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Ford EcoSport 1.5 TDCi Titanium

Artigo
Ford EcoSport 1.5 TDCi Titanium

Visão geral
Marca:

Ford

Modelo:

EcoSport

Versão:

1.5 TDCi Titanium

Segmento:

SUV

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.5 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

90/3750

Vel. máx. (km/h):

160

0-100 km/h (s):

14,0

CO2 (g/km):

120

PVP (€):

23 850/24 820

Gostámos

Utilização citadina, Motor suave, Consumo em cidade, Conforto de marcha, Classe 1 nas portagens

A rever

Velocidade máxima reduzida, Qualidade de materiais mediana, ESP muito interventivo, Acesso à bagageira

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Qualidade geral
6.0
Interior
8.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
6.0
Desempenho dinâmico
7.0
Consumos e emissões
6.0
Conforto
8.0
Equipamento
8.0
Garantias
7.0
Preço
6.0
Se tem pressa...

Desenvolvido no Brasil, produzido na Índia, e tendo por base o Fiesta, o EcoSport, a nova aposta da Ford para a classe dos “SUV urbanos”, directamente de um utilitário e, como tal, é no perímetro urbano que mais à vontade se sente, principalmente nesta versão Diesel 1.5 TDCi. O preço menos apelativo do que o praticado por alguns rivais directos é em parte compensado por um equipamento de série generoso, ainda mais reforçado nesta fase de lançamento

7.0
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SUV citadino? Mini-SUV? Seja qual for a definição mais apropriada, confesso que ainda não percebi bem o que acrescentam (se é que alguma coisa…) os modelos que se enquadram neste subsegmento de mercado aos tradicionais utilitários, que não seja a sua aparência mais juvenil e, em certos casos, aventureira. Mas parece que o conceito está aí para ficar, e claro que as principais marcas não podem deixar de acompanhar uma tendência que elas próprias tudo fizeram para criar.

No caso da Ford, depois de uma primeira experiência, porventura prematura, e nada bem sucedida, com o Fusion (nome que, ainda para mais, no mercado americano, identifica uma berlina familiar de razoáveis dimensões para os padrões europeus), o regresso ao tema faz-se com um mais bem preparado EcoSport. Trata-se do primeiro modelo global da marca desenvolvido no Brasil, que volta a ter por base a plataforma do Fiesta e é produzido na Índia – segundo o seu construtor, respeitando os padrões vigentes no Velho Continente.

Em Portugal, o EcoSport é disponibilizado num único nível de equipamento Titanium, com os motores 1.0 de 125 cv e 1.5 TDCi de 90 cv. Face a alguns concorrentes, começa por ter a vantagem de ser Classe 1 nas portagens nacionais, o que já não é pouco. Para o conseguir, a Ford procedeu a uma ligeira alteração na suspensão, que reduz liminarmente a altura ao solo, para cumprir com os pressupostos exigidos pela lei, e que não afectará em nada o desempenho dinâmico do veículo.

O pneu suplente colocado no exterior do portão traseiro associa ao Ford EcoSport uma noção de evasão que a prática não confirma

O pneu suplente colocado no exterior do portão traseiro associa ao Ford EcoSport uma noção de evasão que a prática não confirma

À partida para o teste do EcoSport 1.5 TDCi, o que primeira saltou à vista foi a roda sobressalente colocada no portão traseiro. Uma solução que tem as suas vantagens: de algum modo reforça o ar “TT” do modelo e permite dispor de um verdadeiro pneu suplente. Mas também tem os seus inconvenientes: obriga a dispor de mais espaço para estacionar entre veículos e, principalmente, para aceder à bagageira, uma vez que a quinta porta abre lateralmente.

De resto, este é um automóvel de linhas agradáveis, cujo principal trunfo talvez seja respeitarem os pressupostos da mais recente linguagem estilística do seu construtor, com as suas formas afiladas que de imediato o identificam como um Ford. Pessoalmente, creio que há alguma desproporção entre a largura e a altura, que faz sobressair a segunda, algo que as rodas pequenas também não ajudam a dissimular (resta saber que contributo poderão dar aqui as jantes de 17” incluídas no equipamento de série durante a fase de lançamento do EcoSport em Portugal, e de que o veículo ensaiado não dispunha, antes montando as originais de 16”, por se tratar de uma unidade pré-série). Ainda neste domínio, só mais uma nota que dirá algo sobre a estética algo anónima do modelo: vale o que vale, mas este foi, sem dúvida, um dos automóveis totalmente novos, e ainda nada vistos entre nós, que tive oportunidade de conduzir nos últimos anos, que menos atenções despertou junto daqueles com quem se cruzou.

Painel de instrumentos, tablier e consola central evocam o Fiesta, patenteando a origem do EcoSport

Painel de instrumentos, tablier e consola central evocam o Fiesta, patenteando a origem do EcoSport

Se as linhas exteriores evocam, genericamente, os actuais Ford, já o habitáculo, muito por culpa da consola central e do painel de instrumentos, faz de imediato lembrar o Fiesta. Pelo menos na aparência e na funcionalidade, já que a ausência do revestimento macio e esponjoso que os reveste naquele utilitário, a par da qualidade não mais do que mediana de outros materiais e dos acabamentos, coloca o EcoSport nitidamente aquém do que são os padrões de qualidade dos Ford produzidos na Europa. Quanto a alguns perturbantes ruídos parasitas audíveis na unidade testada, mesmo em bom piso, demos o benefício da dúvida de se deverem ao facto de esta ser, como referido, de pré-série.

