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Ao volante do novo Hyundai Tucson. Desde €33 200

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Ao volante do novo Hyundai Tucson. Desde €33 200

Está já a venda em Portugal a mais recente geração do Tucson, a quarta do modelo mais vendido da Hyundai no Velho Continente, mercado onde conquistou 1,4 milhões de clientes (cerca de sete milhões a nível mundial) ao longo de 17 anos de carreira. Este lançamento integra-se na profunda renovação que a marca sul-coreana está a operar na sua oferta, e que prevê o lançamento de nada menos do que catorze novos modelos até ao final do primeiro semestre deste ano, ao ponto de, já no final do primeiro trimestre de 2021, o seu veículo mais “antigo” contar com apenas dezoito meses de idade, o que fará desta a gama mais jovem do mercado, para mais electrificada já em 75%.

Com 4500 mm de comprimento, 1865 mm de largura e 1650 de altura, para uma distância entre eixos de 2680 mm, o novo Tucson é maior em todos os sentidos do que o anterior excepto em altura (mais 20 mm comprimento, 15 mm largura e 10 mm entre eixos), e destaca-se por incorporar já aquilo que a Hyundai considera ser uma revolução do seu design. Isto por ser o primeiro SUV a adoptar a linguagem estilística baptizada como Sensuous Sportiness, caracterizada pela adopção de padrões geométricos proeminentes, denominados “parametric jewels”, um pouco por toda a carroçaria, e que, sem dúvida, lhe confere uma aparência, ao mesmo tempo, moderna, original e distinta, como foi possível confirmar durante o primeiro contacto dinâmico com o modelo já em estradas nacionais.

Inspirado, em boa parte, no protótipo Vision T, o Tucson tem na secção dianteira, que o torna inconfundível mesmo no escuro. um dos seus pontos mais marcantes, já que é aqui que as referidas “parametric jewels” são mais evidentes, nomeadamente na grelha frontal, graças aos grupos ópticos paramétricos ocultos: com as luzes apagadas, a dianteira é coberta por padrões geométricos escuros, sem distinção entre as luzes diurnas por LED, sendo que, quando estas se acendem, a aparência cromada da grelha assume uma forma semelhante a uma jóia. Referência, ainda, para as cavas das rodas de formato angular, e para uma traseira onde pontificam os farolins com detalhes paramétricos ocultos, unidos por uma faixa luminosa contínua, e o pára-choques também com detalhes de padrão paramétrico de efeito tridimensional.

Uma vez no interior, primeira referência para a generosa habitabilidade, com destaque para o espaço disponibilizado para as pernas dos ocupantes do banco traseiro, virtude já (re)conhecida da anterior geração do Tucson. Também digna de nota é a bagageira, seja pela sua capacidade, a variar entre 616-1795 litros, seja por contar com um alçapão onde se encontra uma útil caixa porta-objectos, e ainda com um banco traseiro agora rebatível na proporção 40/20/40, ao passo que o portão traseiro de operação eléctrica é de série no nível de equipamento de topo

O habitáculo prima, igualmente, pelo nítido progresso registado pelos materiais no mesmo utilizados: mesmo não sendo uma referência em termos de nobreza, a percepção de qualidade que estes proporcionam aumentou de forma evidente, graças à sua boa aparência e textura, com um elevado agrado ao toque. Junte-se a isto a decoração sóbria, mas apelativa, que contribui de forma decisiva para a criação de um bom ambiente interior; os bancos com bom encaixe; e a aparência tecnológica garantida quer pelo painel de instrumentos digital de 10,25” com três ambientes (automaticamente seleccionados em função dos outros tantos modos de condução disponíveis – Eco, normal e Sport), quer pelo painel com comandos tácteis do sistema de climatização, quer, no nível de equipamento de topo, pelo ecrã de 10,25” do sistema de infoentretenimento, desprovido de moldura e senhor de um grafismo muito mais evoluído e cativante do que anteriormente (o nível de equipamento de acesso adopta um ecrã táctil de 8”). Quanto ao posto de condução, é elevado e dominante, mas, também, correcto e envolvente, aqui se destacando o novo volante com duplos braços horizontais, muito elegante e atraente, e com óptimas dimensões e pega.

No capítulo da segurança, o novo Tucson surge particularmente bem apetrechado, desde logo por oferecer sete airbags, incluindo um central dianteiro. Ao mesmo tempo, todas as versões integram, no chamado Smart Sense, em que se reúnem os chamados auxiliares de condução, dispositivos como a travagem autónoma de emergência com detecção de peões e ciclistas, o alerta de arranque do veículo dianteiro, o alerta de tráfego pela retaguarda, a assistência activa à manutenção na faixa de rodagem (LFA), o sistema de leitura de sinais de trânsito com assistente de velocidade máxima, o alerta de fadiga do condutor e o assistente de máximos.

