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Hyundai Kauai: a partir de 1 de Novembro desde €16 900

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Hyundai Kauai: a partir de 1 de Novembro desde €16 900

O caso justifica-o, até para facilidade de discurso e poupança de tempo e recursos a concentrar no que é, de facto, o mais importante: por desatenção ou trabalho de pesquisa menos aturado, a Hyundai baptizou o seu novo SUV de pequenas dimensões com um nome que seria comercialmente pouco feliz em Portugal. E daí que, por proposta do importador da marca para o nosso país, o novo Kona se chame, entre nós, Kauai.

Feito o esclarecimento, e dispensando trocadilhos mais ou menos óbvios, este é um dos trinta lançamentos que o construtor tem previstos para alcançar o seu objectivo de se tornar na marca asiática numero um na Europa – esperando-se contribua, ainda, para que a percentagem das suas vendas asseguradas por SUV passe dos actuais 30% para 40%. Tem, também, por missão conquistar uma clientela mais jovem do que o habitual, para isso apostando em argumentos que lhe ssão sensíveis, a começar num visual mais atraente e sofisticado do que aquilo que é norma na Hyundai, e para o qual são proposta diversas opções de personalização exterior e interior.

A carroçaria é marcada, acima de tudo, pela nova gelha em cascata, que caracteriza todas as novas criações da Hyundai, e pelos faróis integralmente por LED duplos (com as ópticas principais separadas das luzes de circulação diurna). O tejadilho pode ser de cor contrastante (preto ou branco), o que, em conjunto com as dez cores exteriores, garnate 28 combinações cromáticas distintas. As jantes podem ser de 16”, 17” ou 18”, estas últimas, também elas, bicolores. No final há que reconhecer ao Kauai uma imagem apelativa e original, bem de acordo com o espírito de um segmento que é só o que, actualmente, mais cresce no mercado.

Com 4165 mm de comprimento, 1800 mm de largura, 1550 mm de altura e uma distância entre eixos de 2600 mm, o Kauai tem ainda como vantagem posicionar-se, em termos de dimensões, no topo do segmento B SUV (o dos SUV derivados dos chamados utilitários), rivalizando com propostas como o Citroën C3 Aircross, Opel Crossland X, Peugeot 2008, Renault Captur ou Seat Arona – só para referir alguns dos seus concorrentes mais importantes. Mas na sua base está a plataforma do compacto i30,  e não a do i20, face ao qual é apenas 50 mm mais curto entre eixos. Argumento que lhe permite exibir dimensões exteriores próximas, por exemplo, das do novo VW T-Roc, e oferecer uma generosa habitabilidade, sobretudo nos lugares traseiros, a que se junta uma bagageira cuja capacidade varia entre 361 litros com os cinco lugares montados, e um máximo de 1143 litros estando rebatido o banco traseiro (rebatível em duas partes assimétricas).

No interior destacam-se ainda uma qualidade de materiais de bom nível, em que se combinam plásticos macios com outros não tão nobres, mas tudo com um rigor de montagem e acabamentos digno de nota. Ao mesmo tempo, é possível personalizar o habitáculo através dos pespontos dos bancos e do volante, e das molduras das saídas ventilação, da caixa de velocidade e do botão de arranque do motor em laranja, vermelho ou verde – sendo, aqui, o forro do tejadilho em preto. Quem optar pelo vermelho ou pelo verde disporá ainda dos cintos de segurança e das pegas interiores das portas na mesma cor.

Em função dos níveis de equipamento, estão ainda disponíveis soluções tecnológicas ainda invulgares, ou mesmo únicas, a este nível. É o caso do sistema de carregamento sem fios para smartphones, dos bancos dianteiros ventilados ou do evoluído head up display a cores, que projecta no pára-brisas as principais informações relacionadas com a condução. Sistemas de infoentretenimento estão disponíveis três (com ecrãs de 5”, 72 ou 8”), integrando soluções como a navegação ou as ligações Apple CarPlay e Android Auto para telemóveis. Referência, ainda, para o sistema de som Krell, com oito altifalantes colunas, e um amplificador de oito canais, com 45 Watt por canal.

No capítulo mecânico também existem algumas soluções raras nesta classe. Por exemplo, o Kauai é dos raros modelos do seu segmento a ser proposto em versões de tracção dianteira ou integral, a oferecer uma caixa pilotada de dupla embraiagem – e já no próximo ano será lançado numa versão totalmente eléctrica. Também para meados de 2018 está agendada a chegada das variantes a gasóleo, logo estejam disponíveis as motorizações cumpridoras da norma Euro 6c e implementada a norma de homologação de consumos WLTC, medidos em condições reais de circulação – seja o 1.6 CRDi de 115 cv com caixa manual e tracção dianteira; seja o 1.6 CRDi de 136 cv com caixa manual ou DCT, de dupla embraiagem, e sete relações, o único da gama proposto com tracção dianteira ou integral.