De resto, a decoração interior é agradável e o espaço disponível razoável, se bem que um pouco limitado em comprimento atrás, ao passo que versatilidade acaba por ser incrementada por pormenores como a tomada de 12 Volt colocada junto ao lugar traseiro direito ou a regulação em inclinação das costas do banco posterior. Vantagem que também não é despicienda, e resulta em parte da colocação da roda suplente no exterior, é uma bagageira com mais 43 litros de capacidade do que a do Fiesta.

É no perímetro urbano e suburbano que o Ford EcoSport 1.5 TDCi melhor conta dá de si, oferecendo uma condução fácil e agradável, assim como consumos comedidos

É no perímetro urbano e suburbano que o Ford EcoSport 1.5 TDCi melhor conta dá de si, oferecendo uma condução fácil e agradável, assim como consumos comedidos

De volta à questão inicial: faz algum sentido associar o termo SUV a este género de veículo? A meu ver, não. Apesar do aspecto, o EcoSport, desprovido de qualquer auxiliar destinado a permitir-lhe evoluir fora de estrada (tracção integral, pneus mistos, controlo de tracção optimizado ou outro), tem aptidões TT não mais do que nulas, e será capaz de enfrentar, quando muito, estradões de terra com praticamente a mesma facilidade que qualquer automóvel dito tradicional, até porque bate no chão com relativa facilidade nos terrenos mais acidentados.

Aliás, e por paradoxal que tal possa parecer (ou não…), acaba por ser em ambiente urbano e nas pequenas deslocações que o Ford EcoSport 1.5 TDCi melhor conta dá de si. É aqui que o motor de 90 cv dá razoável conta do recado, fazendo valer-se de uma interessante disponibilidade a baixo e médio regime e de um funcionamento suficientemente suave e silencioso, assim como de consumos reduzidos. O agrado e a facilidade de condução são ainda garantidos pelas dimensões contidas, pelo apreciável conforto de marcha e por uma direcção eficaz.

Ford EcoSport 1.5 TDCi Titanium

Ford EcoSport 1.5 TDCi Titanium

Em estrada aberta, como em percursos mais sinuosos, o comportamento dinâmico não merece reparos, revelando-se honesto e eficaz, com reacções sempre previsíveis. Pena que, porventura para tentar compensar o centro de gravidade mais elevado do EcoSport, a Ford tenha aqui adoptado um controlo de estabilidade com uma calibragem que o torna demasiado interventivo, actuando prematura e impositivamente em demasiadas situações, acabando por castrar muito do possível prazer ao volante. Também se lamenta que não seja possível inibir o funcionamento deste dispositivo, e que até desligar o controlo de tracção obrigue a recorrer ao menu de bordo (o qual também já merecia uma simplificação e, quiçá, um novo grafismo, já que de conteúdo até é bastante completo).

Apesar disso, não é aqui que reside o principal óbice do EcoSport em trajectos mais longos, mas sim nas limitações do motor e da caixa manual de cinco velocidades com uma quinta bastante desmultiplicada. Não só as acelerações são pobres, e a velocidade máxima está limitada a 160 km/h, como se torna difícil progredir sem recorrer à caixa sempre que o relevo se acentua (as recuperações em quinta velocidade chegam a ser penosas), ou mesmo ir para além dos 140 km/h no velocímetro quando se transportam quatro passageiros e respectivos pertences. Como seria de esperar, nestas condições os consumos também tendem a ser pouco apelativos, ficando acima de rivais com mais 75% de potencia quando a velocidades estabilizadas, e aproximando-se dos 12,0 l/100 km quando se pretende extrair da mecânica tudo o que esta tenha para dar.

O Ford EcoSport 1.5 TDCi Titanium acaba, assim, e como a maioria dos seus rivais, por ser um automóvel que, não obstante o seu ar mais “cool”, tem nos percursos urbanos e suburbanos o seu habitat natural, onde oferece uma condução fácil e consumos comedidos – o que nem será de estranhar tendo em conta ter por base um utilitário. Quanto ao preço, a nova proposta da Ford exige o dispêndio de €23 850 nesta sua versão Diesel, valor que não será dos mais baixos do mercado, mas tem o mérito de incluir uma completa dotação de equipamento de série, mais ainda nesta fase de lançamento, a que acrescenta o Pack Oferta (sensores de luz e de chuva, retrovisor interior electrocromático, cruise-control, Ford Sync com AppLink, sensores de estacionamento traseiros e jantes de liga leve de 17″ com pneus 205/50). E, convém não esquecer, é Classe 1 nas portagens!

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Airbag para condutor e passageiro
Airbag para os joelhos do condutor
Airbags laterais
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Banco do condutor com regulação em altura
Banco rebatível 60/40
Volante regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Rádio com leitor de CD/mp3/tomadas USB+Aux
Chave electrónica
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Faróis de nevoeiro
Barras de tejadilho
Jantes de liga leve de 16”
Roda suplente de dimensões normais no exterior do portão traseiro
Oferta Pacote de lançamento (inclui Pack Exclusive [sensores de luz+chuva, retrovisor interior electrocromático, cruise-control], Ford Sync com AppLink, sensores de estacionamento traseiros e jantes de liga leve de 17″ com pneus 205/50)

Pintura White Solid (€120)
Pack couro (€850)

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zyrgon