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Kia Carens 1.7 CRDi 136 cv TX Automático

Artigo
Kia Carens 1.7 CRDi 136 cv TX Automático

Visão geral
Marca:

KIA

Modelo:

Carens

Versão:

1.7 CRDi 136 cv TX Automático

Ano lançamento:

2014

Segmento:

Monovolumes

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.7 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

136/4000

Vel. máx. (km/h):

186

0-100 km/h (s):

12,0

CO2 (g/km):

159

PVP (€):

29 581/32 106

Gostámos

Espaço, Versatilidade, Relação preço/equipamento.

A rever

Comportamento dinâmico, conforto em mau piso, caixa de velocidades automática.

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Qualidade geral
7.0
Interior
8.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
5.0
Consumos e emissões
6.0
Conforto
7.0
Equipamento
9.0
Garantias
9.0
Preço
9.0
Se tem pressa...

O KIa Carens está muito mais agradável à vista, mas o destaque vai para o seu excelente preço/m2, ao qual se junta um recheio de equipamento onde não falta quase nada. Pena que o conforto não seja perfeito e o comportamento pouco sereno. Opte pela versão de caixa manual.

7.5
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Os leitores mais atentos ao fenómeno dos automóveis, não olharão para a terceira geração do KIA Carens como uma completa novidade, já que há mais de um ano que se encontra à venda no mercado espanhol, por exemplo. Não, não foi por falta de capacidade de produção ou desinteresse dos consumidores portugueses por este tipo de automóvel, mas sim para aproveitar algumas características da peculiar lei portuguesa. O importador nacional da KIA percebeu que, ao usar jantes de 18”, o Carens conseguiria ultrapassar os 2500 kg de peso bruto, o que lhe permitira alcançar a taxa intermédia de ISV a 50% da tabela A e, naturalmente, apresentar um preço de venda ao público bastante mais reduzido. Como tal, todos os Carens vendidos em Portugal terão, de série, jantes dessa medida. Graças, em parte, a esse pormenor, o monovolume asiático está muito mais interessante dos que seus antecessores do ponto de vista estilístico. Não era uma tarefa difícil, dado o desenho completamente insípido das gerações anteriores, mas, ainda assim, o resultado conseguido pela marca coreana é bastante interessante. As linhas são equilibradas, modernas e bem integradas das imagem de familía da marca coreana, sendo ainda beneficiadas pelo facto do Carens estar mais curto, estreito e baixo, ainda que a distância entre eixos tenha crescido cinco centímetros.

O desenho do Carens não arrebata corações, mas é, ainda assim, um progresso enorme face ao seu antecessor.

O desenho do Carens não arrebata corações, mas é, ainda assim, um progresso enorme face ao seu antecessor

Como não há bela sem senão, a opção pelas jantes de 18”, que tanto faz pela estética e pela referida homologação, traz evidentes prejuízos na carteira, já que a diferença de preço por pneu, face à medida homologada para jantes de 17” ronda os 50 euros. Talvez mais importante do que isso, ainda que não tenhamos tido oportunidade de comparar com a medida referida, as jantes de 18” transmitem várias pancadas secas e muitas trepidações na direcção sempre que o piso é irregular, o que prejudica não só o comportamento, como, acima de tudo, o conforto a bordo. Acaba por ser uma pena, pois a suspensão até trabalha bem na absorção das irregularidades, principalmente nas de baixa frequência. Onde a suspensão não cumpre a 100%, aqui sem culpa da medida adoptada para as jantes, é no controlo dos movimentos da carroçaria sempre que se imprime um ritmo de condução mais vivo. Qualquer movimento mais firme sobre péssima direcção implica uma bambolear excessivo da carroçaria, dando sempre a ideia de que não temos a situação totalmente controlada, algo que se torna mais evidente sempre que aplicamos uma travagem em apoio. O ESP nunca se desliga totalmente, mas tem um funcionamento eficaz e intervém apenas quando é realmente necessário, o que, por mais contraditório que pareça face ao referido, nem acontece muitas vezes, pois a motricidade é boa e o motor 1.7 CRDi não tem capacidade para causar grandes apuros ao chassis.

Dinamicamente, o Carens deixa algo a desejar, já que a suspensão tem algumas dificuldades para controlar os movimentos da carroçaria.

