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Mercedes-Benz A 180 CDI 7G-DCT

Artigo
Mercedes-Benz A 180 CDI 7G-DCT

Visão geral
Marca:

Mercedes-Benz

Modelo:

A

Versão:

180 CDI 7-G-DCT

Ano lançamento:

2014

Segmento:

Familiares compactos

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.5 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

109/4000

Vel. máx. (km/h):

190

0-100 km/h (s):

11,6

CO2 (g/km):

103

PVP (€):

31 849/38 717 (unidade testada)

Gostámos

Comportamento dinâmico, Posição de condução, Imagem, Ambiente interior

A rever

Motor ruidoso, Caixa de velocidades, Conforto, Preço

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Qualidade geral
8.0
Interior
9.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
6.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
7.0
Conforto
5.0
Equipamento
7.0
Garantias
7.0
Preço
5.0
Se tem pressa...

O casamento da caixa de dupla embraiagem e o motor 1.5 Diesel não é particularmente feliz, resultando em algo pouco refinado e bastante abaixo do que seria de esperar de um automóvel oriundo da marca da estrela e com uma imagem tão cativante e desportiva.

7.0
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A aliança entre a Daimler e a Renault esteve, ao início, envolta em alguma polémica, pois muitos acharam, e acham, que o fabricante gaulês não é digno de motorizar automóveis que ostentem uma estrela na grelha ou no capot. Deixando de lado as questões relativas às castas, há que perceber que essa era a forma mais rápida, e barata, de a Mercedes poder oferecer um produto competitivo num segmento já muito dominado pelas motorizações Diesel de baixa cilindrada, que tantas vendas garantem às congéneres alemãs Audi e BMW.  E foi assim que o bloco 1.5 dCi da Renault, com 109 cv e caixa manual de seis velocidades se inseriu na gama do Mercedes Classe. Até ao início de 2014, quem optasse pela versão 180 CDI Auto, levava para casa, no entanto, o bloco 1.8 da Mercedes, também com 109 cv, também utilizado na versão 200 CDI, mas a debitar 136 cv. De modo a simplificar a gama, o bloco 1.8 desaparece totalmente, sendo que a unidade motriz Renault passa também a poder ser associada à caixa 7G-DCT e a versão 200 CDI recebe o motor 2.2 Mercedes, na especificação de 136 cv. Tecnicamente, perdem-se as quatro válvulas por cilindro e 336 cc de cilindrada, mas o binário até aumenta em 10 Nm. A ficha técnica anuncia ainda uma poupança de 0,1l/100 km no consumo médio e, por outro lado, um aumento de um segundo no exercício 0-100 km/h. Ou seja, no capítulo técnico, se esquecermos a questão da origem do motor, as diferenças não são palpáveis, ao contrário daquilo que acontece no preço final. Fruto da redução das emissões e cilindrada, o motor Renault é taxado em quase dois mil euros menos  face ao 1.8 Mercedes.

Apesar de uma imagem a apelar à veia desportiva, o A 180 CDI é um cordeiro em pele de lombo, incapaz de acelerar o ritmo cardíaco do condutor

Apesar de uma imagem a apelar à veia desportiva, o A 180 CDI é um cordeiro em pele de lobo, pouco dado de acelerar o ritmo cardíaco do condutor

À partida, a mudança quase só traz vantagens, mas não é isso que se sente assim que se dá ordem de marcha ao pequeno motor 1.5. É sem cerimónia que o desagradável ruído do motor Diesel invade o habitáculo, demonstrando já não estar à altura de alguns concorrentes. Nível sonoro esse que é também acompanhado por um excesso de vibrações, que se sentem nos pedais, piso e volante. Infelizmente, a caixa de velocidades em nada ajuda a atenuar esta característica. Além de algo brusca e lenta, deixa o motor rodar quase sempre em regimes demasiado elevados, sem haja qualquer necessidade para tal. É comum, por exemplo, rodarmos em auto-estrada dentro das velocidades legais e a caixa decidir reduzir de 7ª para 6ª, só porque nos deparamos com um pequena subida. Além do conforto, este comportamento errático da caixa influencia os consumos, que não se podem considerar brilhantes, principalmente em ciclo urbano, onde as trocas de caixa despropositadas são ainda mais evidentes. A forma de obrigar a caixa a comportar-se de forma mais rápida é colocá-la sempre em modo Sport, com o revés do motor ser ainda mais explorado.

