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Novo BMW Série 1: o primeiro de tracção dianteira chega em Setembro

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Novo BMW Série 1: o primeiro de tracção dianteira chega em Setembro

Apresta-se a chegar ao mercado a terceira geração do compacto da BMW e, com ela, o primeiro Série 1 desenvolvido com base numa plataforma de tração dianteira. O modelo tem primeira aparição em público agendada para 25-27 de Junho próximos, por ocasião da apresentação da nova plataforma #NEXTGen; marcará ainda presença no Salão de Frankfurt, em Setembro; estando o lançamento comercial, a nível mundial, aprazado para 28 de Setembro.

Por muitos que sejam os atributos do novo Série 1, sem dúvida que a sua característica mais marcante é, justamente, o facto de ser o primeiro a dispor de tracção à frente, pelo menos nas suas variantes com apenas um eixo motriz, já que também será proposto com transmissão integral inteligente xDrive. Neste particular, seguramente que existirão muitos indefectíveis da marca bávara a considerar tal opção como que uma heresia, pese embora esta garanta que o modelo é um verdadeiro BMW, com uma personalidade muito própria e vincada, e repleto de tecnologias inovadoras e de soluções de vanguarda ao nível do chassis. Afirmando, mesmo, que o seu processo de desenvolvimento, com cinco anos de duração, e que tirou pleno partido da experiência do fabricante de Munique neste domínio com os seus outros modelos de tracção dianteira, e ainda beneficiou da transferência de tecnologia da submarca BMW i,permitiu criar um automóvel ainda mais ágil do que os seus antecessores, capaz de satisfazer os condutores mais exigentes nesta matéria, e com uma acutilância dinâmica sem precedentes para automóveis de tracção dianteira.

Ainda neste capítulo, a BMW destaca a introdução do ARB como equipamento de série em todas as versões do novo Série 1, um sistema destinado a limitar as percas de motricidade, já utilizado no i3s, e que faz aqui a sua estreia em automóveis animados por motores combustão, visando controlar a patinagem das rodas de modo bastante mais sensível e célere do que habitualmente. Para tal, o controlador do sistema está colocado na unidade de controlo do motor, e não na que comanda o controlo electrónico de estabilidade DSC, permitindo que a transmissão recolhida pelos sensores seja transmitida de forma três vezes mais rápida, e que a sua actuação seja dez vezes mais célere. Ao mesmo tempo, a integração do ARB com o DSC permitirá reduzir drasticamente a tendência para a subviragem, para o que também contribuirá a assistência do sistema BMW Performance Control, também de série em todos os Série 1 da nova geração, e que gere a tendência para o veículo rodar sobre o seu próprio eixo vertical, através a aplicação de travão nas rodas interiores da curva antes da perda de motricidade ser atingida.

Em termos de suspensão, sempre independente às quatro rodas, com eixo multilink traseiro, o novo Série 1 contará com uma solução convencional, mas ajustada a cada motor, e também com uma opção M Sport mais desportiva, rebaixada 10 mm, podendo ainda dispor, opcionalmente, de amortecimento activo VDC, que permite ao condutor escolher entre as opções Comfort e Sport. Já a tracção pode ser, como referido, dianteira ou integral, incluindo, até, na variante mais desportiva, um diferencial autoblocante mecânico do tipo Torsen no eixo dianteiro, integrado na caixa de velocidades.

