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Honda Civic Tourer 1.6 i-DTEC Lifestyle

Artigo
Honda Civic Tourer 1.6 i-DTEC Lifestyle

Visão geral
Marca:

Honda

Modelo:

Civic Tourer

Versão:

1.6 i-DTEC Lifestyle

Ano lançamento:

2013

Segmento:

Familiares compactos

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.6 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

120/4000

Vel. máx. (km/h):

195

0-100 km/h (s):

10,5

CO2 (g/km):

103

PVP (€):

29 300

Gostámos

Motor, Consumos, Caixa de velocidades, Bagageira, Versatilidade

A rever

Ergonomia, Comportamento pouco eficaz, Disposição confusa da informação no interior

Nosso Rating
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Qualidade geral
7.0
Interior
7.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
9.0
Desempenho dinâmico
6.0
Consumos e emissões
9.0
Conforto
7.0
Equipamento
8.0
Garantias
9.0
Preço
8.0
Se tem pressa...

A Honda Civic Tourer 1.6 i-DTEC é caso para dizer “mais vale tarde do que nunca.” A Honda tardou em oferecer um carrinha com um pequeno motor Diesel, mas surge com qualidades capazes de por a concorrência completamente em sentido, alicerçando-se na versatilidade e nas qualidades do bloco i-DTEC, suave e frugal como poucos.

7.8
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Um constructor automóvel que deseje vingar na Europa terá de conjugar na sua oferta uma carrinha do segmento dos pequenos familiares e um motor Diesel de baixa cilindrada, tendo em conta que é sobre essa combinação que recai a preferência da maioria dos consumidores europeus. A Honda andou muito tempo a tentar convencer os compradores do Velho Continente que a solução passava por automóveis de três volumes com sistemas propulsores híbridos, até perceber, ou aceitar, que teria de combater com as mesmas armas dos seus rivais. É certo que a gama Civic já possuía um competente bloco Diesel, vindo até da anterior geração, mas demasiado “grande” para ser capaz de ombrear com blocos de baixa cilindrada da concorrência, capazes de oferecer melhores consumos e, acima de tudo, permitir praticar preços de entrada mais baixos. O novo motor 1.6 i-DTEC, estreado no cinco portas, vem colmatar este espaço na gama Civic e dar-lhe uma nova vida, ao qual se junta a carrinha aqui em análise, Tourer, sucessora da Aero Deck dos anos 90, igualmente produzida em Swidon, no Reino Unido.

A secção posterior da carroçaria da Civic Tourer é a sua zona menos consensual.

A secção posterior da carroçaria da Civic Tourer é a sua zona menos consensual.

Visualmente, goste-se ou não, a Civic Tourer não passa despercebida, com uma silhueta muito bem esculpida, com os puxadores das portas traseiras escondidos junto ao pilar C, mas todo o destaque vai a secção posterior, principalmente pelo formato e tamanho dos grupos ópticos traseiros, unidos por um reflector, e pela tampa da bagageira quase vertical. É a partir desta zona que se tem acesso a um dos pontos fortes da Civic Tourer: a bagageira com 624 litros de capacidade – ainda há 117 litros colocados sob o piso – que a coloca acima dos 610 litros da até agora referência Skoda Octavia Break. Tudo isto é condimentado por um excelente acesso, por um prática chapeleira com local específico para ser arrumada e, como toque final, um sistema de rebatimento dos bancos do melhor que conhecemos no segmento. Pode optar por rebater as costas e deixar o piso totalmente plano, ou, num movimento bastante fácil, levantar apenas o assento e ganhar um espaço para transportar grandes volumes. O sistema não é novidade, por já existir no Jazz e na anterior geração do Civic, mas ganha toda uma nova dimensão neste tipo de carroçaria, para além de fazer mais sentido, se pensarmos nos objectivos da maioria dos compradores de uma carrinha. O espaço para passageiros encontra-se dentro da média do segmento, o que permite que os ocupantes dos dois bancos da frente viajem de forma desafogada e que a lotação ideal seja de quatro passageiros, sendo que os traseiros ainda podem usufruir de um apoio para os braços.

