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Volvo S60 T5 R-Design

Artigo
Volvo S60 T5 R-Design

Visão geral
Marca:

Volvo

Modelo:

S60

Versão:

T5 R-Design

Ano lançamento:

2019

Segmento:

Familiares médios

Nº Portas:

4

Tracção:

Dianteira

Motor:

2.0 Turbo

Pot. máx. (cv/rpm):

250/5500

Vel. máx. (km/h):

240

0-100 km/h (s):

6,5

Consumos (l/100 km):

7,1-8,0 (WLTP)

CO2 (g/km):

161-181 (WLTP)

PVP (€):

50 428/57 867 (unidade testada)

Gostámos

Facilidade e agrado de condução, Habitabilidade, Qualidade, Estética, Ergonomia, Conforto

A rever

Atitude pouco desportiva, Patilhas da caixa no volante opcionais, Direcção algo "vaga"

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Qualidade geral
9.0
Interior
9.0
Segurança
8.0
Desempenho dinâmico
8.0
Conforto
8.0
Equipamento
8.0
Garantias
7.0
Preço
8.0
Se tem pressa...

Uma proposta muito interessante, o novo Volvo S60 T5 R-Design, assim se atribua absoluta correspondência à vertente desportiva da sua designação comercial: R-Design, aqui, aplica-se, mesmo, mais ao estilo do que à forma. O que não deixa de fazer estre um familiar muito rápido, quando assim se pretende, e de condução extremamente acessível

8.1
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Pode parecer um lugar comum afirmar que, após o ensaio ao novo Volvo S60 T5 R-Design, conclui-se que a nova geração da berlina média da marca nórdica, terceira do seu historial, mais não herda do seu antecessor do que o nome. Mas é, efectivamente, assim: agora assente na plataforma modular SPA (Scalable Product Architecture), estreada em 2014 no XC90, e também utilizada, por exemplo, na nova V60, o S60 tornou-se um automóvel muito mais distinto, refinado e evoluído do que aquele que o precedeu, e mais ainda quando comparado com os seus principais rivais – algo que se evidencia logo num primeiro olhar.

Com 4761 mm de comprimento, 1850 mm de largura e 1431 mm de altura, para uma distância entre eixos de 2872 mm, o novo familiar sueco cresceu substancialmente face ao seu predecessor, além de passar a contar com uma magnífica aparência exterior, que a poucos deixa indiferente, em especial quando pintado no vermelho vivo que revestia a carroçaria da unidade testada, e dotado das opcionais jantes de 19” pintadas de preto. Elegante, distinto, mas nem por isso menos dinâmico, bebe, assumida e propositadamente, boa parte da sua inspiração no S90, mas é, visualmente, ainda mais convincente do que este, porque a fórmula de os mesmos elementos estilísticos serem aplicados numa carroçaria mais compacta traduz-se em proporções mais equilibradas entre os vários volumes que a compõem, e num veículo visualmente menos impositivo.

Assumidamente, o novo S60 bebe muita da sua inspiração estética no topo-de-gama S90, mas o resultado será, porventura, ainda mais feliz

Assumidamente, o novo S60 bebe muita da sua inspiração estética no topo-de-gama S90, mas o resultado será, porventura, ainda mais feliz

Para rivalizar diretamente com propostas como o Audi A4, BMW Série 3 ou Mercedes Classe C, o novo S60 evoluiu substancialmente também ao nível do habitáculo. Neste particular, convém sublinhar que a versão aqui em análise, já com apreciável nível de potência, e dotada do acabamento R-Design, conta com um equipamento de série por demais interessante, e acabamentos de pendor igualmente desportivo. Não obstante, o interior acaba por ser tipicamente Volvo, bem ao estilo das suas actuais das séries 60 e 90, e em tudo semelhante ao da V60, excepção feita à bagageira.

Significa isto que o já referido aumento das dimensões exteriores se traduz, desde logo, e como seria expectável, numa generosa habitabilidade para quatro ocupantes, merecendo especial destaque o espaço disponibilizado para as pernas dos passageiros traseiros; assim como numa mala ampla e com um bom acesso, para mais tratando-se de um três volumes. Por outro lado, e mesmo que alguns materiais utilizados em locais mais recônditos do habitáculo não tenham a mesma nobreza do que os que são mais visíveis, a elevada qualidade geral é digna de encómios, o mesmo se aplicando à decoração tipicamente nórdica, tão sóbria quanto elegante, garantindo muito estilo e classe, com uma nota de desportividade na medida certa para que este seja um S60 um pouco diferente dos restantes, e em que a simplicidade parece ser o “truque“ e a pedra de toque para que o resultado final não resulte num veículo excessiva e inutilmente vistoso.

