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Chevrolet Trax 1.7 VCDi LT

Artigo
Chevrolet Trax 1.7 VCDi LT

Visão geral
Marca:

Chevrolet

Modelo:

Trax

Versão:

1.7 VCDI LT

Ano lançamento:

2013

Segmento:

SUV

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.7 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

130/4000

Vel. máx. (km/h):

186

0-100 km/h (s):

9,6

CO2 (g/km):

120

PVP (€):

23 790/24 240

Gostámos

Preço, Equipamento, Espaço, Versatilidade, Conforto de marcha, Performances e consumos

A rever

Motor ruidoso, Caixa de velocidades lenta e imprecisa, Classe 2 nas portagens

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Qualidade geral
7.0
Interior
8.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
8.0
Desempenho dinâmico
7.5
Consumos e emissões
8.0
Conforto
8.0
Equipamento
7.0
Garantias
7.0
Preço
9.0
Se tem pressa...

Visual sedutor, versatilidade, competência dinâmica e consumos reduzidos: atributos indesmentíveis do Chevolet Trax 1.7 VCDI, em que até o preço e o equipamernto convencem. De lamentar os aberrantes normativos que obrigam um automóvel deste género a pagar Classe 2 nas portagens.

7.8
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Tardou, mas chegou. Um dos construtores com maiores e mais antigos pergaminhos entre os chamados modelos “multifuncionais”, o grupo General Motors passa a estar, enfim, presente na classe dos SUV compactos (ou, como alguns lhe chamam já, segmento dos SUV-B). E logo através de dois modelos – um, o Chevrolet Trax; o outro, o seu irmão “quase gémeo” Opel Mokka.

A variante do modelo americano mais adequada ao mercado português será a aqui analisada: com tracção apenas dianteira e animada pelo motor turbodiesel de 1,7 litros e 130 cv – pelo menos enquanto a fiscalidade tanto penalizar os 4×4; e a quase obsessão lusa pelo gasóleo se mantiver. Níveis de equipamento existem dois, LS e LT, com o dispêndio adicional de cerca de €1500 que o segundo exige a ser plenamente justificado pela dotação de equipamento mais generosa.

Visualmente, o Trax (anunciado como o mais recente exemplo da nova linguagem estilística da Chevrolet) conquistou de imediato: o porte musculado e as linhas menos vulgares que as de alguns rivais – também porque menos disseminadas entre nós – conferem-lhe uma aparência sólida e robusta, combinada com um certo ar americanizado que lhe assenta bem. Mas também aceito que a afinidade pessoal com uma certa tendência estilística estadounidense, em que o modelo se enquadra, tenha tido algum peso na apreciação.

Menos discutível é a capacidade que o novo Chevrolet terá para cativar clientes típicos dos utilitários convencionais, e até de alguns familiares compactos, em especial quem pretenda fazer a diferença e fugir ao tradicional. Tendo por base a plataforma do Aveo, as dimensões exteriores (4248 mm de comprimento por 1776 mm de largura) traduzem-se num habitáculo bastante espaçoso – surpreendentemente amplo, até, atrás -, que permite viajar com a família com apreciável grau de conforto e desafogo.

Chevrolet Trax 1.7 VCDI LT

Apesar da aparência compacta, o Chevrolet Trax é bastante espaçoso, chegando a surpreender o desafogo que sente quem viaja atrás

A isto junte-se a versatilidade garantida por elementos como o banco do passageiro totalmente rebatível (podendo servir de mesa e permitindo o transporte de objectos com até 2,3 m de comprimento); pelo banco traseiro rebatível assimetricamente (a capacidade da mala varia entre 356 litros e 1370 litros, existindo ainda um espaço para arrumação sob o respectivo piso); pelos inúmeros espaços de arrumação (gavetas sob os bancos dianteiros; dois porta-luvas fechados – num deles estando instaladas as tomadas USB e Aux para ligação de periféricos ao sistema de infoentretenimento de bordo; compartimento com tampa no topo do tablier; entre outros); pela tomada de 230 V montada atrás, entre os bancos dianteiros; e pelas barras de tejadilho, aptas a suportar até 75 kg de peso.

O habitáculo prima ainda pela decoração sóbria e pela construção robusta, pese embora os plásticos sejam, na sua maioria, duros e algo ásperos – o que prejudica mais o agrado ao tacto do que outra coisa, estando praticamente ausentes os ruídos parasitas. Em compensação, o sistema MyLink é um trunfo de peso das versões mais equipadas do Trax: com ecrã táctil, através de algumas aplicações específicas destinadas a dispositivos portáteis permite aceder a fotografias, vídeos e até a um sistema de navegação (BrinGo) com mapas em 3D armazenáveis em smartphone, o que lhe confere a capacidade de fornecer indicações mesmo quando o telemóvel não tem rede – ou seja, sem custos de transmissão de dados em roaming. Outro atributo a considerar é a possibilidade de o condutor operar uma série de funções do sistema (chamadas mãos livres, reprodução de músicas, escutar ou enviar mensagens de texto) através de comandos vocais, utilizando para tal a função Siri2 do iPhone.

