Foi interrompendo a música épica, que até aí marcara os momentos altos da apresentação da Honda no sumptuoso stand da marca no EICMA, que Marc Marquez, o mais recente fenómeno “extraterrestre” do motociclismo desportivo, subiu “ao palco” para o climax daquela segunda meia hora do dia (as apresentações em Milão são servidas em doses de meia hora). Vinha vestido de negro, para condizer com a roupa de carbono que a barulhenta – e, não só por isso, impressionante – moto que conduzia trazia vestida. À vista de todos, enquadrada na provocação daquele sorriso rasgado recém coroado bi-campeão do Mundo, ali estava: a moto de Grande Prémio feita para a estrada, a Honda RC [...]
Este ano, a cidade do Porto, adoptando uma prática comum, com mais de uma década, noutras grandes urbes europeias, passou a autorizar a circulação das motos na “faixa do Bus”. Esta medida revela uma abertura – de espírito e de preocupação com as populações – em tudo inversa à postura indiferente e sobranceira da capital.
Depois de anos de tentativas diversas, empreendidas por várias entidades relacionadas com a utilização da moto enquanto veículo de transporte e lazer, a Câmara Municipal de Lisboa ignorou, de forma arrogante por persistir na recusa, as diligências efectuadas no sentido de explicar à classe política e aos tecnocratas da edilidade a necessidade e a importância [...]
Teve lugar recentemente, em Lisboa, a conferência internacional “Cycle Cities”, dedicada às capitais europeias cicláveis, iniciativa a que a edilidade alfacinha aderiu com entusiasmo. Entidades nacionais e estrangeiras apresentaram, suportadas em estudos, mapas e estatísticas, a necessidade inquestionável e inevitável de converter as grandes urbes em cidades menos poluídas e mais amigas da população. Intenções louváveis e que deverão merecer de todos nós o maior apoio.
Na mesma ocasião, e porque era disso que se tratava, a bicicleta foi apontada como parte da solução para atingir aqueles fins, sendo referida a sua utilidade como solução de transporte individual. Temos [...]
À boa maneira portuguesa, é quase impossível ter uma discussão sobre o tema do “salão das motos” que não redunde em acesa troca de impressões e, em consequência, de acusações. Tem sido muito difícil, ao longo dos anos, estabelecer, de forma racional e produtiva, uma estratégia de sector. Também neste particular.
Durante anos, Lisboa (FIL) e Batalha (Exposalão) rivalizaram na organização do certame anual das motos. A FIL tinha a seu favor a localização privilegiada – Lisboa – a Batalha fazia valer um preçário (consideravelmente) mais interessante para os expositores e a ideia de que a sua posição geográfica, no centro do país, favorecia a afluência do público.
Todos os [...]