Tão ou mais importante que o espaço é o conforto, domínio onde a Civic Tourer regista nota positiva, muito graças à suspensão traseira adaptativa, que compensa a menor eficácia do seu eixo de torção. Com três modos de funcionamento – Confort, Normal e Dynamic – o sistema ajusta a carga sobre os amortecedores traseiros consoante o estado do piso, partindo da definição escolhida pelo condutor. Esquecendo o modo Normal, por não trazer mais-valias face aos outros dois, as diferenças entre o Confort e o Dynamic são evidentes, ainda que a utilização do último não nos pareça totalmente justificada, dado tratar-se de uma carrinha familiar com um pequeno motor Diesel. Não negamos que a Civic fica ligeiramente mais acutilante e precisa quando seleccionamos o modo Dynamic, mas não chega a um nível em que possamos ficar completamente entusiasmados para uma condução desportiva, até porque o nível Confort já é suficientemente competente para andarmos depressa. O modo “D” torna-se ainda menos necessário quando circulamos por piso irregular, onde há uma evidente redução do nível de conforto, que passa de bastante bom no modo Confort para pouco mais que suficiente no modo Dynamic, até porque, seja em que regulação estiver, o eixo dianteiro do Civic demonstra algumas dificuldades em colocar a potência no chão, para além de, por vezes, não filtrar as trepidações provocados pelo asfalto degradado. Não fosse este pormenor, o conforto teria uma nota ainda melhor, tal como o comportamento, que beneficia de uma excelente direcção, acompanhada por um volante com um diâmetro certo e pela colocação perfeita da caixa de velocidades. A somar a isto temos que somar o tacto da caixa, completamente delicioso e pouco comum em automóveis com estas características, que se conjuga de forma perfeita com o bloco 1.6 i-DTEC.

O bloco 1.6 i-DTEC vem colocar-se como uma das referências em matéria de suavidade e consumos.

O bloco 1.6 i-DTEC vem colocar-se como uma das referências em matéria de suavidade e consumo de combustível.

A Honda demorou a ter um pequeno motor Diesel, andou a usar o arcaico bloco Isuzu, mas acertou logo à primeira. Neste momento, o 1.6 Diesel da Honda não tem paralelo no segmento no que toca a suavidade, linearidade, ruído e elasticidade, conseguindo até convencer mesmos aqueles menos apreciadores de mecânicas Diesel. As prestações não deixarão ninguém de boca aberta, até porque a relação peso potência não é fantástica, mas a carteira dará pulos de alegria com os consumos por nós medidos, com destaque para os 6,1 l/100 km alcançados em circuito urbano. A condução do Civic Tourer só não é mais agradável porque a posição de condução não é perfeita, fruto da posição demasiada elevada do banco do condutor, que, ainda assim, não consegue eliminar totalmente a má colocação do velocímetro, que se torna invisível para algumas estaturas. Aliás, todo o interior do Civic é algo confuso, dada a profusão de instrumentos. Os japoneses até costumam ser pragmáticos, mas o Civic, talvez por ser desenvolvido na Europa, não segue essa orientação. O velocímetro está no topo do tablier, depois aparecem o conta-rotações e o indicador do nível de combustível, na zona habitual, para, por fim, termos o ecrá multifunções por cima da consola central, com uma visibilidade má, principalmente com incidência directa da luz solar. Como se não bastasse, o funcionamento do computador de bordo é dos mais complicados que conhecemos, quase obrigando à consulta do manual de instruções, se quisermos, simplesmente, reiniciar o consumo médio! É um problema que já conhecemos da anterior geração do Civic e, como tal, não percebemos a insistência no mesmo.

Os materiais do habitáculo alternam entre o muito bom e o mediano, mas a principal crítica vai para a forma confusão com a informação é mostrada ao condutor.

Os materiais do habitáculo alternam entre o muito bom e o mediano, mas a principal crítica vai para a forma confusa como a informação é mostrada ao condutor.

Felizmente, a má ergonomia do habitáculo não é suficiente para manchar a excelente prestação global da Civic Tourer 1.6 i-DTEC, que surge como umas das melhores propostas do segmento. Neste nível Lifestyle, que já oferece tudo o que os mais exigentes podem desejar, como sensores de estacionamento à frente e atrás, camara de marcha-atrás, bluetooth, USB, cruise-control, ar condicionado automático bi-zona, o preço de 29 300 euros está perfeitamente ajustado com a concorrência.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Suspensão traseira pilotada
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida (HSA)
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Bancos do condutor com regulação em altura
Alarme
Banco rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência electrohidráulica variável
Rádio com leitor de CD+8 altifalantes+entradas USB/Aux
Mãos-livres Bluetooth
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatimento eléctrico
Retrovisor interior electrocromático
Cruise-control+limitador de velocidade
Faróis de nevoeiro com luzes de curva
Jantes de liga leve de 17″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit anti-furo
Caixa de primeiros socorros
Sensor de luz/chuva
Sensores de estacionamento à frente e atrás
Câmara traseira de auxílio ao estacionamento
Bancos dianteiros aquecidos

 

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zyrgon