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Al-Attiyah imperial em dia difícil para os portugueses

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Al-Attiyah imperial em dia difícil para os portugueses

Nasser Al-Attiyah venceu a quarta especial do Dakar, primeira realizada no Chile, e consolidou a liderança na competição. O qatari, que corre com um Mini da X-Raid, bateu o espanhol Nani Roma, também em Mini, por 2m40s e deixou o seu principal adversário na classificação, Giniel De Villiers, a 2m57s. O sul africano da Toyota está, agora, a 8m15s do primeiro classificado, enquanto Yazeed Al-Rajhi é terceiro, naquela que está a ser uma estreia de sonho para o piloto saudita.

O construtor japonês coloca três Hilux nas quatro primeiras posições, numa demonstração de como a Toyota evoluiu os seus carros face à edição do ano passado. Destaque, ainda, para o quinto tempo de Stéphane Peterhansel. O francês mostrou que nas dunas está mais à vontade com o Peugeot e perdeu, desta feita, menos de seis minutos para Al-Attiyah. O seu companheiro de equipa, Carlos Sainz, não tem, porém, razões de satisfação. O 2008 DKR teve problemas mecânicos e o espanhol teve de esperar pelo camião de assistência rápida. Neste momento ainda não terminou a especial.

Apesar das dificuldades que os concorrentes sentiram neste primeiro dia de competição no Chile, Carlos Sousa voltou a subir na classificação. O português que compete num ASX da Mitsubishi Brasil foi o 11º mais rápido do dia e com esse resultado ascendeu ao sétimo lugar da classificação.

Para Ricardo Leal dos Santos, esta etapa podia ter significado a entrada no top-20 mas isso acabou por não acontecer. O 34º tempo na especial permitiu, ainda assim, que a equipa se mantenha na 22ª posição “Estava a dar-me um gozo imenso e vínhamos com um andamento fantástico numa luta muito animada com o Kamaz quando, depois de ele ter ficado preso, nós também nos atascámos. A juntar a isso houve alguma dificuldade em colocar o macaco hidráulico a funcionar, a retirar as pranchas e com tudo isso acabámos por perder quase meia hora num dia em que tudo tinha corrido tão bem”, explicou o português.

Em bom plano está Filipe Palmeiro. Navegador do Boris Garafulic num dos Mini da X-Raid, o português ficou em 14º lugar e na classificação geral ocupa o 13º posto.

Barreda e Coma estão numa dimensão diferente

Nas motos, o dia foi dos espanhóis. Joan Barreda, em Honda, voltou a vencer e cimentou a liderança. Marc Coma, vencedor em 2014 que corre com uma KTM, fez segundo e ascendeu à mesma posição. Paulo Gonçalves, também em Honda, teve um dia difícil mas conseguiu minimizar os danos e acabou com o 12º. Ainda assim, caiu para terceiro.

Joan Barreda está a dominar esta edição do Dakar nas motos

Joan Barreda está a dominar esta edição do Dakar nas motos

Ruben Faria, colega de Coma na KTM, foi o melhor luso nos 315 km de sector ao concluir com o quinto tempo. Ao fim dos primeiros quatro dias, o algarvio recupera da lesão na clavícula e ocupa o quarto posto da geral. Aliás, os quatro primeiros lugares são um exclusivo ibérico, com dois espanhóis e dois portugueses em primeiro, segundo, terceiro e quarto.

Menos bem está Hélder Rodrigues. Aos comandos de uma Honda oficial, como acontece com Gonçalves, perdeu mais de 20 minutos e quedou-se pelo 17º posto. O português podia ter terminado nos lugares cimeiros, mas a sua CRF 450 Rally sofreu com problemas mecânicos que Rodrigues não conseguiu resolver sem se atrasar. Desceu um lugar na classificação e agora fecha o top-ten.

“Ataquei desde o início e estive bem até ao abastecimento. Aí, a moto não quis pegar porque os mecânicos se esqueceram de ligar um cabo. Tentei resolver o problema e seguir até ao fim da especial, apesar do tempo perdido. Foi uma pena ter parado por um período tão longo”, lamentou.

O campeão nacional de TT, Mário Patrão, foi apenas 49º classificado com a sua Suzuki e está em 35º da geral nas duas rodas motrizes. O piloto de Seia voltou a sentir problemas no travão de trás da sua moto e, com isso, não conseguiu impor o ritmo que desejava.

Nos quads, Rafal Sonik venceu mas Sergio Lafuente,  está perto na classificação. Os dois estão separados por menos de quatro minutos, enquanto Ignacio Casale é terceiro a 13m32s do líder. Os três correm em Yamaha.

Nos camiões, o sector teve apenas 174 km e o melhor foi Andrey Karginov, em Kamaz. Eduard Nikolaev, também em Kamaz, ficou em segundo por apenas três segundos de diferença. Na classificação geral, a marca russa monopoliza o pódio, com Ayrat Mardeev, que hoje foi terceiro, na frente. Os três primeiros estão separados por apenas 1m57s.

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zyrgon