantias
Garantia geral 2 anos sem limite de km
Garantia de pintura 3 anos
Garantia anti-corrosão 12 anos
Intervalos entre manutenções 15 000 km
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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Bloqueio electrónico do diferencial XDS
Sistema de travagem anti-colisões múltiplas
Assistente aos arranques em subida
Detector de fadiga
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Bancos dianteiros reguláveis em altura+apoio lombar (só condutor)
Bancos dianteiros Conforto
Gaveta sob o banco do passageiro
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Sistema multimédia com leitor de CD/mp3+ecrã táctil de 6,5″+entradas USB/Aux+leitor de cartões SD+8 altifalantes
Mãos-livres Bluetooh
Direcção com assistência eléctrica variável
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Pacote Light&Vision (inclui: espelho retrovisor interior electrocromático; sensor de luz; sensor de chuva; função Coming Home/Leaving Home)
Cruise-control+limitador de velocidade
Park Pilot (inclui: sensores de estacionamento dianteiros+traseiros)
Faróis bi-Xénon+luzes de curva
Faróis de nevoeiro
Luzes diurnas por LED
Jantes de liga leve de 16”
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Travão de estacionamento eléctrico
Pacote Fumador
Pacote Fumador

Pintura metalizada (€410)

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zyrgon