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Lexus ES 300h Luxury

Artigo
Lexus ES 300h Luxury

Visão geral
Marca:

Lexus

Modelo:

ES

Versão:

300h Luxury

Ano lançamento:

2018

Segmento:

Grandes familiares

Nº Portas:

4

Tracção:

Dianteira

Motor:

2.5 Híbrido

Pot. máx. (cv/rpm):

218/5700

Vel. máx. (km/h):

180

0-100 km/h (s):

8,9

Consumos (l/100 km):

4,5/4,4/5,1 (Extra-urbano/Combinado/Urbano)

CO2 (g/km):

120-132

PVP (€):

77 321

Gostámos

Conforto referencial, Consumos, Qualidade geral soberba, Habitabilidade, Refinamento, Equipamento de série, Agrado de utilização

A rever

Touchpad do sistema de infoentretenimento, Ruído do motor em carga, Velocidade máxima

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Qualidade geral
10
Interior
9.0
Segurança
10
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
9.0
Conforto
9.0
Equipamento
9.0
Garantias
8.0
Preço
8.0
Se tem pressa...

À sétima geração, foi de vez, e o Lexus ES foi mesmo projectado para chegar também à Europa. O ensaio ao ES 300h Luxury prova que em boa hora tal aconteceu. Qualidade, estilo, distinção requinte, economia e conforto. Muito conforto!

8.7
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O novo Lexus ES 300h Luxury protagonista deste ensaio, e versão de topo da respectiva gama, poderá ser um ilustre desconhecido para a maioria dos consumidores portugueses, e até da Europa Ocidental, mas acarreta consigo um historial que está longe de ser de somenos. Hoje na sua sétima geração, recém-lançada no mercado luso, desde o lançamento do modelo original, em 1989, o ES vendeu já mais de 2,3 milhões de exemplares, é a berlina mais vendida da história da Lexus e, também, o seu segundo modelo mais vendido de sempre.

Se assim é, o que levou a divisão de luxo a ter que aguardar por sete gerações e três décadas de carreira para disponibilizar o ES também aos seus clientes europeus? O facto de, pela primeira vez, ter desenvolvido o modelo também a pensar nessa possibilidade, acabando este por ocupar o lugar do GS na respectiva gama, para tal contando com a plataforma global GA-K, que já deu origem ao novo Toyota Camry, e com todos os atributos que lhe permitirão satisfazer os padrões, gostos e exigências dos europeus tanto em termos de estilo, como dinâmicos.

O porte, a personalidade que lhe é garantida pela suas linhas tipicamente Lexus, são factores que fazem do novo ES um automóvel a que poucos conseguirão ficar indifrentes

O porte, a personalidade que lhe é garantida pela suas linhas tipicamente Lexus, são factores que fazem do novo ES um automóvel a que poucos conseguirão ficar indifrentes

Considerações de estratégicas e de marketing à parte, a verdade é que não é preciso um convívio por demais prolongando com o novo ES para louvar a Lexus por, finalmente, ter trazido o seu rival dos Audi A6, BMW Série 5, Mercedes Classe E ou Volvo S90 até ao Velho Continente. O apelo começa logo num primeiro olhar, com o ES 300h Luxury a cativar pela sua pose imponente, garantida pelos seus quase cinco metros de comprimento (o que faz deste o maior modelo da sua classe), e pelas linhas tipicamente Lexus, que marcam a diferença e a ninguém deixam indiferente, além de assegurarem um eficiente desempenho aerodinâmico, comprovado por um Cx de apenas 0,26. Será, ainda, de elementar justiça que este não será o automóvel mais fotogénico do momento, acabando por ser bem mais atraente ao vivo do que em fotografia.