Dinamicamente, o Carens deixa algo a desejar, já que a suspensão tem algumas dificuldades para controlar os movimentos da carroçaria

Por tudo isto, o Carens pede sempre uma condução pacata, para que os passageiros possam desfrutar do bom espaço a bordo, capaz de albergar, de forma muito confortável, cinco adultos. Não dizemos sete porque o espaço na terceira fila apenas é aconselhado a pessoas de baixa estatura, ou em viagens muito curtas, dado os dois bancos estarem colocados muito perto do piso, o que obriga flectir muito as pernas, com o natural esforço muscular que isso acarreta. A forma fácil como se monta a terceira fila de bancos até convida a utilizá-la, pois basta tirar a chapeleira, guardá-la no espaço existente para o efeito, puxar uma fita e voilá, temos sete lugares. Nesta configuração, a capacidade da bagageira fica a reduzida a 103 litros, o que não dá para mais do que três ou quatros sacos de supermercado. Rebatendo a terceira, a bagageira passa a poder albergar 492 litros de bagagem, o que a coloca abaixo de grande parte das carrinhas do segmento dos pequenos familiares. Em compensação, a versatilidade é muito boa. O banco do passageiro da frente pode rebater as costas, há mesas nas costas dos bancos da frente, porta-copos no banco traseiro central e imensos espaços de arrumação por todo o habitáculo.

Ainda lá dentro, realce para a qualidade de construção de bom nível, a demonstrar uma solidez digna de nota, ainda que nem todos os materiais sejam de grande plano. Ao nível dos olhos, é quase tudo agradável ao toque, mas vai piorando conforme se afasta da vista, sendo que as portas traseiras têm um revestimento inferior àquele que encontramos nas da frente. Mas nada que não se encontre em automóveis considerados como referência neste aspecto. Ao volante, o condutor encontra facilmente uma boa posição de condução, com uma correcta relação entre o banco e a coluna de direcção. Felizmente, o Carens não partilha o volante com o Cee’d, apresentando, ao contrário deste, uma excelente pega. E também é muito mais bonito, diga-se. Os comandos secundários estão todos bem colocados, são fáceis de visualizar e utilizar. Só se lamenta que o travão de mão eléctrico seja semi-automático. Ou seja, só destrava automaticamente, sendo preciso pressionar o botão sempre que se imobiliza o Carens. A visibilidade é boa para todos os ângulos, mas a unidade ensaiada contava com a camara de marcha-atrás, que, por 1200 euros, ainda adiciona o ecrã de 7” polegadas com sistema de navegação e um sistema de som com subwoofer e amplificador.

O habitáculo é bem construído e mistura materiais de bom nível com outros menos refinados. Boa posição de condução.

O habitáculo é bem construído e mistura materiais de bom nível com outros menos refinados. Boa posição de condução

Quem também oferece um grande contributo para a facilidade de condução em circuito urbano é a caixa automática de seis velocidades, que é mesmo a única vantagem que apresenta. É algo lenta e apresenta uma má gestão das relações, deixando o motor rodar demasiado tempo a regimes elevados, com o consequentemente desconforto sonoro e aumento dos consumos. Este último é afectado de forma evidente, até porque, ao contrário do que acontece com a versão de caixa manual, o motor 1.7 CRDi não tem sistema stop/start, daí os 9 l/100 km medidos em cidade. A velocidades estabilizadas, os consumos por nós aferidos foram bastante mais simpáticos e enquadrados com a concorrência. A caixa volta a não fazer milagres pelas prestações do Carens, dando sempre a sensação de que alguns dos 136 cv do bloco 1.7 CRDi fugiram do estábulo e foram passear para outro sítio qualquer, principalmente quando queremos uma recuperação mais expedita. Fazendo uma condução normal, sem exigir muito do motor, as prestações são perfeitamente aceitáveis, nunca causando qualquer embaraço.

Não sendo um automóvel brilhante, a verdade é que a campanha de 3000 euros de desconto que a KIA oferece até ao final do ano coloca o Carens como uma das melhores propostas do segmento, se tivermos em conta que, no nível de equipamento TX, o único disponível, o preço começa nos 26 581 euros. A versão ensaiada, com caixa automática, começa nos 29 581 euros. Por este valor, a concorrência não oferece nada com tanto equipamento, sete lugares e caixa automática. Mesmo se adicionarmos os opcionais instalados na unidade ensaiada, como a pintura metalizada, o tecto panorâmico e o sistema de navegação, os 32 106 euros continuam a ser bastante competitivos, tendo em conta que não falta quase nada à lista de equipamento e que temos muito espaço e versatilidade.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Ligação USB+Aux+Ipod
Painel de instrumentos com ecrã LCD
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica programável
Rádio com cartão SD+ecrã táctil de 8″+7 altifalantes+entrada USB
Mãos-livres Bluetooth
Vidros eléctricos FR/TR
Vidros traseiros escurecidos
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis
Retrovisor interior electrocromático
Cruise-control
Luzes diurnas por LED
Faróis de nevoeiro
Jantes de liga leve de 18″
Pneu suplente de tamanho normal
Sensores de estacionamento traseiros
Sensor de luz/chuva
Vidros traseiros escurecidos
Barras de tejadilho

Pintura metalizada (€375)
Tecto de abrir panorâmico (€975)
Pacote navigation: sistema de navegação, camara de marcha-atrás, amplificador e subwoofer (€1200)

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Sobre o autor
zyrgon