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Pessoas substituem robots na Toyota

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Pessoas substituem robots na Toyota

A Toyota planeia substituir robots nas suas linhas de montagem por pessoas. Considerando a evolução que as unidades fabris no mundo automóvel têm verificado no último meio século, esta decisão pode parecer estranha à primeira vista, mas tem a sua razão de ser. A ideia base que suporta esta medida prende-se com o facto de que os robots por si só não aprendem ou evoluem nada na linha de montagem ao contrário das pessoas que, tendo o conhecimento correcto, saberão evoluir no momento em função de algum desafio ou contratempo que surja na unidade fabril.

Com mais de 50 anos na Toyota, Mitsuru Kawai é hoje o responsável pela implementação de programas na Toyota que promovam o conhecimento em torno do trabalho do metal. A título de exemplo, a Toyota tem programas para os seus empregados que os ensina a fazer uma árvores de cames totalmente do zero. Pessoalmente indicado pelo CEO da Toyota, Akio Toyoda, Kawai defende que quando os empregados dominarem o processo de transformação do metal eles compreenderão como poderão fazer máquinas melhores. O tempo gasto agora na formação dos empregados de maneira a que eles possam resolver os problemas, em vez de apenas terem os problemas, compensa, pois não se limitam a alimentar peças nos robots e chamarem alguém quando há um problema, eles poderão resolvê-lo.

Os novos empregados que já foram formados de acordo com estes novos programas já permitiram em alguns casos reduzir a linha d emontagem em 96% da sua extensão o que tem impacto directo na melhoria da produção das peças e na redução do desperdício no metal utilizado. Em termos concretos, 100 postos de trabalho que eram ocupados por robots já foram substituídos, sendo agora os locais onde os empregados mais recentes recebem este novo tipo de formação.

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Sobre o autor
Pedro Grilo