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Maserati Drive&Sail Experience: Portugal acolhe gama para 2018 e trimarã recordista

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Maserati Drive&Sail Experience: Portugal acolhe gama para 2018 e trimarã recordista

 

 

Para mais de perto dar a conhecer à impresna e aos seus clientes as novidades da sua oferta de modelos de vocação mais familiar para 2018, assim como o Maserati Multi70, o trimarã “voador” que ostenta o seu nome  e tem batido diversos recordes náuticos, a casa de Modena criou a denominada Maserati Drive&Sail Experience. Uma mini-digressão de Verão, que passará por cinco países, e que permite aos convidados não só conduzir os novos Levante, Quattroporte e Ghibli, como navegar a bordo do imponente trimarã com 70 pés e sistema de foils, capaz de voar por sobe as águas a mais de 40 nós.

Honrando a sua história centenária e marcada pela inovação, em que se inclui a criação do primeiro automóvel de estrada equipado com um motor de competição (o Quattroporte original, de 1963), a Maserati persiste em propor modelos em que luxo e desportividade se combinam de modo eficaz, e em que se conjugam altas prestações, elegância, tradição e uma típica manufactura italiana. Para 2018, os principais pontos a reter na sua gama são a disponibilização dos níveis de acabamento GranLusso (mais requintado, único mercado a contar com acabamentos em seda 100% natural da Ermenegildo Zegna) e GranSport (mais desportivo), estreados no Quattroporte, também no Ghibli e no Levante, e ainda a introdução de vários novos sistemas avançados de assistência à condução.

No lote incluem-se sistema de leitura de sinais de trânsito; travagem automática de emergência com alerta de colisão e reconhecimento de peões; cruise control adaptativo; sistema de estacionamento automático; assistente à manutenção na faixa de rodagem; monitorização activa  de veículos no ângulo morto; assistente à condução em auto-estrada; e IVC (Integrated Vehicle Control) – solução desenvolvido pela Maserati em parceria com a Bosch, que se distingue do “vulgar” ESP por visar antecipar e evitar, mais do que corrigir, eventuais “deslizes” do condutor em situações limite.

Desde o seu lançamento, em 2016, o Levante tem sido a estrela maior da Maserati, e tudo aponta para que assim continue, pelo menos, até à chegada de um novo SUV de dimensões mais contidas, o que está previsto para ainda antes do final da década. O seu primeiro SUV é um modelo vital para a marca do Tridente  num mercado em que, a nível global, a procura por SUV não cessa de crsscer, como o prova o facto de este ser já o seu modelo mais vendido, e de lhe ter permitido passar a assegurar uma cobertura de 100% do segmento de luxo (os desportivos GranTurismo/GranCabrio garantem 6% de cobertura, a berlina Ghibli 21% e o topo de gama Quattroporte 16%).

Tal como os restantes membros da gama, o mais polivalente dos Maserati faz gala do seu estatuto “100% Made in Italy. Com estes partilhando os motores a gasolina produzidos pela Ferrari em Maranello, ou o motor turbodiesel fabricado pela VM Motori, empresa que a FCA decidiu adquirir na totalidade há relativamente pouco tempo.

Ao anunciar o melhor desempenho aerodinâmico da classe, o Levante começa por impor-se pela estética deslumbrante, na melhor tradição do design italiano, e em que se destaca a imponente grelha frontal, inspirada na do protótipo Alfieri. O interior, dominado por materiais de inequívoca qualidade, e acabamentos de nível superior, oferece um espaço amplo para quatro passageiros, e onde passa a marcar presença o Maserati Touch Control Plus, o novo e muito completo sistema de infoentretenimento do fabricante italiano, em que as principais funções podem ser operadas mediante um comando rotativo duplo e alumínio colocado no prolongamento da consola central, entre os bancos dianteiros, e cujo principal handicap será, pelo menos para os mais atentos e preciosistas, um grafismo que pouco se distancia do utilizado em outros modelos do Grupo FCA, provenientes de marcas com outros prestígio e propostos por preços bem mais acessíveis…

Sempre com tracção integral permanente Q4, o Levante é proposto com três opções de motor, todos com seis cilindros em V a 60°, sobrealimentados e uma capacidade de 3,0 litros. A oferta a gasolina inclui duas derivações da unidade de 2979 cc, uma com 350 cv e 500 Nm, a outra com 430 cv e 580 Nm. A variante Diesel recorre a um motor com 2987 cc, capaz de disponibilizar 275 cv e 600 Nm.

Pagando sempre Classe 1 nas portagens nacionais, o que não é atributo negligenciável, os preços do Levante iniciam-se nos €113 650 pedidos pela versão Diesel com nível de equipamento base, obrigando as variantes GranLusso e GranSport ao dispêndio de €124 280. A versão a gasolina de 350 cv está disponível desde €122 430, custando €131 950 com os acabamentos GranLusso ou GrandSport, sendo que o topo de gama na Europa, com 430 cv, está disponível desde €134 220, ou desde de €143 370 nos níveis GranLusso e GrandSport.

Quanto ao Ghibli recebeu recentemente um ligeiro restyling exterior, em que a nova grelha frontal é o principal elemento distintivo, a par da disponibilização das ópticas dianteiras LED Matrix. Novidades, em termos de equipamento, além do referido acima para os três modelos, a direcção eléctrica de gestão electrónica EPS e as portas com fecho automático do tipo soft close. Com motor frontal e tracção dianteira, recorre à mesma gama de propulsores do Levante, estando o mais potente disponível também associado à tracção integral Q4. Os preços iniciam-se nos €99 740 da versão Diesel e nível de equipamento base (GranLusso e GranSport desde €110 010), o V6 de 350 cv é proposto a partir de €103 590 (€113 920 com os acabamentos GranLusso ou GranSport), custando o topo de gama com tracção dianteira €120 840 (€129 900 nos níveis GranLusso ou GranSport), passando a exigir o dispêndio de €124 690 se dotado de tracção total (€133 840 nos níveis GranLusso e GranSport).

