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Novo Mazda MX-5 em Setembro desde €24 450

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Novo Mazda MX-5 em Setembro desde €24 450

São 26 anos no activo, e mais de 950 mil unidades vendidas nesse período – cifra que faz do MX-5 o roadster mais vendido de sempre. A nova geração do emblemático modelo japonês, a quarta da sua existência, acaba de ser apresentada à imprensa internacional, e inicia a sua carreira comercial em Portugal dentro de poucos dias, já no início do próximo mês de Setembro.

Ainda que mantendo o nome, e a filosofia que sempre o caracterizou, é forçoso realçar que o MX-5 desta quarta geração é um automóvel completamente novo, que evoluiu em todas as áreas, sem excepção. Mas sem perverter, de todo (bem pelo contrário!) o conceito que garantiu o seu sucesso ao longo de mais de um quarto século: peso reduzido e perfeitamente distribuído pelos dois eixos, combinado com uma elevada eficácia dinâmica e uma grande agilidade em curva – tudo concorrendo para um inegável prazer de condução.

O prazer de condução é algo que sempre foi indissociável do MX-5, e a sua nova geração não foge à regra

O prazer de condução é algo que sempre foi indissociável do MX-5, e a sua nova geração não foge à regra

Como sempre, o MX-5 adopta uma arquitectura de motor dianteiro e tracção dianteira, tendo agora por base uma plataforma inédita, desenvolvida em parceria com o Grupo Fiat, e que também servirá diversos modelos do grupo italiano – espera-se que da Alfa Romeo, da Fiat e, até, da Abarth. Graças a esta plataforma, que inclusivamente permite uma colocação mais baixa e recuada do motor, o centro de gravidade também baixou, o que, obviamente, tem reflexos positivos no desempenho dinâmico. Por outro lado, o recurso mais extensivo ao alumínio, a par de várias medidas que visaram reduzir o peso sempre que e onde possível, permite ao novo MX-5 ser mais leve do que o seu antecessor (perto dos 1000 kg em qualquer das duas versões disponíveis), apesar de mais equipado, robusto e resistente.

Sob o capot o modelo pode ter montado o motor 1.5 de 131 cv/7000 rpm e 150 Nm/480 rpm, ou o 2.0 de 160 cv/6000 rpm e 200 Nm/4600 rpm. A caixa manual de seis velocidades, como sempre de curso curto e comando rápido, mas a exigir alguma virilidade no manuseamento, é exactamente a mesma em ambas as variantes, inclusivamente ao nível do escalonamento e, até, da relação final. A única diferença, em termos de transmissão, é que só a versão mais potente dispõe de diferencial autoblocante, o que, naturalmente, terá as suas consequências em termos de eficácia dinâmica e prazer de condução.

É o motor 2.0 de 160 cv que faz maior justiça ao excelente châssis do novo MX-5

É o motor 2.0 de 160 cv que faz maior justiça ao excelente châssis do novo MX-5

Como seria fácil de adivinhar, é na estrada que, fazendo jus à tradição, o MX-5 exibe os seus melhores argumentos. Sempre muito reactivo, dispõe de uma frente rápida e precisa, de uma direcção bastante directa e comunicativa, e daquela atitude em curva que facilmente permite provocar a traseira de modo a ganhar maior agilidade. No caso da versão 2.0, o autoblocante e o maior rendimento do motor permitem tirar vantagem maior deste atributo, mas há que reconhecer que mesmo o MX-5 1.5 é capaz de proporcionar muitos e bons momentos de prazer ao volante, mesmo que as prestações sejam um pouco justas face às potencialidades do châssis, nomeadamente nas recuperações.

Quanto ao resto, a estética segue os mais recentes cânones estilísticos da Mazda, respeitando o definido pelo conhecido Kodo Design, mas com a vantagem de, apesar de moderna e actual, contar com os elementos que permitem identificar de imediato o modelo como um MX-5. Isto conjugado com uma agradável agressividade visual e uma grande fluidez de formas.

O habitáculo é acolhedor e a posiçao de condução óptima. Já o espaço reservado ao passageiro é condicionado pela intromissão da transmissão

O habitáculo é acolhedor e a posiçao de condução óptima. Já o espaço reservado ao passageiro é condicionado pela intromissão da transmissão

O mesmo se aplica ao interior, modernizado, com um apreciável nível de qualidade geral (mais pelo rigor da montagem do que pela nobreza dos materiais) e já dotado de algumas das mais recentes tecnologias destinadas a incrementar a segurança activa e passiva, bem como o conforto a bordo. O principal senão é que se o posto de condução é simplesmente soberbo (ainda mais perto do chão do que na geração interior), o lugar do passageiro é prejudicado pela intrusão da transmissão no espaço reservado às respectivas pernas, tornando as deslocações mais longas pouco agradáveis, pela dificuldade em adoptar uma postura minimamente confortável. Quanto à capota de lona, continua a primar pela simplicidade, contando com um sistema de abertura e fecho que permite operá-la, sem dificuldade, como uma só mão, a partir do habitáculo.

Em Portugal, o MX-5 estará disponível com os níveis de equipamento Essence, Evolve e Excellence na versão 1.5, e apenas com o nível Excellence na variante 2.0 – sendo ainda propostos os packs High Safety (por €1925 inclui ar condicionado automático; assistente à manutenção na faixa de rodagem; sensores de luz e chuva; estofos em pele e bancos aquecidos); Sport (oferece os bancos Recaro, os faróis direccionais e o assistente de máximos por €2440) e Navi (sistema de navegação, proposto por €400). Os preços têm início nos €24 450 para o 1.5 Essence; nos €26 550 para o 1.5 Evolve; nos €30 550 para o 1.5 Excellence; e nos €38 050 para o 2.0 Excellence. A Mazda espera vender no mercado luso 100 unidades do novo MX-5 até final de 2015.

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zyrgon