A sinistralidade rodoviária em 2017 sofreu um aumento a todos os níveis – acidentes, vitimas mortais e feridos com e sem gravidade –, facto que é do conhecimento público e representa uma preocupante inversão dos registos nacionais de há mais de 12 anos. No contexto da União Europeia foi “apenas” mais um país-membro a notar esta inversão que já se tinha constatado noutros países, mesmo naqueles que tradicionalmente considerávamos como referências de boas práticas e de reduzido número de fatalidades.
Este aumento redundou em registos que são alarmantes e devem preocupar-nos:
130 157 acidentes nas estradas (127 210 em 2016) 509 pessoas morreram no local do acidente, mais 64 [...]Os últimos dias foram férteis em referências à importância da segurança rodoviária, designadamente quanto à assunção de medidas no combate aos fatores de insegurança, aos fatores de risco, pese embora a existência do PENSE 2020.
A responsabilidade de tal facto é, quase exclusivamente, da profusa divulgação pública do estudo que o Observatório ACP nos trouxe, com o título “Condutor Português”. O estudo, apoiado na realização de 6560 inquéritos feitos entre abril e junho de 2017, a maiores de 18 anos e possuidores de carta de condução, maioritariamente residentes nos concelhos de Lisboa e Porto., é interessante e aborda, no que respeita aos comportamentos, temas como o álcool e [...]