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Fiat Tipo 1.6 Multijet 120 cv Lounge

Artigo
Fiat Tipo 1.6 Multijet 120 cv Lounge

Visão geral
Marca:

Fiat

Modelo:

Tipo

Versão:

1.6 Multijet 120 cv Lounge

Ano lançamento:

2015

Segmento:

Familiares compactos

Nº Portas:

4

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.6 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

120/3750

Vel. máx. (km/h):

199

0-100 km/h (s):

9,7

CO2 (g/km):

110

PVP (€):

21 300/21 950

Gostámos

Relação preço/equipamento, Habitabilidade e mala, Desempenho dinâmico, Prestações e consumos

A rever

Qualidade de construção e materiais medíocre, Isolamento acústico do habitáculo

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Qualidade geral
7.0
Interior
8.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
8.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
7.0
Conforto
8.0
Equipamento
8.0
Garantias
7.0
Preço
10
Se tem pressa...

Simples, mas não simplista, o novo Fiat Tipo é uma proposta sem rival no mercado, na relação entre o preço a que é proposto, o equipamento de série que oferece, a habitabilidade que disponibiliza e a dotação mecânica, traduzida numa surpreendente competência dinâmica. A versão1.6 turbodiesel de 120 cv é a mais dotada da gama, mas existem opções mais acessíveis

7.9
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Foi partindo da plataforma modular utilizada também pelos 500X/500L (entre outros modelos do grupo), mas aqui com uma distância entre eixos ampliada, que a Fiat decidiu desenvolver o seu novo modelo destinado ao segmento C. E começou pela versão de três volumes e quatro portas, à venda desde o final de 2015, e com enorme sucesso, na Turquia, onde também é produzida. Na origem, este novo Fiat dá pelo nome de Aegea; na Europa, recupera a designação Tipo, e será ainda proposto nas variantes de cinco portas e carrinha, apresentadas na pretérita edição do Salão de Genebra.

As premissas que nortearam o desenvolvimento do novo Tipo tricorpo, tendo em conta os seus mercados preferenciais (África e Médio Oriente), fazem deste um automóvel simples, muito racional e bastante acessível. Mas sem que isso signifique menos valia ou uma concepção antiquada – bem pelo contrário. Acabando por fazer todo o sentido a sua comercialização na Europa.

Em Portugal, o Tipo está já à venda com os motores 1.4 a gasolina, 1.3 Multijet de 95 cv e 1.6 Multijet de 120 cv. E se o mais acessível dos Diesel será o que maior número de adeptos reunirá entre nós, acaba por ser a motorização mais dotada aquela que melhor jus faz aos predicados intrínsecos do modelo. Isso mesmo ficou comprovado através do teste ao Tipo 1.6 Multijet de 120 cv, no caso dotado do nível de equipamento Lounge, o mais refinado da família – uma proposta que, com os restantes membros da sua gama, comunga um posicionamento comercial muito competitivo, tanto ao nível do preço como do equipamento de série que lhe está associado.

Claro que é certo e sabido que a apetência do consumidor luso por automóveis de três volumes, neste segmento, está longe de ser grande. Mas este pode, de algum modo, contrariar esta tendência, ao constituir, por via do preço, alternativa a alguns modelos do segmento dos utilitários, sobretudo para quem pretenda mais espaço ou, até, uma outra pose, garantida pelo formato da carroçaria e pelas generosas dimensões exteriores.

Apesar da configuração tricorpo, pouco popular em Portugal, o Fiat Tipo não deixa de exibir uma aparência apelativa. A traseira é a sua secção mais característica

Apesar da configuração tricorpo, pouco popular em Portugal, o Fiat Tipo não deixa de exibir uma aparência apelativa. A traseira é a sua secção mais característica

Também convém não esquecer que, não obstante o classicismo da sua arquitectura exterior, o Tipo, como bom italiano que é, exibe linhas sóbrias mas atraentes, capazes de combinar dinamismo, elegância e distinção – com a traseira a ser, porventura, a sua secção mais bem conseguida; e, sem dúvida, a mais característica e a principal responsável pela sua personalidade própria. Para o elevado apelo visual contribui, igualmente, a correcta e equilibrada proporcionalidade entre todos os volumes, atributo a que não será alheio o facto de o Tipo, mais do que um hatchback “esticado”, ser um automóvel que foi pensado e desenhado, desde o início, como um três volumes.