Neste ponto, menção para as cinco opções de motor disponíveis na fase de lançamento. No topo da oferta estará o M135i xDrive, animado pelo quatro cilindros mais poderoso do grupo BMW, com 306 cv e 450 Nm, combinado com a caixa automática de oito velocidades Steptronic Sport com função launch control, e dotado de direcção e sistema de travagem M Sport (estes dois últimos, elementos disponíveis como opção para todas as outras versões da gama), prometendo 4,8 segundos nos 0-100 km/h (4,7 segundos com o opcional pacote M Performance, disponível a partir de Novembro) e uma velocidade máxima electronicamente limitada a 250 km/h.  A outra opção a gasolina, igualmente equipada com filtro de partículas, é o 118i, sendo a oferta Diesel composta pelo 116d (116 cv), pelo 118d e pelo 120d xDrive, de série equipado com tracção intetral e caixa automática Stepronic de oito relações. Nas versões de tracção apenas dianteira a caixa é manual de seis velocidades, estando em opção disponível a caixa Steptronic de dupla embraiagem e sete velocidades para os 116d e 118i, e a caixa automática Steptronic, com conversor de binário e oito velocidades, para o 118d.
Para auxiliar o condutor na sua tarefa, o Série 1 incluirá no equipamento de série das unidades destinadas ao mercado europeu soluções como a travagem autónoma de emergência com detecção de peões, ou o alerta de saída involuntária da faixa de rodagem com regresso activo à mesma (opecaional entre os 70-210 km/h). Sendo opcionais o cruise control activo (utilizável até aos 160 km/h, e com função stop&go nas versões de caixa automática), e o Assistente de Condução, que inclui o alerta de transposição de faixa, o alerta de colisão traseira e o alerta de tráfego pela traseira.

Mas a adopção da nova plataforma de tracção dianteira tem implicações a outros níveis. Desde logo, na habitabilidade: não obstante ser 5 mm mais curto do que o seu antecessor (4319 mm de comprimento), 34 mm mais largo (1799 mm de altura) e 13 mm mais alto (1434 mm), e de contar com uma distância entre eixos 20 mm mais curta (2670 mm), o novo Série 1 garante ser substancialmente mais espaçoso, em especial na secção traseira, em boa parte fruto da colocação do motor em posição transversal. Por seu turno, a bagageira oferece, agora, 380 litros, mais 20 litros do que na anterior geração, passíveis de ampliar até 1200 litros mediante o rebatimento do banco traseiro, podendo, pela primeira vez, dispor de um portão com operação eléctrica.

Visualmente, a BMW assegura que o novo Série constitui uma moderna reinterpretação dos elementos estilísticos que definem o design da marca. É o caso da grelha de duplo rim mais larga e dominante, e em que, pela primeira vez nesta classe, os dois rins se fundem ao centro (no M135i xDrive, as clássicas barras dão lugar a uma grelha de desenho tridimensional); dos grupos ópticos mais angulosos (integralmente por LED em opção); da secção dianteira tipo “nariz de tubarão”; das formas mais esculpidas; e de uma traseira nitidamente dominada pelos farolins de formato horizontal. As jantes disponíveis vão de 16” a 19”, o que acontece pela primeira vez.

Novidade na Série 1, com a chegada desta terceira geração, embora como opção, são, igualmente, o tecto de abrir panorâmico, as faixas retroiluminadas (disponíveis em vários desenhos e seis cores elegíveis pelo utilizador), o head-up display a cores de 9,2” e o carregador por indução para smartphones. O sistema de infoentretenimento de topo BMW Live Cockpit Professional recorre a dois ecrãs de 10,25” cada, um deles funcionando como painel de instrumentos totalmente digital e com forma de duplo rim, podendo o modelo ser configurado em quatro níveis de equipamento e acabamentos: Advantage, Luxury Line (mais orientado para o conforto, e já contando com aplicações em alumínio e bancos em pele), Sport Line (mais dinâmico, com bancos desportivos e molduras das janelas em preto brilhante) e M Sport.

Referência final para algumas soluções tecnológicas de vanguarda disponíveis no novo Série 1, como é o caso do assistente pessoal virtual estreado no novo Série 3, ou do sistema de assistência ao estacionamento, que, além de incluir sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, e câmara de marcha-atrás, de estacionar o veículo de forma autónoma em lugares em paralelo ou na perpendicular, e de sair de forma automática de lugares em paralelo, também tem a capacidade de memorizar os movimentos da direcção em qualquer percurso que o veículo tenha efectuado a velocidades abaixo dos 36 km/h – permitindo efectuar, em marcha-atrás, até 9 km/h de velocidade máxima, os últimos 50 metros percorridos exactamente na mesma trajectória realizada no sentido oposto. A chave digital, que permite abrir o Série 1 com um smartphone, mesmo que a sua bateria esteja descarregada, e colocar o motor em marcha assim que este tenha sido colocado na base que lhe está destinada, é outra solução digna de nota, até por poder ser partilhada com até cinco outros utilizadores.

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zyrgon