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Alfa Romeo Giulia 2.2 D Q4 Veloce

Artigo
Alfa Romeo Giulia 2.2 D Q4 Veloce

Visão geral
Marca:

Alfa Romeo

Modelo:

Giulia

Versão:

2.2 D Q4 Veloce

Ano lançamento:

2017

Segmento:

Familiares médios

Nº Portas:

4

Tracção:

Integral permanente

Motor:

2.2 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

210/3750

Vel. máx. (km/h):

235

0-100 km/h (s):

6,8

Consumos (l/100 km):

4,0/4,7/5,8
(Extra-urbano/Combinado/Urbano)

CO2 (g/km):

122

PVP (€):

55 300/65 030 (unidade testada)

Gostámos

Comportamento dinâmico, Travagem, Direcção rápida e precisa, Conforto de bom nível, Design exterior e interior, Prestações, Consumos

A rever

ESP não desligável, Preço, Lacunas de equipamento, Pormenores de construção, Motor ruídos

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Qualidade geral
7.0
Interior
8.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
9.0
Desempenho dinâmico
9.0
Consumos e emissões
8.0
Conforto
8.0
Equipamento
7.0
Garantias
7.0
Preço
6.0
Se tem pressa...

Puro prazer de condução na mais dotada versão a gasóleo do familiar médio da Alfa Romeo, o convincente Giulia 2.2 D Q4 Veloce. Pena o preço…

7.7
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Estreada no Giulietta da década de 1950, desde então que a sigla Veloce tem sido aplicada pela Alfa Romeo com assumida parcimónia, em termos de versões como de modelos, porque sempre utilizada para identificar automóveis que têm algo de especial, capaz de os distinguir do demais nas respectivas gamas. O mais recente modelo a merecer tal distinção foi o Guilia, com as suas variantes Veloce a fazerem a diferença através de dois elementos fundamentais: recorrerem aos motores a gasolina e Diesel mais poderosos da família (exceptuando, obviamente, o 2.9-V6 de 510 cv do Quadriflogio, que se insere numa classe à parte), sempre conjugados com a tracção integral Q4.

Sendo a opção a gasolina 2.0 Turbo de 280 cv (ainda) pouco vendável no mercado nacional, atenções focadas, então, no Giulia 2.2 D Q4 Veloce de 210 cv, aquele que maior interesse despertará junto do consumidor luso. E que, tal como o seu “irmão” a gasolina, começa por se destacar por incluir alguns elementos de equipamento de conforto e funcional exclusivos, como as molduras janelas em preto brilhante; o volante desportivo específico; os bancos em pele perfurada, com regulação eléctrica e memória para o do condutor; a pedaleira em alumínio; as jantes de liga de 18”; e o sistema de travagem com pinças Brembo pretas e discos de maiores dimensões.

Se já não é fácil ficar indiferente ao apelo visual do giulia, esta versão Veloce, a que mais se aproxima do sobredotado Quadrifloglio, é praticamente irresistível

Se já não é fácil ficar indiferente ao apelo visual do giulia, esta versão Veloce, a que mais se aproxima do sobredotado Quadrifloglio, é praticamente irresistível

Certo é que, se o Giulia já é um automóvel a que poucos ficarão indiferentes, este Veloce é, visualmente, ainda mais apelativo, praticamente irresistível, até, graças a uma fabulosa aparência exterior, que não deixa dúvidas quanto à sua desportividade. É, sem sombra de dúvida, a versão que, esteticamente, mais se aproxima do Giulia Quadrifoglio, em boa parte devido às duas ponteiras de escape colocada nos extremos do extractor traseiro, aos pára-choques de desenho específico, ao logótipo Veloce colocado nos guarda-lamas dianteiros, e à sigla Q4 presente na tampa da mala. Junte-se a isto, no caso da unidade ensaiada, três opcionais que muito ajudam a compor o look final: as fantásticas jantes de 19” de cinco furos; as pinças de travão pintadas de amarelo; e a cor azul da carroçaria.

No interior, os principais pontos a reter, porque próprios das versões Veloce, serão o volante com dimensões perfeitas e uma soberba pega, e os fantáticos bancos desportivos em pele perfurada com regulação eléctrica, um óptimo suporte lateral e apoio para as pernas extensível. Mantendo-se inalteradas outras características fundamentais do Giulia neste particular, como sejam a excelente habitabilidade em todos os lugares, em especial o espaço para pernas atrás; uma qualidade de construção ainda alguns furos aquém dos principais rivais do norte da Europa (seja por um rigor de montagem perfectível, seja por uma escolha de materiais pouco criteriosa, que conjuga plásticos de boa qualidade com outros apenas medianos e alguns verdadeiramente indignos de um automóvel deste nível e gabarito, sendo o exemplo mais gritante nesta matária o utilizado no joystick de comando da caixa de velocidades, sem dúvida o pior material utilizado em todo interior); e algumas lacunas de equipamento, como seja a ausência de sistema de navegação num automóvel que já custa mais de 55 mil euros – e, como se tal não bastasse, mesmo a opcional versão de topo do sistema é confusa, devido ao seu ecrã de reduzidas dimensões e a um sistema de menus e de comando pouco intuitivo.