Bastante convincente é, também, a condução do Trax 1.7 VCDI. Segundo a Chevrolet, o châssis foi afinado para oferecer uma dinâmica ao gosto das preferências dos europeus, e a verdade é que o comportamento pauta-se pelas reacções honestas e previsíveis, e por um apreciável nível de eficácia – e, não obstante um centro de gravidade mais elevado do que o habitual, os movimentos da carroçaria são bem controlados e até a estabilidade a alta velocidade é digna de encómios. Não menos relevante, o conforto de marcha é sempre de bom nível, mesmo quando a qualidade do piso não é a melhor e apesar da suspensão traseira por eixo de torção.

Chevrolet Trax 1.7 VCDI LT

Neste domínio, o ponto mais criticável da versão Diesel do Trax será mesmo o motor. Não tanto pelo seu rendimento, já que os 130 cv e 300 Nm do 1.7 sobrealimentado “casam” bem com os cerca de 1500 kg de peso do modelo, o que se traduz em prestações deveras interessantes e consumos muito contidos, dos melhores da classe (também por via da adopção de um sistema start/stop), o que contribui decisivamente para uma utilização em estrada aberta bastante convincente. O senão está em que esta unidade já algo vetusta é marcada por um funcionamento excessivamente ruidoso (que nem o bom trabalho efectuado ao nível do isolamento do habitáculo consegue disfarçar, e tanto pior quanto mais elevada for a rotação a que trabalhe); assim como por uma atitude algo anémica abaixo das 2000 rpm, por oposição à disponibilidade evidenciada acima deste regime.

Por via disso, é obrigatório recorrer com frequência à caixa de velocidades para usufruir de uma resposta pronta em percursos com maiores variações de velocidade, o que é agravado por ser esta pouco precisa, demasiado áspera e de funcionamento recalcitrante quando actuada com maior rapidez. Esta situação é especialmente notória em condução citadina, ambiente em que o Trax até usufrui de alguns trunfos interessantes, como o posto de condução elevado mas correcto, que oferece uma óptima visibilidade em todas as direcções; ou a câmara traseira de auxílio ao estacionamento, que em muito facilita as respectivas manobras.

Chevrolet TRax 1.7 VDCI LT

Mercê de um châssis equilibrado, o Trax oferece um comportamento eficaz sempre conjugado com um elevado nível de conforto. Em terra, a condução chega a ser muito divertida

Com uma altura ao solo não muito generosa, e desprovido de qualquer outro auxiliar que não o sistema HDC de controlo de descidas, o Trax 1.7 VCDI de tracção à frente não tem, naturalmente, grande vocação para pisar outros terrenos fora do asfalto que não os estradões ou percursos pouco exigentes em termos de motricidade e obstáculos. Ainda assim, graças à agilidade garantida pelas dimensões compactas, à eficácia da suspensão e à possibilidade de desligar o ESP em duas fases (primeiro, inibindo apenas o controlo de tracção; depois, desactivando o próprio controlo de estabilidade – que, não obstante, se mantém sempre alerta, intervindo nas situações mais extremas), a condução em terra chega a ser muito divertida para os mais afoitos, e também aqui sempre com um conforto digno de registo.

Aqui chegados, é inevitável realçar o quanto é fácil ficar seduzido pelo Trax 1.7 VCDI LT. Pelo que o maior obstáculo à sua aquisição passa por algo que a que a Chevrolet é completamente alheia: o facto de a aberrante legislação lusa obrigar um automóvel com estas características a pagar Classe 2 nas estradas nacionais. Para tentar obviar esta condicionante, a marca até tem em vigor uma campanha especial de lançamento, que reduz em €1660 o preço do veículo, que se fica por €23 790 nesta variante LT, para mais bastante bem equipada. Só que este é um óbice que decerto pesará na decisão de muitos, pelo que porventura seria de ponderar a realização de alguns ajustes que por certo alterariam por completo este estado de coisas: a introdução do novo motor 1.6 turbodiesel do grupo (mais eficaz, económico e menos penalizado pelo fisco) e uma alteração na suspensão que lhe permitisse passar a Classe 1.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Sistema de controlo de descidas
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix
Ar condicionado manual
Computador de bordo
Bússola
Cruise-control+limitador de velocidade
Gaveta sob os bancos dianteiros
Banco rebatível 60/40
Banco do condutor com regulação em altura+lombar
Bancos em pele+tecido
Banco do passageiro totalmente rebatível
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Rádio com leitor de CD/mp3/tomadas USB+Aux
Mãos-livres Bluetooth telefone+áudio
Vidros traseiros escurecidos
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Retrovisor interior electrocromático
Faróis de nevoeiro
Sensor de luz
Sensores de estacionamento traseiros+câmara de estacionamento
Jantes de liga leve de 18”

Pintura metalizada (€350)

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zyrgon