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Skoda Vision E: coupé eléctrico para a próxima década

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Skoda Vision E: coupé eléctrico para a próxima década

Como se previa, a Skoda relevou no Salão de Xangai o Vision E, protótipo do seu primeiro automóvel eléctrico. Deverá chegar em 2020, depois do lançamento do primeiro híbrido plug-in (desenvolvido a partir da futura geração do Superb) da marca checa, que a partir de 2025 espera ter já no mercado cinco modelos eléctricos, e que um em cada quatro automóveis por si vendidos seja “electrificado” (híbrido plug-in ou totalmente eléctrico).

Com base na plataforma MEB, a marca de Mladá Boleslav criou um coupé de quatro portas e quatro lugares desprovido de pilares centrais, que partilha boa parte dos componentes mecânicos com o VW I.D. Crozz, também revelado no certame chinês (saiba tudo aqui). Caso dos dois motores eléctricos (um por eixo), que oferecem uma potência combinada de 305 cv, garantindo a tracção traseira ou integral, quando necessário.

Também aqui, a velocidade limitada a 180 km/h visa não comprometer a autonomia de 500 quilómetros, garantida por um pack de baterias de iões de lítio com refrigeração líquida, que podem se recarregadas por indução (sem ligações físicas), ou num posto de carregamento rápido – nesse caso recuperando 80% da sua carga em apenas 30 minutos.

Com 4688 mm de comprimento, 1924 mm de largura, 1591 mm de altura, e uma distância entre eixos de 2851 mm, o carácter de coupé do Vision E é sublinhado pela linha do tejadilho ou pelos puxadores das portas traseiras embutidos. A fluidez das formas exteriores é acentuada pelos faróis dianteiros por matriz LED com efeito cristalino, a toda largura da carroçaria, e pela ausência de retrovisores exteriores, substituídos pelas câmaras colocadas em redor de todo o veículo.

O interior, extremamente luminoso e transparente, mercê de uma impressionante superfície vidrada, por não possuir de túneis de transmissão, é deveras espaçoso, prometendo uma ampla liberdade de movimentos aos seus ocupantes, instalados em quatro bancos individuais com elevado apoio lateral, e aptos a rodar até 20° para facilitar a entrada e saída do habitáculo. Além do painel de instrumentos digital, e do ecrã principal, instalado ao centro do tablier, existem ecrãs adicionais, para que todos os ocupantes possam aceder às informações relevantes e às funcionalidades de entretenimento. O destinado ao passageiro dianteiro está integrado no tablier, os dos passageiros traseiros estão montados na parte posterior dos encostos de cabeça dianteiros.

Todos são comandados através de ecrãs tácteis, o dianteiro montado no apoio de braços da porta do passageiro, os traseiros entre os bancos posteriores. No interior das portas existem compartimentos destinados a smartphones, com função de carregamento por indução, com o emparelhamento entre os dispositivos e os ecrãs individuais de cada qual a garantir a respectiva operação.

A condução autónoma e os sistemas de assistência ao condutor são outros trunfos do Vision E. Dotado de uma solução de condução autónoma de nível 3, que eleva o volante quando activada, dispensa a intervenção do condutor na circulação em engarrafamentos, em auto-estrada (pode mudar de faixa de rodagem, ultrapassar e executar manobras de evasão), na procura de um espaço de estacionamento, podendo mesmo executar manobras de estacionamento de forma totalmente independente. Existe um modo que regista automaticamente os locais de estacionamento preferidos condutor, importante para a funcionalidade de carregamento por indução.

O Vision E dispõe ainda de controlos por voz e gestuais, da função de monitorização do ritmo cardíaco, e do chamado “eye tracking”, em que as câmaras seguem em permanência o olhar do condutor, não só para monitorizar a sua atenção, como para projectar no ecrã ergonomicamente mais indicado a informação por este solicitada.

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zyrgon