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Fiat Panda Cross: um todo-o-terreno atrevido

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Fiat Panda Cross: um todo-o-terreno atrevido

Enquanto modelo de características aventureiras, o Fiat Panda Cross encontra-se já a enfrentar aquele que é um dos seus maiores desafios – o Sahara Desert Challenge. Na sua terceira edição, esta aventura define-se pelos custos de participação mais acessíveis, ligando dois continentes (Europa e África) e atravessando cinco países: Portugal, Espanha, Marrocos, Mauritânia e Senegal, onde encontrará o seu destino final, Dakar.

Entre os veículos participantes encontram-se modelos 4×2, 4×4, motos e camiões 4×4, tendo a prova começado a 26 de Dezembro em Coruche, para chegar a Dakar e regressar a 9 de Janeiro deste ano.

Pensado para optimizar as prestações fora de estrada, o Panda Cross destaca-se pela imagem específica, com diversos elementos de protecção aos órgãos mecânicos que lhe conferem ao mesmo tempo um aspecto mais robusto. Na frente, por exemplo, nota para o novo pára-choques com uma placa de protecção em cor ‘Silver Ultrashine’ (cor também presente no interior) e para os ganchos de reboque em vermelho brilhante, além de novos grupos ópticos. As jantes são de 15 polegadas (com pneus 185/65 R15 Mud & Snow) com acabamento em metal polido, enquanto na traseira repete-se a receita para maior imagem de maior robustez: novos pára-choques, novos grupos ópticos e escape cromado. Como qualquer bom TT, na consola central encontra-se o selector de condução Terrain Control.

Em termos de dimensões, o Panda Cross mede apenas 3,70 m de comprimento, 1,66 m de altura e 1,66 m de largura, dispondo ainda de 225 litros na bagageira. A altura ao solo é generosa: 161 mm para o 0.9 Twinair Turbo de 90 cv e 158 mm para o 1.3 Multijet II de 80 cv. A juntar a isso, os ângulos de ataque (24º), saída (33º) e ventral são superiores aos do Panda 4×4, conferindo-lhe por isso ainda maiores veleidades fora da estrada.

Máxima versatilidade off-road

Neste aspecto, apresenta mesmo características usuais dos todo-o-terreno, como a tracção integral ‘Torque on demand’, que com dois diferenciais e uma junta de controlo electrónico, permite repartir de forma permanente a tracção pelos dois eixos, de modo homogéneo e proporcional em função das condições de aderência do piso. As vantagens oferecidas por este sistema são o absoluto automatismo de funcionamento e a ausência de manutenção. Além disso, conta ainda com a função ‘Electronic Locking Differential’, a qual providencia assistência adicional à condução e ao arranque em terrenos de baixa aderência (neve, gelo, lama, etc.). Dispõe ainda de um selector dedicado ao off-road com três modos – Auto, Off-road e Hill Descent Control.

Em Auto, o binário é distribuído de modo ideal entre os dois eixos, em função das condições de aderência e das necessidades de desempenho da viatura. Em piso normal, como em cidade ou auto-estrada, o Panda Cross viaja com tracção dianteira com 98% do binário nas rodas da frente. Se o solo se tornar escorregadio ou se for irregular, o sistema transmite automaticamente binário para onde é preciso, graças ao trabalho da junta, que doseia de modo contínuo a tracção sobre o eixo traseiro.

Em modalidade Off-road, a tracção integral torna-se permanente até 50 km/h, para tornar a resposta da viatura ainda mais pronta, sendo inserido o Electronic Locking Differential (ELD) que pré-carrega o binário sobre o eixo traseiro (integração mais rápida do 4×4). Inibindo a intervenção do ASR, trava as rodas que estão a perder aderência, ou a deslizar mais do que as outras, transferindo, assim, a força motriz para as rodas com mais aderência.

Já o Hill Descent Control permite ultrapassar descidas com inclinação acentuada, entrando automaticamente em acção se a velocidade foi inferior a 25 km/h e permanece em standby até 50 km/h.

Duas opções de motores

Quanto aos motores, o Panda Cross está disponível com o 0.9 TwinAir Turbo de 90 cv e 145 Nm de binário a 1900 rpm (com modo ECO que limita o binário a 100 Nm a 2.000 rpm). Este motor regista, no ciclo combinado, um consumo de 4,9 l/100 km e emissões de CO2 de 114 g/Km. Por outro lado, conta-se o bloco turbodiesel 1.3 Multijet II com DPF de série que debita 80 cv e 190 Nm de binário logo às 1.500 rotações. Apresenta média de 4,7 l/100 km e emissões de 125 g/km. Ambos contam com Start-Stop. Exclusivo para o motor TwinAir é a caixa específica de seis velocidades com primeira relação curta.

Podendo contar com elevado nível de personalização (entre eles os da Mopar), o Panda Cross tem como opcional o ‘City Brake Control’, que trava automaticamente em cidade em caso de distracção do condutor.
Os preços iniciam-se 19.150€ para a versão a gasolina TwinAir e nos 21.650€ para o diesel.

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Sobre o autor
Pedro Junceiro