Volvo XC90 D5 AWD Inscription

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A opcional suspensão pneumáta oferece um comando da regulação da respectiva altura, montado na bagageira, para facilitar as operações de carga e descarga

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Em opção, o ar condicionado pode dispor de saídas específicas para a traseira, com regulação independente da temperatura

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O espaço na segunda fila de bancos é bastante amplo, mesmo quando estes estão chegados o mais à frente possível

As opcionais jantes de 21" podem aumentar o apelo visual, mas condicionam o conforto em mau piso

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Volvo XC90 D5 AWD Inscription

Os apreciadores da boa qualidade sonora decerto darão por bem empregues os €382 pedidos pelo sistema de som Bowes&Wilkins

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Os bancos dianteiros eléctricos, com memória para o condutor, fazem parte do equipamento de série do nível Inscription

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Invertendo um pouco, por razões logísticas, a ordem de chegada das várias versões a Portugal, depois da análise ao mais acessível Volvo XC90, na sua versão de 200 cv e tracção dianteira, é agora tempo de dar a conhecer os predicados da mais dotada das variantes a gasóleo do SUV sueco: a equipada com a derivação de 225 cv do motor turbodiesel de 2,0 litros, combinada com a tracção integral permanente e o nível de equipamento Incription – o mais refinado da gama. Um automóvel a que dificilmente os apreciadores do género conseguirão ficar indiferentes.

Muitas vezes utilizada, muitas menos tendo verdadeira correspondência prática, a expressão “partir de uma folha em branco” aplica-se na plenitude à mais recente geração do XC90, um SUV em que tudo é novo, da plataforma às linhas exteriores. Aliás, a estética será mesmo um dos maiores atributos do novo XC90, graças à simplicidade das linhas exteriores, que conferem à carroçaria uma aparência, ao mesmo tempo, elegante e distinta, com um toque muito agradável de dinamismo. Tudo atributos que se mantém intocados neste XC90 D5 AWD Inscription.

Pela originalidade, como pela elegância e classe, as linhas exteriores são um dos grandes atributos do novo Volvo XC90

Já o interior confirma a boa impressão colhida num primeiro olhar: design e decoração tipicamente nórdicos, resultando num habitáculo moderno mas acolhedor. A qualidade geral, como já aqui tivemos oportunidade de referir, é de nível superior, permitindo ao SUV enfrentar, sem complexos, os seus mais reputados rivais germânicos ou britânicos neste particular. Também dignos (mais uma vez) de menção são os pormenores que marcam a diferença no habitáculo do XC90, como o selector do modo de condução e o interruptor quadrangular rotativo da ignição a imitar cristal. O enorme ecrã táctil de 12,3” do sistema Sensus de infoentretenimento é outro elemento a merecer destaque, funcionando como um verdadeiro tablet no controlo de um dos mais evoluídos e convincentes dispositivos do género do momento, quer pelo seu grafismo e organização de menús, quer pela sua rapidez (mesmo que pecando por existirem funções que não estão disponíveis em todos os modos de condução, e outras cujo acesso não é o mais óbvio).

O espaço habitável é generoso em todos os lugares, até mesmo bancos bancos da terceira fila, sendo possível adaptar o espaço aí disponível, como na segunda fila, fruto da regulação longitudinal oferecida pelos três bancos que compõem esta última. A capacidade da bagageira é, naturalmente, limitada quando se faz uso dos sete lugares; deveras generosa quando com apenas cinco bancos montados; e praticamente digna de um furgão com todos os cinco bancos traseiros rebatidos.

Na frente, além do espaço amplo, pontificam os excelentes bancos multireguláveis eletricamente, no caso revestidos a pele e com ventilação, ou não fosse a versão analisada a D5 AWD Inscription. O posto de condução também não merece reparos, e até o pequeno volante tem uma pega e dimensões perfeitas; o opcional sistema de som Bowers&Wilkins é um verdadeiro deleite para os ouvidos.

Acolhedor, espaçoso e versátil, muito bem construído, e bastante bem equipado nesta versão Inscription, não há muito que se possa apontar ao interior do novo XC90

Assente na nova plataforma SPA (Scalable Product Architecture) da Volvo, o XC90 tem na variante D5 a mais poderosa entre as animadas por motores a gasóleo. Sob o capot está o quatro cilindros biturbo de 225 cv e 470 Nm, só possível de combinar com a caixa automática de oito velocidades, uma unidade suficientemente competente e dotada para garantir uma condução fácil e agradável na generalidade das circunstâncias, por via da sua apreciável capacidade de resposta em quase todos os regimes – mesmo que, comparativamente à versão de 200 cv e tracção dianteira, as vantagens práticas só sejam notórias em aceleração.