Já no interior, a principal nota de destaque terá, obrigatoriamente, que ir para a referencial habitabilidade, sendo deveras generoso o espaço disponível em todos os lugares, especialmente em comprimento atrás, permitindo que mesmo os adultos de maior estatura aqui viagem comodamente. E isto sem condicionar a capacidade da bagageira, cuja volumetria de 520 litros fala por si (sendo ainda possível de ampliar mediante o rebatimento assimétrico do banco posterior).

A bagageira é, simplesmente, enorme para um modelo deste segmento, oferecendo uma capacidade de 520 litros

A bagageira é, simplesmente, enorme para um modelo deste segmento, oferecendo uma capacidade de 520 litros

Ainda no habitáculo, menção para o posto de condução correcto, mais baixo até do que o esperado, apesar do posicionamento demasiado vertical do volante; para os bancos bastante confortáveis; e para uma ergonomia quem também não merece grandes reparos. Junte-se a isto um design interior sóbrio mas distinto, o tratamento dado a boa parte dos plásticos (que faz com que a sua qualidade perceptível seja bastante superior à efectiva…) e o revestimento dos bancos e painéis das portas em pele sintética e tecido (um exclusivo da versão Lounge de topo), e temos um ambiente interior que acaba por ser acolhedor e muito interessante, nada condicente com a conceito que, por norma, está associado a um automóvel de concepção simples e preço acessível.

E isso tem, por força, que ser reconhecido como um trunfo do Tipo. O que não significa, contudo, que não existam limitações: apesar do agrado visual, a verdade é que, excepção feita à cobertura superior do tablier, a qualidade da maioria dos materiais utilizados (essencialmente, plásticos duros) é medíocre, como são evidentes excessivas folgas entre painéis. Mas, lá está, por este preço não seria possível exigir materiais e acabamentos de referência, algo que as versões de cinco portas e carrinha do Tipo de encarregarão de demonstrar: decerto mais refinadas neste particular, como noutros domínios, para assim poderem ombrear com as referências europeias da classe, dificilmente não praticarão, também, preços de outro nível…

O espaço disponível atrás é soberbo, permitindo transportar mesmo adultos de maior estatura

O espaço disponível atrás é soberbo, permitindo transportar mesmo adultos de maior estatura

Menos mal que, na prática, nem se detectam demasiados ruídos parasitas, inclusivamente quando o estado de conservação do piso não é o melhor, o que só abona em favor da robustez do Tipo. Já a poupança em material isolante, nomeadamente acústico, é mais notória, sendo audíveis os ruídos quer de rolamento, quer de funcionamento do motor, para mais porque o quatro cilindros turbodiesel de 1,6 litros não é, propriamente, conhecido por ser o mais silencioso da sua categoria.

Pelo contrário, com 120 cv de potência, e 320 Nm de binário máximo logo às 1750 rpm, a sua resposta é sempre pronta e possante, o que lhe permite lidar muito bem com os 1345 kg de peso do Tipo, e oferecer uma utilização muito agradável – só não vale a pena levá-lo muito para lá das 4000 rpm, apesar da red-line definida às 5000 rpm, pois já pouco terá aí para dar. E como a caixa manual de seis velocidades até vai um pouco ao arrepio da actual tendência dominante, não adoptando um escalonamento excessivamente longo, as prestações acabam por ser outra das boas surpresas deste modelo: expedito nas recuperações, garante acelerações de excelente nível e, ainda assim, óptimos consumos – abaixo dos 4,0 l/100 km em estrada, na casa dos 6,0 l/100 km em cidade, e que mesmo numa utilização em que seja tirado pleno partido do potencial da unidade motriz, dificilmente superam os 8,0 l/100 km.