A caixa de dupla embraiagem peca por ser algo brusca e pouco rápida, funcionado nitidamente melhor no modo Sport

A sensação transmitida pela associação da caixa automática de dupla embraiagem e o motor 1.5 Diesel é que a primeira não confia nas capacidades do segundo, estando sempre em pânico para tirar o que de melhor este tem para dar. De facto, e principalmente com a linha AMG, o pequeno motor Diesel sabe a muito pouco. Além de um desenho muito bem conseguido, a apelar à emoção e “desportividade”, o Classe A é senhor de um excelente chassis, cuja eficácia o motor nunca consegue por em causa. O compacto premium alemão pede muito mais potência e disponibilidade, ficando o condutor sempre com a sensação de que falta conteúdo a uma embalagem tão interessante. Isto aplica-se também à opção pelo pacote AMG. Se é verdade que aumenta o apelo visual do Classe A, não é menos real que o acerto da suspensão é totalmente descabido em relação ao que se consegue extrair de um automóvel com um motor Diesel de apenas 109 cv. Quando equipado com a suspensão desportiva rebaixada em 15 mm – a que ainda se juntam as jantes de 18” e os pneus runflat – o Classe A torna-se um automóvel desconfortável, mesmo quando o piso é bom.

É claro que o habitáculo também ganha com a presença do pacote AMG, graças à atracção visual criada pelos bancos desportivos em pele e alcantara com costuras em cor contrastante, ou por outros pormenores, que tornam o habitáculo num lugar ainda mais aprazível para se estar. Com ou sem pacote AMG, a posição de condução do Classe A é sempre perfeita, graças ao volante colocado numa posição vertical e às amplas regulações da coluna de direcção. Ainda que os materiais não estejam ao nível do que estamos habituados a ver noutros modelos da casa de Estugarda, o Classe A não deixa de apresentar um habitáculo premium, com uma montagem isenta de críticas e cheio de pormenores de bom gosto e qualidade.

Capaz de quebrar as costas do condutor e passageiros, o pack AMG é igualmente responsável por uma dinâmica de excelente nível e um ambiente a bordo muito cativante

Capaz de quebrar as costas do condutor e passageiros, o pack AMG é igualmente responsável por uma dinâmica de excelente nível e um ambiente a bordo muito cativante

Como é apanágio na Mercedes, a qualidade de vida a bordo pode ainda ser enriquecida com os muitos opcionais disponíveis, até porque o equipamento de série está reduzido ao essencial, ou nem isso. Aqui, voltamos a falar do pacote AMG. Pode guardar os quase 3000 euros que o mesmo custa e aplicá-lo em itens tão importantes como a ligação bluetooth, os faróis de xénon, o ar condicionado automático, os sensores de luz, chuva e estacionamento e ainda fica com dinheiro para aplicar noutros pormenores. Pode ser que assim consiga fugir dos 38 717 euros pedidos pela unidade ensaiada, que só se podem considerar muito elevados, tendo em que conta as modestas capacidades do motor Diesel.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Ar condicionado manual
Computador de bordo
Cruise-control
Bancos dianteiros reguláveis em altura
Banco rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Faróis de nevoeiro com função de curva
Jantes de liga leve de 16″
Barras de tejadilho cromadas
Mala com duplo piso

Vidros laterais/traseiros escurecidos (€300)
Pack Conforto, que inclui o pack visibilidade e o pack espelhos (€650): Retrovisores exteriores rebatíveis electricamente; Iluminação ambiente, Luzes de cortesia e de aviso para as portas do condutor e do passageiro, Compartimento de arrumação iluminado na consola central, Iluminação do espaço entre os apoios de cabeça na traseira e na dianteira (apenas para bancos desportivos), Espelho de cortesia iluminado para o condutor e passageiro dianteiro, Painel da embaladeira da porta iluminado, Iluminação da zona dos pés na dianteira e na traseira do veículo, Iluminação indirecta nos manípulos das portas dianteiras e traseiras, Retrovisores interiores com iluminação adicional, Luzes de leitura e iluminação da consola no revestimento do tecto traseiro, Limpa pára-brisas com sensor de chuva, Luzes de aviso e ambiente na porta traseira e com função anti-encadeamento
Pack Tecnológico I: Sistema de estacionamento activo
e Audio 20 CD (€1050)
Linha AMG Sport (€2950): Travões de disco dianteiros perfurados, com pinças de travão com inscrição “Mercedes-Benz”; Jantes de liga leve AMG multiraios e pneus 225/40 R18; Painel de instrumentos desportivo com costuras contrastantes com botões de comando prata, design “Chequered Flag” e ponteiros vermelhos; Tapetes AMG; Forro do tejadilho em tecido preto; Pedais em aço escovado com aplicações de borracha; Suspensão desportiva rebaixada em 15 mm; Direcção paramétrica
Sistema de navegação Becker MAP PILOT (€1000)
Faróis bi-Xénon (€950)

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Sobre o autor
zyrgon