Por fim, o Quattroporte também passa a contar com faróis LED Matrix e direcção EPS, mas recorre a uma gama de motores distinta, de que não faz parte o V6 a gasolina de 350 cv, e tem como motorização de topo um 3.8-V8 com nada uns muito “saudáveis” 530 cv e 650 Nm, capaz de lhe permitir superar os 300 km/h de velocidade máxima e cumprir os 0-100 km/h em menos de 5,0 segundos – por sinal, só estando disponível com os acabamentos GranLusso e GranSport, não sendo proposto com o nível de equipamento de acesso. Os preços iniciam-se nos €133 400 da versão Diesel (€145 030 com os acabamentos GranLusso e GranSport), o V6 de 430 cv e tracção dianteira custa €147 380 (GranLusso e GranSport propostos por €159 160), a variante Q4 de tracção integral orça em €152 600 (€164 290 nas derivações GranLusso e GranSport), e pelo V8 a Maserati pede €211 760.

Durante a estadia dos renovados Maserati na região de Cascais foi possível realizar um breve contacto com o Levante e o Ghibli nas suas versões a gasolina de 350 cv – o que não é irrelevante quando a própria Maserati reconhece que a procura pelo Diesel está progressivamente a diminuir também na sua oferta. Para o motor sobram elogios, primando por uma excelente resposta em todos os regimes, para o que também contribui a rapidez da caixa automática de oito velocidades, e por uma sonoridade digna das tradições da marca.

Nas sinuosas estradas da serra de Sintra, ambos os modelos evidenciaram um comportamento de acordo com as suas pretensões, em que se destacam a frente rápida e uma traseira que promete um extra de agilidade, naturalmente mais notória na berlina, porque desprovida de tracção integral. A rever, a direcção algo vaga e menos informativa do que o ideal, em especial no seu ponto central, provando que há ainda caminho a percorrer pela Maserati neste particular até que a EPS proporcione o mesmo grau de precisão e envolvimento do anterior sistema de assistência hidráulica.

Com uma longa e profícua ligação a Giovanni Soldini, o fabricante transalpino é o principal patrocinador do Maserati Multi70, um fabuloso trimarã com 70 pés que tem batido diversos recordes nos últimos tempos. O mais recente, o da famosa Rota do Chá, que une Hong Kong a Londres – 15 083 milhas náuticas que o skipper genovês e a sua tripulação cumpriram em 36 dias, 2 horas, 37 minutos e 12 segundos, a uma média de 17,4 nós, retirando 5 dias, 18 horas, 49 minutos e 22 segundos à anterior melhor marca.

Este é um registo que prova que este não é um barco qualquer. E tudo porque Soldini apostou numa nova configuração de foils, que permite ao Maserati Multi70 “voar” sobre as águas a partir da altura em que navegue acima dos 14 nós. Solução que permite reduzir a sua superfície molhada, melhorando a performance, e que muitos apontam como o futuro dos barcos de regatas oceânicas, tendo já sido adoptada na mais recente edição da mítica America’s Cup.

Com 21,2 metros de comprimento, uma boca de 16,8 metros e uma altura acima da linha da água de 29 metros, o trimarã conta com uma área vélica de 310 m2 à bolina, e de 409 m2 a favor do vento, sendo capaz de superar os 40 nós em condições de navegação ideal. Além dos foils em forma de “L” nos flutuadores, o barco desenhado pela VPLP (Van Peteghem Lauriot-Prévost), e optimizado pelo designer francês Guillaume Verdier, dispõe, igualmente, de lemes também por foils, desta vez em forma de “T”, os quais têm sido um dos seus handicaps.

Não pela invejável estabilidade que garantem à embarcação, mesmo em condições limite, mas pela sua exposição a embates com detritos ou outros objectos que possam estar a flutuar na água –quando tal acontece, o que é cada vez mais comum, devido ao aumento de poluição nos oceanos, estes lemes facilmente podem ceder, deixando o barco sem governo até que seja efectuada a respectiva reparação. Para o evitar, a equipa do Maserati Multi70 tem estado a trabalhar, inclusive com os engenheiros da Maserati, numa solução inédita, ainda em fase de desenvolvimento: o leme passa a estar fixado a uma articulação que, em caso de impacto mais violente, cede, permitindo que este passe a adoptar um posicionamento horizontal acima da linha de água. A falta de governo mantém-se, mas o leme não quebra, e se bem que, para tal, seja necessário o barco parar, para seguir caminho basta, manualmente, repô-lo na sua posição original.

A bordo do Maserati Multi70 ao largo de Cascais, felizmente não foi necessário testar a eficácia deste dispositivo, decorrendo a navegação sem problemas e de forma calma. Demasiado calma, até: o vento excessivamente fraco não permitiu atingir a velocidade a partir da qual o barco consegue “voar”, servindo mais a experiência para comprovar o elevadíssimo grau de coordenação e disciplina que sempre têm estas tripulações, habituadas aos rigores dos oceanos e às exigências da grande competição.

O Maserati Multi70 ruma, agora, a Valência, seguindo-se, ainda integrado no roteiro da Maserati Drive&Sail Experience, Valência, Barcelona, Porto Cervo, Sciacca e o Salão de Cannes. O regresso à competição está agendado para 21 Outubro, na Rolex Middle Sea Race, em Malta, a que se seguirá mais uma tentativa de recorde: o da transatlântica RORC Transatlantic Race, que parte de Lançarote a 24 de Novembro.

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zyrgon