O interior é, visualmente, tão atraente quanto as linhas exteriores, mas o cuidado posto na qualidade de construção fica aquém dos seus predicados estilisticos

O interior é, visualmente, tão atraente quanto as linhas exteriores, mas o cuidado posto na qualidade de construção fica aquém dos seus predicados estilisticos

Aqui chegados, fica praticamente arrumada, quase até final, a questão do elencar dos pontos menos positivos do Giulia 2.2 D Q4 Veloce, já que, no que ao desempenho dinâmico, e à interacção entre condutor e veículo, diz respeito, pouco ou nada haverá a apontar ao modelo. Ainda que, para esta apreciação, haja que sublinhar que a unidade em apreço, entre vários outros, descritos de detalhe na ficha de equipamento deste teste, montava um pacote opcional que não é de somenos: o chamado Pack Performance, em que se incluem o diferencial autoblocante traseiro; o amortecimento pilotado; as soberbas, porque sobredimensionadas e ultra-funcionais, patilhas da caixa no volante; e as belíssimas jantes de 19” com pneus de perfil mais baixo.

Pressionado o botão vermelho existente no volante, evocação clara da herança da competição da Alfa Romeo (e do seu parentesco com a Ferrari…), o quatro cilindros turbodiesel de 2143 cc acorda e, desde logo, exibe o seu ruído de funcionamento pouco discreto, condicionante que, infelizmente, não só não desaparece com o aumento da temperatura de funcionamento, como tende a tornar-se mais presente e notória na razão directa do aumento da aceleração e da carga. Menos mal que, graças a um generoso binário, e a uma potência apreciável, esta é uma unidade plena de força numa alargada faixa de utilização, garantindo uma resposta pronta e consistente num amplo leque de regimes, o que se traduz num funcionamento bastante progressivo e linear, numa inequívoca facilidade em subir de regime e em óptimas prestações. Até porque a caixa automática de oito velocidades é extremamente rápida, em especial quando comandada manualmente em sequência e estando seleccionado o modo de condução Dynamic.

O modo de condução Dynamic é que melhor faz jus às invejáveis capacidades dinâmicas do Giulia 2.2 D Q4 Veloce

O modo de condução Dynamic é que melhor faz jus às invejáveis capacidades dinâmicas do Giulia 2.2 D Q4 Veloce

Quanto aos consumos, variam bastante, como não espantará, consoante a utilização que for dada ao modelo. São, até, bastante frugais em estrada e auto-estrada, a velocidades estabilizadas e dentro dos limites estipulados, e razoáveis em cidade, se bem que não referenciais. Ainda assim, conduzindo-se a bom ritmo, mas sem exageros, é fácil registar médias inferiores a 10,0 l/100 km, tendo as mesmas a situar-se liminarmente abaixo dos 12,0 l/100 km quando se adopta uma condução verdadeiramente desportiva, o que, ainda assim, está longe de ser preocupante num automóvel com as capacidades, características e vocação deste Giulia 2.2 D Q4 Veloce.

Capacidades essas que os adeptos dos desportivos sentir-se-ão permanentemente impelidos a explorar ao máximo, graças a um comportamento dinâmico simplesmente fantástico. A proverbial direcção mais directa do segmento compensa a reduzida brecagem com uma rapidez e precisão de inserção em curva sem paralelo a este nível, com o sistema de tracção integral Q4 (que a Alfa Romeo garante adicionar não mais do que 60 kg ao peso total do conjunto) a garantir uma notável facilidade de controlo do Giulia 2.2 D Q4 Veloce mesmo nos limites, permitindo que até os menos experimentados possam tirar bom partido dos seus atributos com uma elevada segurança – até porque o sistema de travagem, com discos de 330 de diâmetro na frente, e 320 mm atrás, é outro dos predicados do modelo, assegurando potência elevada, bom tacto, resistência à fadiga e, como tal, confiança ao volante.