O substancial aumento das dimensões exteriores permitiu incrementar notoriamente a habitabilidade, sendo o espaço para pernas traseiro dos melhores da classe

O substancial aumento das dimensões exteriores permitiu incrementar notoriamente a habitabilidade, sendo o espaço para pernas traseiro dos melhores da classe

Nota de destaque, mais uma vez, para o sistema de infoentretenimento, solução já conhecida de vários modelos da Volvo, mas que continua a primar por ser muito completa, rápida e operação muito fácil e intuitiva. Assim como para a soberba ergonomia e para a óptima posição condução, graças aos bancos dianteiros bastante envolventes (o do condutor multiregulável electricamente, incluindo a extensão do assento), condicentes com a sigla R-Design; e ao volante que, de necessitar de oferecer uma secção inferior plana, conta com dimensões e uma pega soberbas.

Outro atributo a merecer referência é a dotação de dispositivos avançados de assistência à condução, nomeadamente o sistema Pilot Assist, que volta a provar que continua a ser um dos melhores sistema de condução semi-autónoma do mercado do momento. Não significando isto, todavia, que deixe de existir, também, uma extensa lista de opções para esta versão, como a lista de extras instalados na unidade ensaiada bem o comprova…

Qualidade geral de nível superior, equipamento de série completo e evoluídos sistemas avançados de assistência à condução

Qualidade geral de nível superior, equipamento de série completo e evoluídos sistemas avançados de assistência à condução

Trunfo fundamental do S60 T5 R-Design é, também, e naturalmente, o seu motor, já com um apreciável nível de rendimento, mesmo não sendo o mais dotado da família – a oferta inclui, ou incluirá em breve, também a variante T6 de 310 cv, e as opções híbridas plug-in T6 Twin Engine de 340 cv, e T8 Twin Engine de 392 cv (este último podendo montar um pacote desportivo desenvolvido especificamente para o efeito pela Polestar, e em que os técnicos  nórdicos de dedicaram à optimização do motor, suspensão e travões, para um desempenho dinâmico mais acutilante). Ainda assim, os 250 cv de potência, e o binário máximo de 350 Nm, constante entre as 1800-3800 rpm, disponibilizados por este quatro cilindros a gasolina turbocomprimido de 2,0 litros, não são de menosprezar, e as prestações por nós obtidas comprovam isso mesmo.

O que os números não espelham de forma tão evidente é que esta unidade motriz prima, principalmente, pela célere e robusta resposta em quase todos regimes, não sendo particularmente explosiva, antes deveras, linear, com a aceleração a ser sempre bastante progressiva desde os baixos regimes até, praticamente, à red line. Até a sua sonoridade, pelo menos na perspectiva dos condutores mais aguerridos, poderia ser um pouco mais encorpada e substantiva, tudo factores que comprovam não ser esta uma verdadeira berlina desportiva, antes um familiar que tanto permite impor ritmos elevados, como circular calmamente em família e dispor sempre de uma reserva para enfrentar situações mais exigentes. Quanto aos habituais modos de condução Eco, Comfort e Dynamic, fazem variar um pouco a sensibilidade do acelerador, a resposta da caixa e o peso da direção, mas não alteram dramaticamente esta característica.

Acoplada a este motor está a não menos conhecida caixa automática de oito velocidades, também ela merecedora de elogios menos pela rapidez de decisão nas solicitações mais exigentes, do que pela suavidade, até quando utilizada manualmente em sequência. Aqui, menção para uma decisão menos compreensível por parte da Volvo, que nem com o nível de equipamento R-Design oferece de série as patilhas de comando no volante (são um extra disponível por €166), disponibilizando somente a alavanca de comando para efectuar tal operação.

Apesar da aparência dinâmica, reforçada pelo nível R-Design, o comportamento pauta-se mais pela facilidade de condução do que pela eficácia pura

Apesar da aparência dinâmica, reforçada pelo nível R-Design, o comportamento pauta-se mais pela facilidade de condução do que pela eficácia pura

Já no plano dos consumos, a eficiência deste propulsor está acima de qualquer suspeita. A ritmos moderados, e quando praticada uma condução ponderada, dentro dos limites impostos pela lei, os valores de consumo obtido são de grande nível, inclusivamente em cidade, ao nível de modelos do mesmo segmento, mas equipados com motores com cerca de metade da potência. Claro que, quando o empenho aumenta, a frugalidade decresce na mesma proporção, sendo melhor contar com médias na casa dos 13,0 l/100 km quando se adoptam ritmos mais intensos, com uma condução permanentemente “a fundo” a registar valores na ordem dos 18,0 l. Ainda assim, nada que surpreenda, tendo em conta o rendimento em questão.

