Em Maio de 2014, num outro espaço de opinião idêntico, falava-vos sobre os parcos progressos no desenvolvimento das aeronaves comerciais, no que à rapidez e autonomia diz respeito, registados nas últimas quatro décadas.
O transporte aéreo é, por definição, o privilegiado para as médias e longas distâncias, à escala global, por necessidade de rapidez. Comentava então que depois do Concorde de 1963, cujo primeiro voo foi em 1969 “…em mais de um século da história da aviação, com todas as tecnologias e recursos hoje disponíveis……nunca mais houve uma iniciativa que… nos coloque em Pequim em 2 ou 3 horas”.
Foi assim com enorme expectativa que me cruzei com o [...]
Filhote, Por mais ridículo que te possa parecer, ao iniciar a escrita desta minha pequena nota sobre a utilidade ou futilidade da forma como distribuímos a energia e o tempo nos pratos de uma balança das nossas várias vidas, a verdade é que foram tantos os inícios quantas as folhas amarrotadas no meu caixote do lixo.
Espero que te encontres bem de saúde, de disposição e com “superavit” de estado de espírito para, de cabeça erguida, enfrentares mais uma fase final de exames na Faculdade. Já estás quase a terminar o teu curso universitário!
Passou tão rápido…… desde aquele telefonema. O mais encantador e silencioso telefonema da minha vida. Corri logo para lá. [...]
Hoje celebra-se o “Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”. Bem diferente portanto de celebrar o “Dia de Camões, de Portugal e da Raça Portuguesa”.
Desde logo porque Portugal se sobrepõe a Camões. Depois, porque “Raça Portuguesa”, podendo confundir-se com alguma animalidade grotesca ou simplesmente por falta da tal “raça”, foi democraticamente, substituída pela expressão “Comunidades Portuguesas”, fazendo-se assim justiça ao profundo sentido comunitário nacional…… A sério! Há muitos anos, ainda no tempo do Estado Novo, este dia também se dedicava ao Santo Anjo da Guarda de Portugal, São Miguel [...]
O rapaz Sebastião já estava na puberdade, bem avançada, mas ainda gostava de conversar com o avô Sacadura antes de adormecer. Quando o avô não tinha assunto, costumava ler-lhe uma qualquer passagem morna ou simplesmente “chata” de um livro. Embora atualizado em matéria de tecnologias o avô Sacadura continuava a preferir os livros “tenho que sentir o cheiro do papel e do pó. Só assim as histórias são reais“, costumava dizer. O rapaz, de uma forma ou outra, mergulhava sorridente num sono que exteriormente se refletia como tranquilo e feliz, talvez com as hormonas também elas adormecidas.
No seu quarto, uma vez que desde os poucos meses de idade o rapaz havia mostrado [...]