E se é um facto que garante consumos bastante aceitáveis, mesmo em cidade (abaixo dos 10,0 l/100 km), tendo em conta o seu rendimento, assim como as dimensões e peso do XC90, este propulsor peca, contudo, por um ruído demasiado e algo esforçado nas solicitações mais exigentes, que só não é mais incómodo para quem segue a bordo devido ao óptimo trabalho levado a cabo pelos técnicos nórdicos ao nível da insonorização. Quanto ao desempenho da caixa de velocidades, é, as mais das vezes, aceitável, mas a ritmos mais dinâmicos são frequentes as suas hesitações na escolha da mudança ideal, o que só se consegue contornar recorrendo ao seu comando manual sequencial – não se compreendendo, neste particular, a não disponibilização, nem como opção, das patilhas do volante para o efeito (estão disponíveis apenas nas versões R-Design), tanto mais que o comando sequencial do punho está “invertido” face ao que seria lógico, ou seja, desmultiplicando para a frente, e reduzindo para trás.

Para ajustar o funcionamento dos seus diversos componentes mecânicos, o XC90 conta com os modos de funcionamento Eco, Comfort, Dynamic, Individual, Off Road, ajustando em conformidade a resposta do motor e da transmissão, assim como a opcional suspensão pneumática Four-C quando instalada (como acontecia com a unidade avaliada). Em termos gerais, o comportamento dinâmico do XC90N D5 AWD é honesto, equilibrado e previsível, embora nunca consiga disfarçar as suas dimensões e peso, mesmo com o châssis Four-C.

Através do selector do Drive Mode, o condutor pode optar entre cinco modos de utilização, um deles especificamente destinado ao fora de estrada

Mais convincente em estrada aberta, auto-estrada e em curvas rápidas, o modelo revela-se menos à vontade nos traçados sinuosos, em que facilmente revela a sua tendência subviradora sempre que se adoptam ritmos mais empenhados – sendo este um daqueles domínios em que fica nitidamente aquém dos seus opositores germânicos. É, no que ao asfalto diz respeito, um SUV muito mais vocacionado para as grandes viagens, para fazer quilómetros atrás de quilómetros, do que destinado aos apreciadores de uma condução mais envolvente.

Nota ainda para o conforto, que está longe de ser uma referência em pisos menos bem conservados nesta versão com suspensão pneumática e opcionais jantes de 21”, revestidas por pneus 275/40. Por apelativas que possam ser visualmente, estas jantes parecem condicionar, de forma evidente, o conforto, pelo que são opção a descartar por aqueles que prezem o bem estar de quem segue a bordo – inclusive o seu próprio…

É em estrada aberta, sobretudo nas tiradas mais longas, que o XC90 D5 AWD Momentum revela uma das suas principais qualidades – o ser um viajante nato

Resta referir que se, em estrada, o novo XC90 pode não ser tão eficaz quanto a concorrência alemã, fora dela só terá rival nos modelos da Range Rover ou no Porsche Cayenne. Com a referida suspensão pneumática (que pode ser controlada também a partir da bagageira, para facilitar as operações de cargas e descargas), a altura ao solo varia entre 227 mm e 267 mm (fixa de 238 mm nas versões com suspensão convencional); a passagem a vau é de 450 mm; os ângulos de ataque (23,8°), saída (23,2°) e ventral (21,3°) são interessantes; e o modo Off-road ajusta o funcionamento da mecânica para permitir-lhe ultrapassar dificuldades e obstáculos que só não podem ser mais radicais devido aos referidos pneus de baixo perfil.

No final, e tudo somado, a verdade é que o XC90 D5 AWD Inscription deu muito boa conta de si, dando mostras de que a Volvo não descurou em nada o seu regresso ao mais alto nível ao segmento dos SUV de grande porte. Esta é, sem dúvida, uma opção mais do que válida, tanto aos modelos alemães como aos britânicos, sobretudo para quem preze as valências em que a proposta nórdica é mais convincente.

Quanto a preços, é um facto que esta versão de topo já custa uns significativos €83 723, e que a unidade ensaiada, carregada de opcionais, apresenta como factura nada menos do que €104 498. Mas também é obrigatório referir que um XC90 D5 AWD está disponível desde €72 376; e que a versão D4 FWD com tracção dianteira, de acesso à gama, é proposta por uns redondos e muito interessantes €60 827.

Com tracção integral, o XC90 não é o mais “trialeiro” dos SUV do mercado, mas está apto a enfrentar a maioria das dificuldades que se lhe podem deparar no fora de estrada, graças à tracção integral e aos favoráveis ângulos característicos. Com a opcional suspensão pneumática, o potencial aumenta graças ao aumento da altura ao solo