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Ford Kuga 2.0 TDCi 140 cv First Edition

Artigo
Ford Kuga 2.0 TDCi 140 cv First Edition

Visão geral
Marca:

Ford

Modelo:

Kuga

Versão:

2.0 TDCi 140cv First Edition

Ano lançamento:

2013

Segmento:

SUV

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

2.0 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

140/3750

Vel. máx. (km/h):

190

0-100 km/h (s):

10,6

CO2 (g/km):

139

PVP (€):

36 000/37 865

Gostámos

Conforto, Equipamento de série, Habitabilidade, Portão traseiro com abertura automática

A rever

Alguns plásticos, Consumos em utilização mais intensiva

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Qualidade geral
0.1
Interior
8.0
Segurança
7.0
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
7.0
Consumos e emissões
0.1
Conforto
8.0
Equipamento
9.0
Garantias
6.0
Preço
6.0
Se tem pressa...

Na nova geração, o Ford Kuga continua a ser das propostas mais competentes do mercado, e o que tenha perdido em acutilância compensou em conforto, além de que incrementou bastante a sua funcionalidade através da introdução de algumas soluções bastante engenhosas e práticas.

7.1
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Não há como evitá-lo, os SUV continuam na moda e disseminam-se por quase todos os segmentos – mesmo que agora numa perspectiva ligeiramente diferente da de há uns tempos atrás, muito por força das condicionantes do mercado. Que em Portugal têm – inevitavelmente… – que ver com a fiscalidade, ou seja: altamente penalizante para as versões 4×4, são as variantes 4×2 que (pre)dominam nas tabelas de vendas. Privilegiam-se, pois, a imagem e a vocação familiar, perdendo-se a versatilidade garantida por aptidões TT a que, valha a verdade, (muito) poucos davam verdadeiro uso.

Neste domínio, a Ford é nome incontornável a nível mundial; e, na Europa, ainda que esteja para breve a chegada do mais pequeno EcoSport e do mais refinado Edge, a sua proposta de eleição continua a ser o Kuga, que recentemente conheceu uma nova geração. Pelos condicionalismos já referidos, entre nós, a sua oferta, embora inclua variantes a gasolina e de tracção total, acaba por estar praticamente limitada ao motor turbodiesel 2.0 TDCi de 140 cv combinado com a tracção dianteira (única forma de usufruir de alguma competitividade comercial), um modelo cuja evolução vai um pouco mais além do que os meros retoques estilísticos.

Aliás, neste particular, o renovado Kuga não tem tarefa fácil: primeiro modelo da Ford com ambições de comercialização à escala global, recebendo mínimas alterações seja qual for a latitude onde esteja presente, é, por isso, forçado a ostentar linhas exteriores que consigam agradar minimamente aos mais variados gostos e preferências. Como tal, o resultado final pode considerar-se que não encanta, mas também não será, para a maioria, factor impeditivo de aquisição.

Ford Kuga 2.0 TDCi First Edition

Obrigado a convencer nas mais variadas latitudes, o novo Ford Kuga não tem uma personalidade estilística muito vincada, mas também não desagrada à vista

Mesmo podendo considerar-se esta a sua segunda geração, o novo Kuga continua a fazer uso da plataforma que também serve, entre outros, o Focus, o que significa que a distância entre eixos de 2690 mm não se alterou face ao seu predecessor. Mas há a registar modificações importantes nesta área, nomeadamente o aumento do comprimento total em 84 mm, o que ajuda a explicar o maior desafogo que se faz sentir no espaço para pernas disponível atrás (isto num habitáculo, todo ele, bastante espaçoso) e o incremento da capacidade da bagageira em 46 litros, oferecendo agora entre 456 litros e 1653 litros – mais do que suficiente para suprir as necessidades da generalidade das famílias.

Pormenores de ordem prática a destacar também os há. Desde logo, o novo e muito eficaz sistema de rebatimento do banco traseiro numa só alavanca; e também o dispositivo de abertura e fecho automáticos do portão traseiro eléctrico em modo “mãos livres”, bastando para tal passar suavemente o pé sob o para-choques posterior – ideal para quando se pretende aceder à mala e sem tem as mãos ocupadas com volumes vários, como numa ida ao supermercado.

Regressando ao habitáculo, registe-se a razoável qualidade geral, embora alguns plásticos merecessem uma qualidade superior, nomeadamente os que são menos tocados de forma regular, como os da secção inferior do tablier, os que revestem os pilares do tejadilho ou os que forram as portas traseiras. Compartimentos para arrumação de objectos existem em número aceitável e as costas dos bancos posteriores reclináveis aumentam o conforto de quem viaja atrás, mormente em tiradas mais longas.

Quanto ao posto de condução, a apreciação é mais antagónica. Por um lado agradam a posição elevada (como se espera e é do gosto do cliente tipo deste género de proposta) e fácil de encontrar, a boa visibilidade em todas as direcções a concentração dos principais comandos na consola central, bem ao alcance da mão. Por outro, o esquema de menus do sistema de bordo (sem dúvida bastante informativo) que a Ford utiliza na maioria dos seus modelos continua a ser confuso e deveras difícil de aceder e operar.

