Mercedes-Benz A 200 CDI

Mercedes A 200 CDI

Atrás, o espaço é razoável para os padrões da classe, sobretudo entre os modelos ditos premium

Mercedes A 200 CDI

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Também a capacidade da bagageira é aceitável para um familiar compacto de prestígio

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O sistema de navegação é um opcional proposto por €1000

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Os bancos são um dos grandes atributos do interior - cómodos e, ao mesmo tempo, garantindo um elevado apoio lateral

Mercedes A 200 CDI

Ora aqui está o Classe A da nova geração ideal para quem pretenda uma versão Diesel do popular modelo da Mercedes com um preço de aquisição razoável, uma utilização económica e sem aquela por muito considerada ”heresia” de estar conotado com a Renault. Isto porque o A 200 CDI é o mais acessível dos Classe A a gasóleo a ter instalado sob o capot um motor oriundo do banco de órgãos da marca da estrela.

Obviamente, o eleito só podia ser o conhecido bloco turbodiesel de 2,2 litros, na sua versão menos potente de 136 cv e 300 Nm, e no caso combinado com uma das melhores caixas manuais de sempre da Mercedes, dotada de seis relações. Uma unidade que desde a sua génese nunca foi, propriamente, conhecida pelo silêncio de funcionamento, característica ainda mais notória no caso em apreço, tanto ao ralenti como em carga ou a alto regime, dado que a insonorização do seu modelo de acesso também não é de molde a equiparar-se ao tradicionalmente conhecido das propostas da Mercedes com outro porte e gabarito.

Mercedes A 200 CDI

Exceptuando este senão, o “casamento” entre o Classe A e este grupo mecânico até tem tudo para convencer. Com uma boa resposta logo desde os baixos regimes, e conjugado com uma caixa suficientemente rápida, precisa e bem escalonada, tendo em conta os cânones actualmente vigentes nesta matéria (referir que a sexta é muito desmultiplicada é, hoje, já quase um lugar comum nestes tempos dominados pelas normas de protecção ambiental), este tetracilíndrico desembaraça-se muito bem na generalidade das situações, garantindo uma condução fácil, prestações de bom nível e consumos que chegam a atingir um patamar de excelência a ritmos moderados e a velocidades estabilizadas, e que nem mesmo quando a atenção para com o pedal a direita é menor (ou nula…) registam valores capazes de atemorizar.

O motor 2.2 turbodiesel de 136 cv é já um “velho conhecido”, continuando a pecar pelo funcionamento demasiado ruidoso

A este atributo o A 200 CDI alia um desempenho dinâmico muito salutar, na unidade em análise condicionado pelas opcionais jantes de 17” com pneus 225/45, e pela também opcional suspensão desportiva, rebaixada 15 mm face ao normal. Se, por um lado, este acerto não deixa de realçar as excelentes qualidades do evoluído châssis modelo, por outro também não permite que a suspensão seja imune aos pisos irregulares (e, por consequência, que estes sejam indiferentes para quem segue a bordo).

Ainda assim, para os que não abdicam de algum prazer ao volante do seu familiar compacto, esta será a solução mais indicada para um automóvel a gasóleo com 136 cv: não reduzindo tão drasticamente o conforto como a suspensão (e as jantes de 18”) incluída no Pack AMG, incrementa os níveis de aderência e motricidade para permitir tirar ainda melhor partido da bem calibrada direcção, da frente muito precisa e do competente eixo traseiro. Os mais aguerridos sentirão, ainda assim, nas solicitações mais exigentes e vigorosas, que os pneus dianteiros são um tanto castigados em curva, o que será em parte solúvel com a opção por umas borrachas mais performantes.

Graças a um châssis muito eficaz, o A 200 CDI é fácil de conduzir e dinamicamente muito competente. A suspensão desportiva acaba por condicionar o conforto em mau piso

Para o prazer de utilização contribui, igualmente, o irrepreensível posto de condução, aqui sublinhado pelos excelentes bancos com encostos de cabeça integrados, um apreciável apoio lateral e regulação em altura e inclinação do assento. Não são os mais desportivos da gama, mas estão bastante mais adaptados para quem gosta de praticar uma condução dinâmica do que os montados em modelo de vocação, assumidamente, bem mais desportiva.

Em tudo o resto, o A 200 CDI faz jus aos pergaminhos que têm feito do Classe A o sucesso de todos conhecido. Exteriormente, continuam a destacar-se as linhas que tantos têm convencido, aqui embelezadas pelas elegantes jantes de 17”. A habitabilidade de bom nível para o segmento, a capacidade da mala está a condizer, a decoração é apelativa – suficientemente jovial para convencer os mais jovens, suficientemente identificável com a Mercedes para não desmotivar todos os outros. E, mesmo que a profusão de plásticos no interior, e muitos dos materiais (nomeadamente os utilizados na consola central e seu prolongamento), não estejam ao nível dos padrões conhecidos da Mercedes nos modelos mais reputados da sua oferta, o facto é que o ambiente também não deixa de ser premium ou de estar uns furos acima do habitual nesta classe.

Num interior de ambiente premium, destaca-se o soberbo posto de condução e os bancos com encostos de cabeça integrados e elevado apoio lateral

Quanto ao preço, os menos de 35 mil euros pedidos pelo A 200 CDI não podem deixar de considerar-se apelativos quando em causa está um familiar compacto a gasóleo com este nível de competência, da Mercedes… e com mecânica Mercedes. Contudo, convém não esquecer que o equipamento oferecido de série não é dos mais generosos, pelo que é fácil aumentar significativamente a factura quando se pretende incluir todos aqueles “mimos” que, hoje em dia, já não é fácil dispensar, e menos ainda a este nível. No caso do A 200 CDI testado pela Absolute Motors, o aumento notório da qualidade de vida a bordo obriga a um dispêndio adicional de mais de 7500 euros, que faz o preço final disparar para uns bem menos atractivos €42 421. Mas isso também não é nada que seja inédito na marca da estrela, ou nas suas congéneres…