O motor 1.6 turbodiesel de 120 cv não é dos mais silenciosos, mas garante excelentes prestações e óptimos consumos

O motor 1.6 turbodiesel de 120 cv não é dos mais silenciosos, mas garante excelentes prestações e óptimos consumos

Na mesma senda está o desempenho dinâmico. Com uma afinação tendencialmente macia, a suspensão, apesar do eixo semi-rígido traseiro, absorve com facilidade e eficácia a esmagadora maioria das irregularidades do asfalto, o que garante um pisar sólido e convincente conjugado com muito apreciável conforto de marcha em qualquer circunstância, mesmo sobre piso degradado, assim contribuindo para que a estada a bordo seja agradável.

Ao mesmo tempo, a correcta taragem dos elementos elásticos assegura um bom controlo dos movimentos da carroçaria em curva, atributo que se junta à elevada rigidez estrutural, à boa motricidade e à apreciável agilidade para assegurar um comportamento dinâmico muito são, honesto e previsível.

O desempenho dinâmico é um dos trunfos surpreendentes do novo Fiat tipo, em termos de conforto, eficácia e prestações

O desempenho dinâmico é um dos trunfos surpreendentes do novo Fiat tipo, em termos de conforto, eficácia e prestações

Aliás, o modo incisivo e preciso como o eixo dianteiro se insere em curva, e a forma fiel como a traseira o acompanha, permitem retardar bastante a subviragem, e fazem do Tipo, neste domínio, um modelo que nada fica a dever a alguns concorrentes do segmento C com insuspeitos pergaminhos nesta matéria, e 20% a 30% mais caros. Com o ESP desligado é, até, possível usufruir de algum divertimento ao volante, com a principal limitação a acabar por provir dos Pirelli Cinturato P7 que equipavam a unidade ensaiada, mais vocacionados para a longevidade do que para a eficácia.

Restará salientar que, por tudo isto, o Fiat Tipo 1.6 Multijet Lounge exige o dispêndio de €21 300, orçando a unidade ensaiada em €21 950, por via da inclusão das opcionais jantes de 17” e da pintura metalizada. Sendo que, nesta verba, se inclui um equipamento de série sem grandes excentricidades (que nem como opção estão disponíveis), mas que já conta com tudo o que se pode exigir a este nível – com destaque para o painel de instrumentos por TFT; para o sistema de infoentretenimento com Bluetooth e para o ar condicionado automático. Quem estiver disposto a abdicar de alguns destes mimos, pode sempre optar pela variante Easy animada por este mesmo motor e proposta por €20 300; pela versão 1.3 Multijet de 95 cv, disponível a partir de €18 300; ou pelo 1.4 a gasolina de acesso à gama, proposto desde €15 300.

Em qualquer dos casos, e face ao que poderiam ser considerados os seus rivais “naturais” (Citroën C-Elysée e Skoda Rapide), o Tipo já seria capaz de ombrear no posicionamento comercial, mas beneficiando da modernidade que lhe é conferida pela sua concepção mais recente e por uma plataforma digna do segmento C. Se, pelo contrário, for comparado com verdadeiras berlinas do segmento C, como o Opel Astra Sports Sedan ou o Toyota Corolla, o preço mais acessível confere-lhe evidente vantagem. Em resumo, não há modelo que, actualmente, ofereça tanto por tão pouco, e que ainda consiga ser mais do que um automóvel meramente racional.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de força
Fixações Isofix
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Bancos do condutor com regulação em altura
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica
Rádio+ecrã de 5″+entradas USB/Aux
Mãos-livres Bluetooth
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Retrovisor interior electrocromático
Sensores de estacionamento traseiros
Sensor de luz/chuva
Faróis de nevoeiro
Jantes de liga leve de 16″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit anti-furo

Pintura metalizada (€400)
Jantes de liga leve de 17″ com pneus 225/45 (€200)

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zyrgon