Mas se o visual exterior já tende a convencer, raros serão os que não ficarão rendidos ao soberbo habitáculo do ES 300h Luxury. Graças ao aumento generalizado das dimensões exteriores face à anterior geração, distância entre eixos incluída, a habitabilidade é simplesmente excelente, com menção especial para o espaço disponibilizado às pernas dos ocupantes traseiros, tão só o mais generoso do segmento, digno de um modelo do segmento superior. Já a capacidade da bagageira, em parte porque sob o banco traseiro está colocada a bateria do sistema híbrido, não é mais do que mediana para a classe, ficando-se pelos 454 litros, padecendo ainda do facto de as costas do banco posterior não rebaterem por forma a aumentar a respectiva volumetria, existindo apenas um vão porta-skis para permitir a passagem de objectos mais longos.

O interior é verdadeiramente sumptuoso, seja pela qualidade geral exibida, pelo refinamento ímpar a este nível ou por um equipamento para o qual não são propostos opcionais

O interior é verdadeiramente sumptuoso, seja pela qualidade geral exibida, pelo refinamento ímpar a este nível ou por um equipamento para o qual não são propostos opcionais

Exceptuando este senão, pouco haverá a criticar no interior, senhor de um refinamento ímpar a este nível. A decoração está de acordo com o esperado de um automóvel deste calibre, mesmo que alguns detalhes, aqui e ali, pareçam um pouco dissonantes, ao passso que a qualidade de construção é magnifica, como o é a dos materiais utilizados e respectivos acabamentos. Aliás, a vertente executiva de um veículo que se presta facilmente a ser utilizado como berlina de representação está patente, também, quer nos comandos da climatização e do sistema áudio existentes no apoio de braços traseiro; quer no facto de o banco posterior oferecer regulação eléctrica das costas, aquecimento e ventilação; quer, ainda, no comando existente na face lateral interna do banco do passageiro da frente, que permite a quem segue atrás modificar o respectivo posicionamento – prova de que a quem segue atrás foram dispensados os mesmos cuidados que a quem segue à frente, mormente aos que se fazem conduzir com motorista.

Equipamento é o que também não falta a bordo, especialmente nesta versão de topo, em que o único opcional disponível é a pintura metalizada. Por isso, além do considerado obrigatório a este nível, é possivel contar, por exemplo, com sistema de som Mark Levinson; cortina traseira eléctrica; cortinas laterais traseiras; bancos dianteiros com múltiplas regulações eléctricas, memórias e climatização (aquecimento e ventilação) com função Auto; ar condicionado com três zonas de regulação independente da temperatura; volante em pele com regulações eléctrica e aquecimento com função Auto; e uma plêiade de dispositivos de assistência à condução.

Viajar atrás no ES 300h Luxury e um privilégio: espaço para pernas digno do segmento acima; bancos com regulações eléctricas, aquecidos e ventilados; e regulação autónoma da climatização, sistema de som e banco do passageiro da frente

Viajar atrás no ES 300h Luxury e um privilégio: espaço para pernas digno do segmento acima; bancos com regulações eléctricas, aquecidos e ventilados; e regulação autónoma da climatização, sistema de som e banco do passageiro da frente

Nota específica, contudo, para o sistema de carregamento por indução para smartphones, que, por estar colocado dentro do apoio de braços dianteiro, sob a respectiva tampa, impede a visualização do ecrã do mesmo quando em utilização. E, também, para o sistema de infoentretenimento: muito completo, e dispondo, nesta versão Luxury, de ecrã de 12,3”, acaba por pecar tanto pelo seu grafismo algo antiquado e pouco distinto, como, sobretudo, pelo seu touchpad de comando, cuja sensibilidade exige muita habituação até se acertar à primeira (e nunca muito rapidamente…) na função que que se pretende realizar.

Não obstante o agradável que possa ser viajar atrás no ES 300h Luxury, é no seu “posto de comando” que é possível avaliar todos os seus atributos. Também aqui, nota máxima para uma posição de condução acima de críticas, extremamente correcta e envolvente, e muito fácil de encontrar, mercê das múltiplas regulações eléctricas oferecidas pelo banco e pelo volante. O painel de bordo conta com os comandos rotativos montados nas laterais da moldura do painel de instrumentos, para selecção dos modos de funcionamento do ESP e dos modos de condução (já conhecidos do LC e do UX), mas sem que o painel de instrumentos usufrua do mostrador central amovível neste também presente – merecendo ainda menção o head up display completo e com excelente visibilidade.