O posto de condução é correcto, mas o menu do sistema de bordo continua a ser confuso e de operação nada intuitiva e simples

O posto de condução é correcto, mas o menu do sistema de bordo continua a ser confuso e de operação nada intuitiva e simples

Uma vez em marcha, o renovado Kuga mostra que também aqui houve uma alteração do seu posicionamento. Na primeira geração, o acerto bastante firme das suspensões tornava-o bastante divertido de conduzir numa toada mais agressiva, mas isso reflectia-se negativamente no conforto, sobretudo em pisos menos bem conservados. Agora, é nítido que, apesar de menos acutilante (até porque a largura de vias foi reduzida em 17 mm na frente e em 25 mm atrás), oferece um conforto de marcha bastante superior, nitidamente mais condicente com as suas aptidões familiares.

Não que isso signifique que a sua condução não é fácil ou convincente a ritmos mais intensos. Só não é tão envolvente, notando-se maior dificuldade em colocar no chão toda a potência disponível (e mais ainda em mau piso), embora os movimentos da carroçaria sejam bem controlados, o adornar em curva reduzido para um automóvel com estas características e a direcção assistida electricamente ofereça um bom feeling e uma óptima informação relativamente à atitude do eixo dianteiro. Em resumo, o Kuga continua a ser ágil, competente e fácil de conduzir em qualquer circunstância (um dos melhores da classe neste domínio), e sendo menos divertido do que o seu antecessor, compensa tal característica com um aumento da comodidade a bordo que se saúda.

Já no que diz respeito a incursões por outros pisos que não o asfalto, e tendo como único auxiliar nestas situações os pneus do tipo misto Goodyear Warangler HP M+S (que não condicionam a atitude em estrada), apesar de ângulos característicos interessantes, o Kuga de duas rodas motrizes conseguirá enfrentar pouco mais do que os estradões de terra. O que também não será preocupante para o seu cliente tipo.

Ford Kuga 2.0 TDCi First Edition

Honesto e previsivel, em estrada ou fora dela, o Kuga peca, contudo, pela transmissão demasiado longa nas últimas relações

Este Ford Kuga 2.0 TDCi First Edition é servido pelo conhecido motor 2.0 TDCi com 140 cv e 320 Nm, combinado com uma caixa manual de seis relações. Solícita e suave a subir de regime, além do mais capaz de progredir com facilidade até perto das 5000 rpm, esta unidade contribui em grande medida para o agrado de condução, proporcionando prestações interessantes e uma boa desenvoltura, mesmo quando de transporta toda a família e respectivos pertences. À caixa, o principal reparo a fazer é uma certa renitência para lidar com uma utilização mais rápida e intensiva, exigindo por vezes alguma virilidade no respectivo manuseamento, já que a desmultiplicação exagerada das duas última relações é já quase uma obrigação para alcançar os níveis de emissões essenciais para enfrentar a voracidade fiscal.

Atributos deste propulsor são ainda o som de funcionamento relativamente contido, o que se junta a uma insonorização aperfeiçoada para ajudar a usufruir do já referido elevado conforto a bordo. Mais criticáveis, os consumos: já não sendo uma referência a velocidades estabilizadas, tendem a alcançar valores ainda menos interessantes numa condução em que se pretenda tirar pleno partido das capacidades da unidade motriz.

No final, o Ford Kuga 2.0 TDCi First Edition revelou-se uma das propostas mais equilibradas da sua classe, em que o saldo entre os prós e os contras lhe é nitidamente favorável. Em termos comerciais, esta versão de lançamento First Edition conta, como habitualmente, com um generoso recheio de equipamento oferecido de série, o que ajuda a justificar um preço que não será dos mais apelativos: €36 000, que no caso da unidade ensaiada chega aos €37 865 por via de alguns opcionais na mesma instalados. Contudo, para quem não valorize tanto tal dotação, os padece de maiores constrangimentos orçamentais, é de salientar que os preços se iniciam nos €34 950 pedidos pela variante Trend de acesso à oferta Diesel – havendo ainda em catálogo a derivação 1.6 EcoBoost de 150 cv, disponível desde €27 850 (ou não pagasse menos de metade do ISV com que é brindada a sua irmã a gasóleo…).

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Airbag para condutor e passageiro
Airbags laterais
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade com função anti-capotamento
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix no banco traseiro
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Cruise-control
Bancos em pele+tecido
Banco rebatível 60/40
Banco do condutor com regulação em altura+lombar
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Rádio com leitor de CD/mp3/tomadas USB+Aux
Mãos-livres Bluetooth
Sistema de acesso sem chave
Abertura e fecho do portão traseiro “mãos livres”
Retrovisores exteriores eléctricos+rebatíveis
Retrovisor interior electrocromático
Faróis de nevoeiro
Sensor de luz+chuva
Jantes de liga leve de 17”

Pintura metalizada (€415)
Sistema de navegação (€550)
Tecto panorâmico (€900)

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zyrgon