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Ferrari com aumento de 24% dos lucros ainda antes da chegada do SUV

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Ferrari com aumento de 24% dos lucros ainda antes da chegada do SUV

A Ferrari prepara-se para ampliar a sua oferta para além dos puros desportivos. Mas ainda se recusa a falar num SUV, com Sergio Marchionne, CEO da marca de Maranello, a aludir a um “veículo utilitário” de cariz familiar com quatro amplos lugares (internamente conhecido pela sigla de código F16X) como possível elemento fulcral de um plano destinado a duplicar os seus lucros até 2022.

Com a chegada deste modelo, muito provavelmente em 2021 e em substituição do actual GTC4Lusso (um duas portas já de si dotado de quatro lugares e tracção e direcção integrais), a Ferrari deverá, pela primeira vez, superar o auto-imposto limite de vendas de 10 mil automóveis anualmente – rumores existindo que apontam para um objectivo de 15 mil unidades/ano. Algo que a faria perder o estatuto de “pequeno fabricante” que a tem protegido de diversas normas restritivas em termos de consumo e emissões de poluentes, tanto na Europa como nos EUA.

Só na China, espera-se o F16X possa conquistar qualquer coisa como dois mil compradores anualmente. Entretanto, a marca do Cavallino Rampante estará a trabalhar afincadamente no sentido de garantir para o modelo um estilo e uma postura que lhe permitam ser considerado como o percursor de um novo segmento, e não apenas como mais um SUV de luxo, como os já lançados pela Bentley (Bentayga) e Maserati (Levante), ou o que a Lamborghini irá disponibilizar em breve (Urus).

Por outro lado, se o limite de 10 mil automóveis produzidos anualmente for superado, é forçoso que a Ferrari reduza substancialmente a média de emissões da sua gama. E é por isso que algumas fontes aludem já à introdução de novos híbridos a partir de 2019, tudo apontando que, a partir de então, todos os modelos da mítica marca italiana contem com alguma forma de electrificação, como já acontece com o superdesportivo LaFerrari.

Entretanto, a Ferrari apresentou os seus resultados financeiros relativos ao segundo trimestre deste ano, registando um aumento dos lucros de 24%, em boa parte assegurado pela procura pelos seus modelos mais exclusivos, como o LaFerrari Aperta, orçado em praticamente dois milhões de euros antes de impostos. O EBITDA, neste período, aumentou de 217 milhões em 2016 para 270 milhões de euros em 2017, tudo assim parecendo concorrer para que se confirmem as previsões da Ferrari de alcançar um lucro superior a 950 milhões de euros no final do ano em curso – não estando fora de cogitação que o mesmo supere o milhão de euros, como aventado por Sergio Marchionne em Março último.

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zyrgon