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Não há como experimentar

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Não há como experimentar

Na nossa sociedade moderna, a mobilidade é a base para a prosperidade e inclusão social. Usamos o nosso veículo privado para ir trabalhar, para ir ao ginásio ou ao teatro, para levar os nossos filhos à escola ou para ir de férias. Mas, algo tem que mudar para que a nossa economia possa realmente funcionar e continuar a crescer.

Face às alterações climáticas e uma vez que os recursos que utilizamos são finitos e poluentes, a nossa mobilidade tem de se tornar mais sustentável e mais amiga do ambiente. Esta é a única forma de garantir uma mobilidade acessível e ambientalmente aceitável ​​no futuro.

É necessário pensar em novas e alternativas formas de motorização. A mobilidade elétrica, em particular, apresenta-se como uma grande oportunidade que devemos definitivamente explorar, para o benefício dos cidadãos, da nossa indústria e do nosso planeta.

É muito importante que os governos invistam em intensificar o seu compromisso e apoio a este setor e a esta nova forma de nos movermos: através do financiamento ao desenvolvimento de novas soluções, oferecendo incentivos fiscais, a concessão de privilégios para veículos elétricos em circulação, projetos-piloto experimentais e outras medidas, que poderão dar às pessoas a possibilidade de experimentar esta nova forma de mobilidade e torná-la disponível e acessível para o seu uso diário e comum.

Mas afinal, o que é um veículo elétrico? Será que serve para as minhas necessidades? Mas eles não são feios? Têm desempenho comparado com os veículos atuais? E as baterias, viciam? Mas já existem? Sobem a minha rua? A bateria dura quanto tempo? Mas quantos quilómetros permitem andar? Demoram muito tempo a carregar, não demoram? Onde posso carregar? Quanto custa carregar um veículo elétrico?

Estas são apenas algumas das questões comuns, com que nos deparamos.

Atualmente, todas as grandes marcas mundiais têm no seu portfólio pelo menos um veículo plug-in (de ligar á tomada) ou um ou mais veículos 100% elétricos. A mobilidade baseada em eletricidade, já é atualmente, mais eficiente energeticamente do que os motores de combustão interna. Isto significa que para a mesma quantidade de energia conseguem percorrer mais quilómetros. Já para não falar no custo para percorrer 100 km, que é 4 a 5 vezes inferior quando se utiliza eletricidade. São extremamente eficientes em condições de muito trafego, em situações de pára-arranca, tornando-os ideias para o centro das cidades. Para além disso os veículos elétricos têm em geral mais binário e disponível logo no arranque, o que lhes permite acelerações 0-100 km/h em menos tempo que os veículos convencionais.

Por exemplo o Mercedes SLS AMG Electric Drive (100% elétrico), equipado com quatro motores elétricos, debita uma potência de 751cv e um binário de 1000 Nm, ou seja, mais 179 cv e 351 Nm de binário que o V8 AMG de 6,2 litros do SLS AMG a combustão.

Mercedes SLS E-cell

A marca alemã anuncia uma aceleração 0-100 km/h em 4,6 segundos e uma velocidade máxima (eletronicamente limitada) de 200 km/h, mas já provou em pista que consegue fazer 3,9 segundos.

A médio e longo prazo, a mobilidade elétrica pode também ajudar na transição para a proliferação das energias renováveis ​​como parte da transformação do sistema de energia, uma vez que pode atuar como sistema de armazenamento.

Os veículos elétricos já são em alguns países europeus, os veículos atualmente mais vendidos, embora em Portugal a sua adoção seja ainda pouco significativa. No nosso país existem atualmente cerca de 500 veículos elétricos em circulação, temos uma infraestrutura pública de 1200 tomadas de carga, dos quais nove são carregadores rápidos, uma cobertura nacional em 35 municípios, contando já com mais de 150 MWh de energia carregada, num total de mais de 30 000 carregamentos efetuados, significando uma poupança de CO2 toneladas.

Para além disso os carregamentos, em locais públicos, continuam gratuitos! Está na altura de experimentar.

José Henriques
MAGNUM CAP

 

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