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Ginetta com novo superdesportivo: mais de 600 cv para 1150 kg

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Ginetta com novo superdesportivo: mais de 600 cv para 1150 kg

Fundada em 1958, a Ginetta foi adquirida, em 2005, pelo multimilionário Lawrence Tomlinson, vencedor das 24 Horas de Le Mans de 2006 na Classe GT2, e tem sido, desde então, (re)conhecida pelas actividades que tem levado a cabo ao nível da competição. Agora, a marca quer regressar ao segmento dos modelos autorizados a circular na via pública, e vai mostrar no Salão de Genebra a sua mais recente criação: um superdesportivo com motor central, e estrutura monocoque e painéis da carroçaria em fibra de carbono, inspirado nos protótipos das corridas de resistência, nomeadamente no Ginetta que compete na classe LMP1.

Apesar de ter produção limitada para 2020 a não mais do que vinte unidades por ano (60% das quais já com proprietário atribuído), o novo Ginetta não deixa, por isso, de recorrer a componentes especificamente desenvolvidos para o efeito pela própria marca, incluindo o châssis e o motor. Este último é um V8 de 6,0 litros anunciado como ultracompacto e montado numa posição central bem mais recuada do que o habitual, o que permite optimizar a aerodinâmica, alcançar uma repartição de peso de 49%-51% e recorrer a uma suspensão ajustável do tipo pushrod, derivada directamente da competição – que, por seu turno, garantirá não só um comportamento dinâmico de referência, como a disponibilização de uma bagageira com 675 litros de capacidade, um valor notável para um veículo com estas características e vocação.

Produzido pela própria Ginetta, o 6.0-V8 atmosférico é construído a partir de um único lingote de alumínio, com elementos internos forjados, anunciando mais de 600 cv de potência e um binário de 700 Nm,  para um peso a seco do veículo de somente 1150 kg, mesmo com a estrutura de protecção concebida para cumprir com os regulamentos da FIA. A caixa de velocidades é do tipo sequencial com seis relações, com veio de transmissão em carbono. As jantes com porca de fixação central, criadas propositadamente para este modelo, são de 19” na frente, e de 20” atrás; recorrendo o sistema de travagem a discos carbocerâmicos.

A asa traseira é em tudo semelhante à utilizada no Ginetta de LMP1 e, em conjunto com o difusor traseiro, e as ponteiras de escape montadas em posição lateral, é um dos principais elementos que asseguram uma downforce de 376 kg a 160 km/h (apenas 5% menos do que o Ginetta destinado as corridas de LMP3), isto num veículo desprovido de aerodinâmica activa. A direcção com assistência hidráulica é operada através de um volante em alumínio inspirado no Ginetta de LMP1, com patilhas de comando da caixa em alumínio.

Num habitáculo dominado pela fibra de carbono, pelo alumínio e pela Alcantara, marcam ainda presença a pedaleira totalmente regulável, as ultraleves bacquets em que se sentam condutor e passageiro e um equipamento de série invulgarmente extenso para uma proposta deste género. Merecendo aqui referência, a par de soluções mais comuns, como o ABS e o controlo de tracção e estabilidade, a câmara e os sensores de estacionamento; o sensor de luz; o ar condicionado; os pára-brisas dianteiro e traseiro aquecidos; e o sistema de carregamento por indução para smartphones.

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zyrgon