É ao volante que, verdadeiramente, se fazem sentir todos os atributos das versões Veloce

É ao volante que, verdadeiramente, se fazem sentir todos os atributos das versões Veloce

A par de uma invejável estabilidade a alta velocidade, em recta como em curva, é nos traçados mais sinuosos, percorridos a ritmos mais acelerados, que o Giulia 2.2 D Q4 Veloce dá mostras de todo o seu valor. Forçando o ritmo, nas solicitações mais exigentes à saída das curvas mais lentas, e apesar da muita tracção, é evidente a tendência (ainda que tardia) do eixo dianteiro para alargar a trajectória, e é justamente aí que transmissão integral entra em acção, enviando binário para as rodas da frente de modo a contrariar a situação. O mesmo acontecendo quando se provocam derivas do eixo traseiro, situação em que o opcional autoblocante traseiro também é um precioso auxiliar para um fácil e absoluto controlo de praticamente toda e qualquer situação.

Valerá, neste ponto, salientar que o sistema Q4 tende, por omissão, a enviar a totalidade do binário para o trem posterior, só o remetendo para o eixo dianteiro (até um máximo de 60%) quando a eletrónica do sistema detecta perdas de motricidade nas rodas traseiras, o que em muito contribui para reacções mais “puras” e um prazer ao volante mais elevado. Inquestionável é que o Giulia 2.2 D Q4 Veloce é invulgar e surpreendentemente ágil para um automóvel com este porte, executando as manobras que lhe são exigidas com grande rapidez, ligeireza e fidelidade às solicitações do condutor. E tudo isto com um apreciável conforto de marcha, que o sistema de amortecimento activo ajuda a gerir em função das condições e pretensões do momento, sendo bem evidentes as diferenças entre os seus modos de funcionamento Soft e Sport. Para mais, até permite que o seu modo mais brando modo seja conjugado com o modo Dynamic do próprio veículo – valência que permite, ainda, usufruir de uma maior eficácia quando em condução desportiva em pisos mais degradados.

Passada a fase de encantamento ao volante do Giulia 2.2 D Q4 Veloce, é tempo de regressar à realidade, e constatar que o preço a que o modelo é proposto está longe de ser dos mais competitivos. Para os indefectíveis da marca de Arese, considerar que aquirir um Veloce é a maneira mais em conta de ter um “quase Quadrifoglio”, pode ser uma maneira de ver as coisas. Já para o comum mortal, realizar que o modelo é mais caro que os seus rivais alemães com características equiparáveis, tenderá a não lhe facilitar muito a vida…

Os traçados mais sinuosos são o local ideal para usufruir do enorme prazer que é estar do local mais apetecido a bordo do Giulia 2.2 D Q4 Veloce

Os traçados mais sinuosos são o local ideal para usufruir do enorme prazer que é estar do local mais apetecido a bordo do Giulia 2.2 D Q4 Veloce

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Airbag para condutor e passageiro
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Sistema de travagem de emergência com alerta de colisão e reconhecimento de peões
Alerta de saída involuntária da faixa de rodagem
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Bancos em pele perfurada
Bancos dianteiros desportivos+aquecidos+reguláveis electricamente (4 vias)+memória condutor
Banco traseiro rebatível 40/20/40 com vão porta-skis
Volante desportivo em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções+aquecido
Pedaleira em alumínio
Direcção com assistência eléctrica variável
Rádio com leitor de CD/mp3+ecrã táctil de 6,5"+entradas USB/Aux
Mãos-livres Bluetooh
Vidros eléctricos dianteiros+traseiros
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Sensor de luz+chuva
Sensores de estacionamento traseiros
Faróis bi-Xénon
Jantes de liga leve de 18”
Sistema de monitorização da pressão dos pneus

Pack Sound Theatre by Harman Kardon com 900 Watt+14 altifalantes (€1900)
Pack Driver Assistance Plus (€900 – inclui: câmara de estacionamento traseira, sensores de estacionamento dianteiros+traseiros, retrovisor interior electrocromático, retrovisores exteriores electrocromáticos, assistente de máximos, assistente de ângulo morto)
Pack Convenience (€800 – inclui: puxadores exteriores das portas iluminados, acesso+arranque sem chave, compartimento de arrumação no
banco do condutor, espelho de cortesia do condutor iluminado)
Pintura metalizda (€98o)
Jantes de liga leve de 19" (€1000)
Pack Performance (€1000 – inclui: diferencial autoblocante mecânico, suspensão activa, patilhas de comando da caixa no volante)
Pinças de travão amarelas (€250)
Vidros traseiros escurecidos (€400)
Pack Connected Nav (€1900 – inclui: sistema multimédia com ecrã táctil de 8,8", navegação 3D, rádio DAB, ligações Apple CarPlay+Android Auto)~

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zyrgon