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O transporte pesado de passageiros e sinistralidade

Artigo
O transporte pesado de passageiros e sinistralidade

Fundamenta a razão de ser do artigo de opinião deste mês, os dois sinistros rodoviários ocorridos na semana transacta com pesados de passageiros e com as consequências amplamente difundidas pelos órgãos de comunicação social.

Se por um lado estes eventos suscitaram natural apreensão no seio da opinião pública, por outro motivaram uma séria mobilização e sensibilização para esta matéria.

Um ponto de partida que merece o adequado sublinhado prende-se com a capacidade de projeção de meios de emergência médica que foi fundamental para limitar os danos pós sinistro. Na mesma linha de pensamento, merece igual destaque a presença de entidades diversas que atuaram com superior coordenação, cada uma bem ciente das tarefas atribuídas de cujo complemento no terreno resultou num socorro pronto e atempado, evacuação de vítimas em tempo razoável e inicio das necessárias averiguações e investigações.

Mas existe uma reflexão que importa trazer junto do público, sejam as pessoas em geral na qualidade de utentes e atores no ambiente rodoviário, sejam as próprias transportadoras enquanto entidades que prestam um serviço público que requer especiais cuidados.

Para os utentes, os passageiros, fica provado que as campanhas em que nos desdobramos para evidenciar a importância do uso do cinto de segurança neste tipo de transporte pode ser a diferença entre a vida e a morte, complementando-se tal mensagem com a observação de que o uso do cinto de segurança não deve existir só porque dá origem a uma autuação mas, outrossim, por uma razão de segurança pessoal.

Para as transportadoras, para que zelem pelo cumprimento das condições laborais reguladas neste sector, promovendo-se as horas de trabalho e de descanso que estão estipuladas, prevenindo-se o cansaço das tripulações e, deste modo, incrementar a segurança no transporte.

Quer a questão do uso dos cintos de segurança, cujo auto de contra ordenação corre termos contra os passageiros, quer o controlo dos tempos de trabalho, repouso e descanso dos condutores, fiscalizável através da análise de dados do aparelho tacográfico, instrumento que existe a bordo deste tipo de transporte, são tarefas que cabem às entidades fiscalizadoras, de cujos resultados já prestaram contas.

Em nota final, impõe-se transmitir junto de todos quantos possam ler este pequeno artigo a necessidade do uso do cinto de segurança, apelando-se à máxima divulgação dentro dos respetivos círculos, familiares ou de amizade. A intenção é meritória.

Gabriel Mendes
Coronel da GNR

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