Para já, a oferta de motores assenta em duas unidades a gasolina. O acesso à gama é feito através do 1.0 T-GDi, um três cilindros turbo de 998 cc, com 120 cv e 175 Nm, combinado com a caixa manual de seis velocidades e a tracção dianteira, capaz de alcançar 181 km/h de velocidade máxima e de cumprir os 0-100 km/h em 12,0 segundos, para um consumo combinado de 5,3 l/100 km. A versão de topo é animada pelo 1.6 T-GDi de 177 cv e 265 Nm, só disponível com caixa DCT7 e um sistema de tracção integral 4×4 capaz de enviar até 50% do binário para as rodas traseiras, e dotado de um modo de bloqueio que oepra até aos 40 km/h – neste caso, a suspensão traseira é independente, do tipo multilink, os 0-100 km/h cumprem-se em 7,9 segundos, a velocidade máxima é de 205 km/h, e o consumo anunciado em ciclo combinado de 6,7 l/100 km.

Na sua primeira apresentação dinâmica à imprensa, foi possível conduzir ambas as versões do novo Kauai, e naturalmente que a mais dotada foi a que mais convenceu. O motor 1.6 T-GDi garante não só um outro nível prestacional, como o seu desempenho, e até a sua sonoridade, parecem menos esforçados numa utilização convencional. Ao mesmo tempo, o sistema de tracção integral, a para da suspensão traseira indepencente, asseguram um desempenho mais eficaz em traçados sinuosos, com menor intervenção da electrónica em situações limite, sendo ainda evidente a sua vantagem no fora de estrada – se a altura ao solo de 170 mm é a mesma em ambas as versões, a mais dotada não deixa de progredir com relativa facilidade em terrenos de menor aderência, nomeadamente a lama, até por dispor da referida funções de bloqueio.

Contudo, a verdade é que, por um lado, poucos são os que adquirem um SUV a pensar no TT, e menos ainda os que o podem fazer, em Portugal, quando em causa estão versões 4×4, devido à penalização fiscal de que são alvo, logo, ao seu preço menos acessível – factor sempre determinante no momento da escolha, para mais neste segmento. E a verdade é que o Kauai 1.0 T-GDi também não desilude dinamicamente, bem pelo contrário! Especialmente tendo em conta os modelos com que se destina a rivalizar.

O motor 1.0 T-GDi pode não ser tão suave e silencioso quanto outros com a mesma arquitectura e semelhante capacidade, mas é um facto que é dos mais potentes da sua categoria, e isso nota-se ao volante. Responde com brio à maioria das solicitações, garante prestações interessantes e consegue ser bastante económico em condições de condução convencionais. O comportamento é muito saudável e honesto, em termos de conforto como de eficácia, mesmo quando se opta por desligar a electrónica para usufruir de uma maior agilidade e prazer ao volante, até por ser mais leve do que o seu irmão mais dotado (1233 kg contra 1402 kg).

Não será, pois, pelo desempenho dinâmico que o Kauai conquistará menos adeptos. Nem pela dotação de sistema de segurança activa, já que no seu rol de atributos, neste particular, é possível encontrar soluções como a travagem autónoma de emergência com reconhecimento de peões; a monitorização do ângulo morto; o alerta de tráfego pela traseira; o sistema de auxílio à manutenção na faixa de rodagem; o alerta de  fadiga do condutor; as luzes de curva, e o assistente de máximos.

Mas nada disto será, efectivamente, valorizado sem um preço capaz de conquistar as normalmente pouco fundas bolsas lusas. E, aí, o Kauai também tem uma palavra a dizer: na tabela de preços do modelo, à venda em Portugal a partir de 1 de Novembro, a versão 1.0 T-GDi está disponível desde €20 150, sendo o 1.6 T-GDi proposto a partir de €20 250. Valores que já seriam competitivos, mas que o importador nacional da Hyundai decidiu tornar ainda mais convincentes, nomeadamente para a versão que mais interessa para o nosso mercado, através de uma campanha de lançamento que permite adquirir, até ao próximo dia 31 de Dezembro, um muito bem equipado Kauai 1.0 T-GDi por €18 150 (com mais equipamento e mais potente que a principal concorrência), valor que pode mesmo baixar até €16 900 euros caso se opte pelo financiamento da marca.

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zyrgon