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Mais inteligente do que um smartwatch

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Mais inteligente do que um smartwatch

A primeira grande novidade relojoeira de 2015 foi desvelada pela Montblanc directamente para um selecto grupo de títulos da imprensa especializada. Após um ano de 2014 em que tanto se falou de smartwatches, e de como poderiam afectar a relojoaria tradicional, a marca germano-suíça apresenta uma solução que permite combinar o melhor dos dois mundos – o mecânico e o eletrónico.

No primeiro dia de 2015, Jérôme Lambert lançou selectivamente uma novidade da Montblanc que deixou os muitos rivais e uma grande parte do universo relojoeiro a reagir como os interlocutores de Cristóvão Colombo quando o famoso explorador espetou um ovo em cima da mesa para mostrar como é que era possível mantê-lo em pé: “Assim também eu!”.

Pois, mas, por mais simples que uma solução do tipo Ovo de Colombo pareça a posteriori, é preciso ter previamente a ideia e depois concretizá-la. Com o advento dos smartwatches, e a recordação da enorme crise que os relógios de quartzo provocaram na relojoaria mecânica tradicional, entre a década de 1970 e inícios da década de 1990, até à reabilitação da relojoaria mecânica, houve muitos alarmes a soar e a própria indústria relojoeira suíça tentou encontrar soluções à altura. A TAG Heuer está a puxar pela sua herança vanguardista no campo da electrónica e há marcas a nascer com o propósito de juntar movimentos mecânicos a sistemas electrónicos, como a Hyetis. A Montblanc encontrou, para já, uma solução que se afigura ideal para colocar a tão almejada conectividade no pulso de todos aqueles que não querem dispensar os seus relógios de culto.

A arma secreta agora desvelada pela Montblanc, e seguramente escalpelizada no Salon International de la Haute Horlogerie, que se realiza em Genebra, dentro de duas semanas, não está no relógio — está numa funcional bracelete para relógio concebida em pele com fibras de carbono (denominada Montblanc Extreme Leather), que inclui tecnologia integrada num aparelho dotado de ecrã e que fornece dados ao utilizador: registo de actividade, notificações, controlos remotos e funções Find-Me. Liga-se, através de Bluetooth Low Energy, a terminais Android e iOS (iPhone a partir do modelo 4S, 5, 5C, 5S, 6 e 6+; SamsungGalaxy S4, S5, Note 3, Note 4 e vários outros com o sistema Android 4.3 e actualizações).

A e-Strap pode ser ajustada para correias com larguras de 20 e 22 milímetros, tendo tratamento contra abrasão, repelente de água e resistência ao fogo. O aparelhómetro permite registrar notificações através de vibração, preview de e-mails, leitura de mensagens, verificação de chamadas e novidades nas redes sociais. A função “activity tracker” é dedicada aos que pretendem monitorizar a sua atividade física, passos dados, calorias queimadas, distância percorrida e os progressos semanais e mensais. A função de controlo remoto permite mesmo tirar fotografias com um toque digital e activar os registos musicais. E a função “Find Me” permite encontrar o telemóvel (dotado da aplicação correspondente) num raio de 30 metros.

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O preço é perfeitamente acessível e deverá andar à volta dos 370 euros em Portugal. Já os três novos relógios desvelados juntamente com a e-Strap têm um preço mais de acordo com a relojoaria mecânica de prestígio (e que inclui obviamente a e-Strap): o TimeWalker Urban Speed Automatic e-Strap será comercializado um pouco acima dos 3000 euros; o TimeWalker Speed UTC e-Strap com tempo universal um pouco acima dos 4000 euros; e, finalmente, o TimeWalker Urban Speed Chronograph e-Strap à volta dos 4850 euros. Todos modelos com inspiração e visual urbano, mas para já só foram reveladas imagens do cronógrafo.

Miguel Seabra
Espiral do Tempo

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