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Ao volante do novo Citroën C5 Aircross Hybrid. Desde €44 147

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Ao volante do novo Citroën C5 Aircross Hybrid. Desde €44 147

Com o novo C5 Aircross Hybrid, o seu primeiro modelo híbrido plug-in, já à venda em Portugal, a Citroën inaugura uma nova etapa da electrificação da sua oferta. O objetivo é dispor de uma gama 80% electrificada em 2023, e totalmente electrificada até 2025, pelo que, a partir daqui, todos os novos modelos da marca do double chevron disporão de versões electrificadas, ou mesmo totalmente eléctricas (caso do novo ë-C4, já disponível para encomenda no nosso país).

Como é apanágio deste género de proposta nos tempos que correm, o C5 Aircross Hybrid começa por distinguir-se por alguns elementos decorativos exclusivos, casos do logótipo ḧybrid no portão traseiro, ou do logo ḧ em azul aplicado nos guarda-lamas dianteiros – elemento que tem um triplo significado: o “h” remete para a palavra híbrido; o desenho semelhante ao de uma tomada elétrica evoca a tecnologia plug-in; os tremas estabelecem um relação directa com elemento semelhante presente no próprio nome da casa francesa. Ao mesmo tempo, passa a estar disponível uma nova cor azul para o Pack Color (composto por inserções coloridas nos Airbump, nas portas dianteiras e na área inferior do pára-choques dianteiro), que se junta às já existentes cinzenta, branca e vermelha, o que eleva o número de combinações exteriores possíveis para 39, assim incrementando as possibilidades de personalização.

No habitáculo, marcam a diferença o selector de modos de condução (com as opções Electric, Hybrid e Sport); os vidros laminados, para maior silêncio a bordo; o novo grafismo, e os menus e funcionalidades específicos, oferecidos pelo painel de instrumentos digital de 12,3” e pelo ecrã táctil de 8” do sistema de infoentretenimento; e o retrovisor electrocromático desprovido de moldura e com indicador de funcionamento em modo totalmente eléctrico – ou seja, uma luz azul colocada na caixa do espelho, claramente visível do lado de fora, permite ao C5 Aircross Hybrid ser visto no trânsito como um veículo que se desloca em modo de emissões zero quando assim acontece. De resto, mantêm-se inalterados o espaço para passageiros e bagagens (a bagageira com uma capacidade que varia entre 460-600 litros com os cinco lugares montados, é a maior da classe); o conforto oferecido pelos bancos Advanced Comfort com espumas de diferentes densidades; a versatilidade garantida pelos três bancos individuais traseiros com as mesmas dimensões, reguláveis em comprimento, rebatíveis e escamoteáveis.

No cerne do C5 Aircross Hybrid está, é claro, o grupo motopropulsor híbrido, que combina um motor 1.6 a gasolina de 180 cv e 300 Nm com uma caixa automática ë-AT8 de oito velocidades e um motor eléctrico de 110 cv e 320 Nm, para um rendimento combinado de 225 cv e 360 Nm, transmitido às rodas da frente. O que se traduz em prestações anunciadas de 235 km/h de velocidade máxima, 8,7 segundos nos 0-100km/h, 1,4 l/100 km de consumo combinado e emissões de CO2 de 32 g/km, para um peso de 1770 kg.

Oferecendo os modos de utilização Electric, Hybrid e Sport, o modelo conta, igualmente, com o modo Brake da transmissão (aumenta a intensidade da travagem regenerativa) e com uma função específica ë-Save. Activada através do ecrã do sistema de infoentretenimento, permite estabelecer o nível de energia elétrica se pretende preservar (10 km, 20 km ou total), para utilização quando necessário, mormente em zonas de circulação restrita a veículos com emissões zero.

Neste ponto, cumpre referir que a bateria de iões de lítio a 200 Volt com 13,2 kWh de capacidade permite à Citroën anunciar uma autonomia máxima de 55 km em modo totalmente eléctrico, o qual pode ser utilizado até aos 135 km/h. Com uma garantia de 8 anos ou 160 000 km para 70% da sua capacidade de carga, pode ser recarregada em 7h15m numa tomada de corrente doméstica, em 4h15m numa tomada a 14 Ampére e em menos de duas horas numa Wallbox a 32 Ampére, quando utilizado o opcional carregador de bordo de 7,4 kW (de série é proposto um carregador de 3,7 kW).

Já à venda em Portugal, o novo C5 Aircross Hybrid é proposto em dois níveis de equipamento, custando €44 147 na versão Feel Pack; e €46 347 na variante Shine. Em qualquer delas, e depois de um primeiro contacto dinâmico, de pouco mais de uma centena de quilómetros, com o modelo, são mais do que positivas as impressões pelo mesmo transmitidas. O conforto de marcha é de excelente nível, e mais ainda em modo eléctrico, já que, neste caso, ao contributo dado nesta matéria pelas suspensões com batentes hidráulicos progressivo e pelos bancos Advanced Comfort, junta-se o silêncio de funcionamento típico dos motores eléctricos, potenciado pelos vidros laminados, que isolam ainda mais o habitáculo do ruído exterior, tudo concorrendo para um ambiente a bordo deveras tranquilo.

Ainda no modo eléctrico, é de salientar que, na prática, o mesmo acaba por estar disponível praticamente até aos 140 km/h, e que, até numa condução despreocupada em estrada aberta, facilmente se alcançam os 55 km de autonomia eléctrica. O que deixa antever que, numa utilização mais cuidada, predominantemente citadina, e fazendo bom uso da função da função Brake para potenciar a regeneração de energia, não seja difícil percorrer mais de 60 km sem recurso ao motor de combustão.

No plano oposto, quando se circula no modo híbrido, ou se pretende tirar pleno partido da mecânica e é seleccionado o modo Sport, o C5 Aircross Hybrid brinda quem o conduz com uma resposta imediata e possante em qualquer circunstância, traduzida em acelerações intensas e lineares, e numa enorme facilidade de condução mesmo a ritmos mais intensos, aumentando a envolvência nos traçados sinuosos quando se recorre às patilhas no volante para comando manual em sequência da caixa de velocidades. A sonoridade do motor audível no habitáculo, nomeadamente quando este funciona a mais alta rotação, não é nem demasiado incómoda, nem desagradável, ao passo que a competência das suspensões garante um comportamento eficaz e previsível, capaz de assegurar bons momento de prazer ao volante, não obstante o acréscimo de peso.

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zyrgon