Em consonância com o carácter do motor e da transmissão está o desempenho dinâmico, que nem a afinação mais desportiva da suspensão, incluída no nível R-Design, ou as opcionais jantes de 19”, revestidas por pneus de medida 235/40, são capazes de alterar significativamente. Apesar da frente rápida e precisa, e de uma atitude tendencialmente muito neutra e previsível, sente-se que a traseira, quando provocada, podia aumentar a agilidade em curva se electrónica assim o permitisse – só que o controlo de estabilidade apenas oferece um modo “desportivo”, sendo que, nas situações mais extremas, ainda que este esteja activado, acaba sempre por intervir, assim impedindo que os mais dotados possam usufruir de uma outra emoção ao volante.

A afinação mais firma da suspensão, e as opcionais rodas de 19", não condicionam dramaticamente o conforto de marcha

A afinação mais firma da suspensão, e as opcionais rodas de 19″, não condicionam dramaticamente o conforto de marcha

A excelência do châssis fica, assim, condicionada por uma afinação que visa, acima de tudo, a facilidade de condução – e o facto é que qualquer um conduz este S60 a ritmos proibitivos com relativa facilidade. O S60 T5 R-Design é, pois, um familiar que pode ser (muito) rápido, um automóvel deveras seguro e que transmite grande confiança a quem ocupa o melhor lugar a bordo, mas mais fácil de conduzir do que primando, propriamente, pela eficácia pura em condução desportiva – e se o competente sistema de travagem não merece reparos, merece ser revista a direção algo vaga e pouco comunicativa, mesmo no modo de condução Dynamic. Em compensação, e mais uma vez confirmando a sua vocação primordialmente familiar/executiva, o conforto de marcha é muito bom, apesar da afinação da suspensão mais firme do que o habitual e dos pneus de perfil 40 montados em rodas 19” – não sendo um “tapete rolante”, em especial quando tem que enfrentar pisos menos bem conservados, este é um automóvel que “pisa” bastante bem e absorve eficazmente as irregularidades, sobretudo tendo em conta o seu pendor mais aguerrido.

Por fim, mas não menos importante, a vertente comercial. No mercado nacional, pode afirmar-se que, no momento, o novo Volvo S60 T5 R-Design apenas tem como rival directo o BMW 330i de 258 cv, um automóvel mais caro e menos equipado, o que, desde logo, faz do modelo nórdico uma opção competitiva e, por consequência, a ter em conta por quem procure um automóvel deste género. Ora, sendo este um veículo que acaba por ser muito fácil de se gostar, talvez o melhor seja aproveitar enquanto a Volvo não cumpre promessa de electrificar por completo a sua gama, e ter em todos os seus modelos a velocidade máxima limitada a 180 km/h…

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Bancos com protecção contra os embates pela traseira (Whiplash)
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Travagem automática de emergência com  reconhecimento de peões
Assistente à manutenção na faixa de rodagem
Assistente aos arranques em subida
Pilot Assist
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Painel de instrumentos totalmente digital com ecrã de 12,3"
Selector de modos de condução
Bancos em pele
Bancos do condutor eléctrico
Bancos dianteiros com extensão manual do assento
Volante multifunções em pele, regulável em altura+profundidade
Sistema multimédia com ecrã de 8″+2xUSB/Aux
Mãos-livres Bluetooth
Sistema de navegação
Direcção com assistência electrohidráulica variável
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior+exteriores electrocromáticos
Cruise control+limitador de velocidade
Sensores de estacionamento traseiros
Sensor de luz/chuva
Faróis por LED
Jantes de liga leve de 18″
Kit de reparação de furos
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Tomada de 12 Volt na bagageira
Rede de protecção de carga

Pack IntelliSafe Pro (€1796 – inclui: cruise control adaptativo; sistema de monitorização do ângulo morto)
Pack Light (€1070 – inclui: faróis por LED; faróis de nevoeiro; lava-faróis)
Pack Park Assist (€677 – inclui: sensores de estacionamento dianteiros+traseiros; caâmra de visão panorâmica de 360°; câmara de estacionamneto traseira)
Pack Versatility Pro (€923 – inclui: fecho de segurança eléctrico das portas traseiras; rebatimento eléctrico dos bancos traseiros; rebatimento eléctrico dos encostos de cabeça traseiros; acesso sem chave; porta-luvas com trancamento)
Jantes de liga leve de 19" com pneus 235/40 (€584)
Banco do condutor com memória de posição (€61)
Banco do passageiro eléctrico (€461)
Leitor de CD (€111)
Sistema de som Harman Kardon (€861)
Pintura metalizada (€923)

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zyrgon