Passando à oferta de motorizações, totalmente electrificada, na fase de lançamento, é composta pelo grupo motopropulsor híbrido que combina o motor a gasolina 1.6 T-GDi de 180 cv e 265 Nm com um motor eléctrico de 60 cv e 265 Nm e uma bateria de polímeros de iões de lítio com 1,49 kWh de capacidade, para um rendimento combinado de 230 cv e 350 Nm, tendo associada uma caixa automática de seis velocidades; pelo propulsor a gasolina 1.6 T-GDi de 150 cv e 250 Nm com tecnologia mild hybrid de 48 Volt e caixa manual “inteligente” iMT; e pela unidade turbodiesel 1.6 CRDi de 136 cv e 320 Nm, também do tipo mild hybrid a 48 Volt, sempre conjugada com a caixa pilotada DCT de dupla embraiagem e sete velocidades. A gama será alargada no final do primeiro trimestre do ano em curso com a introdução da versão híbrida plug-in, com 265 cv, caixa automática, cerca de 50 km de autonomia eléctrica e tracção às quatro rodas, chegando, no final do segundo semestre, o nível de equipamento N Line, para já estando disponíveis os níveis Premium e Vanguard.

Para a primeira experiência a bordo do renovado SUV sul-coreano em solo luso foi possível dispor, por algumas horas, de um Tucson 1.6 CRDi Premium, e os cerca de duzentos quilómetros percorridos deixaram muito boas impressões. Como a unidade motriz a parecer ter algo mais do que os 136 cv anunciados, em boa parte devido ao seu generoso binário, e ao valioso aliado que é a rápida e suave caixa pilotada de sete relações, mostrando-se solícito e oferecendo uma resposta pronta e suficientemente intensa na generalidade das situações.

Este é, de facto, um motor bastante agradável de utilizar, tanto numa condução convencional, seja em estrada ou em cidade, como a ritmos mais intensos, aqui podendo tirar-se partido do comando manual sequencial transmissão, antecipando as trocas de mudança nas solicitações mais exigentes – só é que pena que o mesmo esteja disponível apenas na alavanca de comando (não existem patilhas no volante), para mais no sentido oposto ao que seria natural. Não menos importante, poe um lado, os consumos comedidos, mesmo numa utilização mais abusiva, conseguindo ficar abaixo dos 11,0 l/100 km quando se pretende retirar em permanência todo o potencial da unidade motriz, mas quedando-se praticamente pela metade deste valor em estrada; e, por outro, o funcionamento suave e relativamente silencioso, sublimados pelo bom isolamento acústico do habitáculo.

Com suspensões independentes nas quatro rodas, do tipo MacPherson na frente, e multilink atrás, o Tucson tem no convincente desempenho dinâmico outro dos seus trunfos. O conforto de marcha é sempre de nível superior, o comportamento muito são e equilibrado, tudo se traduzindo numa condução bastante fácil e agradável. E até os adeptos de uma utilização mais intensa confirmarão que, mesmo nos limites, a atitude deste SUV é muito positiva, pois, ainda que o amortecimento algo macio permita algum adornar em curva, nem por isso os movimentos da carroçaria deixam de ser bem controlados, sendom inclusive, possível inibir o funcionamento tanto do controlo de tracção como do controlo de estabilidade.

Por fim, o posicionamento comercial. Todas as motorizações são propostas com ambos os níveis de equipamento, sendo já de série, no Premium, o ar condicionado automático bizona, o cruise control  com limitador de velocidade, o selector de modos de condução, a iluminação exterior integralmente por LED, os espelhos eléctrico, aquecidos e rebatíveis electricamente, as jantes de 18” (de 19”, com pneus Michelin de alta performance, no Tucson 1.6 T-GDi HEV), os sensores de luz e chuva, o alarme e todos os componentes do pacote Smart Sense. A tudo isto, o nível Vanguard acrescenta os bancos em pele, o banco co condutor com regulação eléctrica, o sistema de acesso e arranque sem chave, a pintura bicolor, o portão traseiro eléctrico; o sistema de infoentretenimento com ecrã de 10,25” e navegação, o sistema de carregamento por indução para smartphones, o sistema de som Krell e os sensores de estacionamento traseiros.

Os preços da versão 1.6 T-GDI 48V de 150 cv são de €33 200 no nível Premium, e de €37 150 no nível Vanguard; a variante CRDi custa €39 100 no nível Premium e €43 300 no nível Vanguard; e o híbrido 1.6 T-GDi HEV está orçado em €38 650 no nível Premium e em €42 850 no nível Vanguard.

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zyrgon