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Diesel em vias de desaparecer da Europa

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Diesel em vias de desaparecer da Europa

O Dieselgate, traduzido numa maior desconfiança dos consumidores relativamente a esta tecnologia, a par das novas normas de proteção ambiental que se avizinham, são os principais factores que explicarão o previsível declínio das vendas de automóveis animados por motores a gasóleo na Europa. A JPMorgan Chase & Co. fez as contas, e antecipa que a actual predominância do Diesel no velho Continente, em que assegura cerca de 50% das vendas de automóveis novos, deverá baixar para não mais do que 30% em 2020, e sempre com tendência para diminuir no futuro.

A própria Comissária Europeia da Indústria, Elzbieta Bienkowska, foi taxativa relativamente a este ponto, afirmando acreditando que os motores Diesel irão desaparecer no futuro, em especial depois do Parlamento Europeu ter feito aprovar legislação que inclui regaras mais estritas e exigentes, destinadas a evitar episódios semelhantes ao protagonizado pelo Grupo VW. E acrescentou: “O Diesel não desaparecerá de um dia para o outro. Mas, depois deste ano de trabalho, estou bastante certa de que irá desaparecer muito mais rapidamento do que o que podemos imaginar”.

Uma situação que, a confirmar-se, não deixará de reflectir-se nos resultados da grande maioria dos construtores, e mais ainda nos daqueles cujas vendas dependem em muito desta tecnologia. Segundo o mesmo estudo, os fabricantes germânicos deverão sofrer uma redução dos lucros da ordem dos 5% à medida que as vendas dos Diesel foram diminuindo, os seus valores de retoma forem baixando, e aumentar a procura pelos menos rentáveis híbridos, porque dotados de tecnologias mais dispendiosas.

Outra questão colocada pelo trabalho agora publicado pela JPMorgan Chase & Co. tem que ver com o emprego, e a sua relação com a previsível redução da procura por automóveis movidos por motores de combustão interna, tanto a gasóleo como a gasolina. Sendo a electrificação uma realidade a curto prazo, fica por saber o que acontecerá a cerca de um terço dos postos de trabalho assegurados pela indústria automóvel, os que estão de algum modo relacionados com os chamados “trens rolantes”. Pelos vistos, nem tudo é sorridente no tão prometido futuro eléctrico dos automóveis…

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zyrgon