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Aston Martin confirma regresso da Lagonda

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Aston Martin confirma regresso da Lagonda

A Aston Martin anunciou às 00h00 de hoje o lançamento de um novo modelo que permitirá fazer reviver a Lagonda, um quarto de século volvido sobre o final da produção do último modelo a fazer uso do seu nome. Como tem sido habitual com esta designação quase mítica (lembre-se que chegou a ser aventada a possibilidade de a Lagonda renascer através de um SUV de luxo criado a partir da plataforma do Mercedes GL – projecto que não estará ainda totalmente posto de parte), o emblema da Lagonda voltará a ser utilizado numa luxuosa e exclusiva berlina de altas prestações, desta feita reservada em exclusivo ao mercado do Médio Oriente, segundo a Aston Martin em resultado de uma procura de mercado extremamente específica.

O fabrico artesanal e o elevado grau de personalização prometem ser factores determinantes do novo Aston Martin Lagonda, que apenas alguns clientes seleccionados do Médio Oriente terão a possibilidade de usufruir

O fabrico artesanal e o elevado grau de personalização prometem ser factores determinantes do novo Aston Martin Lagonda, que apenas alguns clientes seleccionados do Médio Oriente terão a possibilidade de usufruir

O regresso da Lagonda assumirá contornos semelhantes aos que caracterizaram os projectos One-77, V12 Zagato e CC100 Speedster Concept (este último começou por ser um mero exercício de estilo destinado a celebrar o centenário da marca, do qual acabaram por ser produzidas duas unidades para outros tantos clientes muito especiais). Significa isto que será fabricado praticamente à mão pelos artesãos da Aston Martin (já a partir de 2015), altamente personalizável e disponibilizado aos clientes apenas através de convite formulado pelo próprio fabricante britânico, permanecendo os pormenores relativos o seu preço final confidenciais (ainda que desde já seja anunciado como condicente com o estatuto, a exclusividade, o luxo e a qualidade do modelo).

Conceptualmente, o novo Lagonda terá por base a inevitável plataforma VH da Aston Martin, promete ir beber inspiração estilística ao Lagonda de 1976 e fará uso de várias das soluções de ponta dos mais modernos Aston Martin, como seja o recurso à fibra de carbono nos painéis das portas. O processo de fabrico terá lugar em Gaydon, no mesmo edifício onde foi produzido o One-77.

O Lagonda de 1974 pouco mais era do que a versão longa e de quatro portas do Aston Martin V8 de então

O Lagonda de 1974 pouco mais era do que a versão longa e de quatro portas do Aston Martin V8 de então

Recorde-se que o nome Lagonda foi adquirido pela Aston Martin em 1947, e utilizado pela primeira vez em 1974-75, num modelo de que foram fabricadas apenas duas unidades e pouco mais era do que a versão longa e com quatro portas do Aston Martin V8 da época, com motor de 5,3 litros e 280 cv. Já em 1976 era lançado no Salão de Londres o Aston Martin Lagonda da segunda série, que com o anterior pouco mais partilhava do que o nome e o motor – ultramoderno para a época, com linhas únicas desenhadas por William Towns (inesquecíveis, os enormes faróis escamoteáveis), oferecia soluções interiores de vanguarda e contava com quase três metros entre eixos, para um comprimento total de 5,2 metros. Foram vendidas cerca de 500 unidades desde as primeiras entregas, em 1979, até 1985.

De aspecto, no mínimo, invulgar., o Lagonda de 1976 era um automóvel luxuoso e, em boa medida, inovador

De aspecto, no mínimo, invulgar., o Lagonda de 1976 era um automóvel luxuoso e, em boa medida, inovador

O Lagonda conheceu ainda mais duas séries. A terceira série foi produzida durante apenas cerca de um ano (entre 1986 e 1987), num total de 75 unidades, sendo que as principais diferenças para o anterior assentavam na introdução de um sistema de injecção de gasolina e num painel de instrumentos menos futurista. A quarta e derradeira série foi produzida entre 1987 e 1990 (num total de 105 unidades, ao ritmo de uma unidade por semana), residindo aqui as alterações mais evidentes no arredondamento das arestas mais salientes da carroçaria e na supressão dos faróis escamoteáveis, por troca com grupos ópticos triplos colocados de ambos os lados da grelha frontal.

Na sua derradeira versão, o Lagonda, cuja produção findou em 1990, perdeu boa parte das arestas mais vincadas da carroçaria, e viu serem substituídos os faróis escamoteáveis por ópticas dianteiras triplas colocadas ao lado da grelha frontal

Na sua derradeira versão, o Lagonda, cuja produção findou em 1990, perdeu boa parte das arestas mais vincadas da carroçaria, e viu serem substituídos os faróis escamoteáveis por ópticas dianteiras triplas colocadas ao lado da grelha frontal

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zyrgon