Novo Kia Rio em Portugal em Março desde €15 600

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A região de Sintra foi eleita pela Kia para apresentar à imprensa internacional a nova geração do Rio, a quarta do seu segundo modelo mais vendido a nível mundial. Curiosamente (ou talvez não, pois é sabido o peso que as propostas dos construtores europeus têm neste segmento), este é um estatuto de que o utilitário coreano ainda não beneficia no Velho Continente, mas, com as profundas melhorias de que foi alvo, em todos os domínios, a Kia pretende que, na Europa, onde apenas é proposta com carroçaria de cinco portas, o Rio venda, pelo menos, tanto quanto os seus dois modelos mais populares: o cee’d e o Sportage.

Maior por dentro e por fora, mais refinado e maduro, o novo Rio aposta forte também na segurança, sendo notório o quanto melhorou, substancialmente, em todos os domínios. Incluindo o estilístico: as suas linhas exteriores, definidas pelos centros de design europeus e norte-americano da Kia, em colaboração com o seu departamento central de design sul-coreano, conferem-lhe uma aparência mais distinta e cativante, de imediato identificável com a marca. A frente será a sua secção mais marcante, aí pontificando a grelha do tipo “tiger nose”, com moldura e rede em preto acetinado, e os novos faróis com luzes diurnas por LED em forma de “U”, com a traseira a integrar-se de forma feliz no conjunto.

Relativamente ao seu predecessor, o novo Rio cresceu 15 mm em comprimento (para um total de 4065 mm) e 10 mm entre eixos (2580 mm), tendo a altura sido reduzida em 5 mm. Medida que resulta numa habitabilidade mais generosa, sobretudo para quem viaja atrás, a que se junta uma bagageira com 325 litros de capacidade, ou seja, 37 litros mais do que no modelo anterior e uma das maiores da classe – com o banco traseiro rebatível e o piso de carga amovível, possível de colocar em dois níveis de altura, a contribuírem para uma superior versatilidade de utilização.

O estilo e a decoração interiores estão de acordo com os princípios estilísticos adoptados para a definição daas linhas da carroçaria, mas o habitáculo também melhorou e termos de em ergonomia, sendo aqui inevitável sublinhar o ecrã táctil “flutuante” de comando do sistema de infoentretenimento, que pode ser de 5” ou de 7”, consoante os níveis de equipamento. Também não faltam espaços para a arrumação de pequenos objectos, ao passo que a qualidade construção, apesar dos plásticos maioritariamente duros, é rigorosa q.b. para garantir uma elevada robustez, na linha da melhor tradição oriental neste particular.

Em Portugal, o novo Rio será proposto com três motores. O mais sofisticado e potente é, também, o de menor capacidade: um três cilindros turbo de 998 cc, com 100 cv e um binário máximo de 172 Nm, constante entre as 1500 rpm e as 4000 rpm, capaz de permitir-lhe alcançar 188 km/h de velocidade máxima e cumprir os 0-100 km/h em 10,7 segundos, para um consumo combinado de 4,5 l/100 km.

Também existe a inevitável opção Diesel, na forma do conhecido 1.4 CRDi, nas suas versões de 77 cv e de 90 cv, em que vale bem a pena salientar o consumo combinado de 3,5 l/100 km e de 3,8 l/100 km, respectivamente. Ainda assim, o importador nacional da Kia aposta que será a versão equipada com o convencional 1.2 atmosférico de 84 cv e 122 Nm a mais procurada no nosso país, até porque será a mais acessível da gama.

Uma vez em marcha, uma das primeiras notas de destaque no novo Rio vai para o progresso registado no isolamento acústico do habitáculo, e se, nas situações mais exigentes, o ruído do motor não deixa de fazer-se sentir, tal dever-se-á mais às características dos próprios motores, como o prova a redução notória dos ruídos de rolamento e aerodinâmicos.

Ao mesmo tempo, a maior rigidez estrutural do novo Rio permitiu adoptar uma afinação de suspensão mais macia, para aumentar o conforto sem perda de competência, particular em que o modelo também convence. No caso da versão que deverá dominar as vendas em Portugal, assume-se como um bom compromisso entre economia e facilidade de condução: se é certo que o motor 1.2 não oferece prestações de excepção, e nas situações de maior esforço exige algum recurso à muito suave e precisa caixa de cinco velocidades, não é menos verdade que, quando devidamente utilizado, é suficientemente agradável e econonómico, enquanto que o comportamento previsível e honesto contribui decisivamente para uma condução agradável e dentro do esperado de um automóvel com esta vocação e preço.

Já em termos de segurança, o novo Rio parece ter tudo para ser um dos melhores da sua classe, e conquistar as cinco estrelas nos testes do Euro NCAP ambicionadas pela Kia. Além de ser o primeiro modelo do segmento a oferecer o sistema de travagem autónoma de emergência em cidade com reconhecimento de peões por radar, também propõe o sistema de alerta de saída involuntária da faixa de rodagem, a que se juntarão, no final do ano, a monitorização do ângulo morto, o assistente de máximos e o sistema de alerta do condutor (emite sinais visuais e acústicos sempre que interpreta que o cuidado que este está a dispensar à sua tarefa não é o ideal).

Ao mesmo tempo, são de série o controlo electrónico de estabilidade, os novos sistemas de controlo de travagem em curva e de estabilidade da travagem em linha recta, os seis aribags (frontais, laterais e de cortina) e as fixações Isofix, para cadeirinhas de criança, nos bancos traseiros e do passageiro da frente. Ao que há que juntar o já mencionado aumento significativo da rigidez estrutural, garantido pelo recurso mais extensivo a aços de elevada e ultra-elevada resistência, que permitiu incrementar a protecção garantida aos ocupantes pela célula de segurança.

Em Portugal, o novo Rio contará ainda com o argumento preço, com um equipamento de série sempre bastante interessante e com a exclusiva garantia de 7 anos ou 150 mil quilómetros para enfrentar uma concorrência poderosa. A versão 1.2 custa €15 600 com o nível de equipamento LX, €16 050 com o nível SX e €17 800 com o nível EX. A variante 1.0 T-GDi só é proposta com o nível TX e custa €19 300. As opções Diesel orçam em €19 500 no caso do 1.4 CRDi LX de 77 cv (€20 750 com o nível SX), e em €21 980 no caso do 1.4 CRDi EX de 90 cv (€22 830 com o nível de TX).