Sob o capot do EX 300h Luxury encontra-se a mesma mecânica híbrida já conhecida, por exemplo, do UX 250h, em que combinam o novo motor 2.5 a gasolina de ciclo Atkinson, com injecção directa e indirecta, distribuição variável, 178 cv e 221 Nm, com um motor eléctrico de 120 cv e 202 Nm e uma caixa CVT de controlo eléctronico (com patilhas de comando no volante, através das quais é possível eleger uma das seis posições pré-definidas), para um rendimento combinado de 221 cv. Um conjunto que acaba por dar muito boa conta de si, para o que contribui a “dieta” operada no novo ES face ao seu antecessor, seja pelo recurso ao alumínio no capot e guarda-lamas, assim como ao aço de ultraelevada resistência em várias secções a estrutura, sendo que só a plataforma GA-K é 62 kg mais leve do que a utilizada pelo anterior ES.

A motorização híbrida conta com um novo quatro cilindros a gasolina de 2,5 litros, oferece 211 cv de potência combinada e prima por uma soberba suavidade de funcionamento quando utilizada da forma para a qual foi projectada

A motorização híbrida conta com um novo quatro cilindros a gasolina de 2,5 litros, oferece 211 cv de potência combinada e prima por uma soberba suavidade de funcionamento quando utilizada da forma para a qual foi projectada

Esta é uma unidade motriz que convence, desde logo, pelas prestações mais do que aceitáveis que garante ao modelo nas acelerações e recuperações, mesmo que a velocidade máxima limitada a 180 km/h seja nitidamente inferior à de qualquer potencial concorrente. Na prática, prima pela linear capacidade de aceleração até aos 189 km/h no velocímetro, pela prontidão da reposta que a vertente eléctrica do sistema garante em qualquer circunstância, e por uma suavidade e silêncio de funcionamento notáveis.

Neste particular, refira-se que é só quando se impõe a máxima carga o acelerador que a mesma é acompanhada pelo excesso de ruído resultante do facto de o motor a gasolina ser de imediato levado ao seu regime máximo de funcionamento até que a pressão sobre o pedal da direita abrande (como é típico deste género de transmissão), algo que nem a primorosa insonorização do habitáculo consegue disfarçar por completo. Todavia, no caso do cliente alvo do ES 300h Luxury, tal não acontecerá mais do que amiúde, pelo que, na maioria do tempo, o que reinará a bordo é uma absoluta tranquilidade.

Ao seu dispor, o utilizador tem os modos de condução Sport, Normal e Eco, cuja responsividade deveria variar na mesma proporção, mas a verdade é que as diferenças entre eles não são muito substanciais, não fora a decoração distinta do painel de instrumentos, sobretudo do conta-rotações, que a selecção dos mesmos implica. Também existe um modo EV, totalmente eléctrico, que, quando a bateria está totalmente carregada, e dispensando à condução mil cuidados, permitirá percorrer um par de quilómetros mantendo o motor a gasolina adormecido, mas também não será essa a sua principal função.

A par de prestações mais do que aceitáveis, o novo ES 300h oferece excelentes consumos

A par de prestações mais do que aceitáveis, o novo ES 300h oferece excelentes consumos

Antes visa contribuir de modo decisivo para a optimização mecânica global, a mesma que permite ao ES 300h Luxury garantir excelentes consumos sem que para tal obrigue o condutor a excessivos condicionamentos. Sendo que, a velocidades legais e estabilizadas, em estrada como em auto-estrada, os valores obtidos são dignos de um (económico) oponente a gasóleo, o mesmo acontecendo em perímetro urbano. E, vale a pena insistir, sem que o condutor se preocupe demasiado com tal facto, não é difícil obter médias combinadas abaixo dos 6,0 l/100 km, o que é absolutamente notável para um automóvel desta categoria, com mais de 220 cv e cerca de 1700 kg de peso.

Relativamente ao desempenho dinâmico, convém, em primeiro lugar, relembrar que, durante quase uma década, por sempre ter utilizado como base a plataforma do Camry, o ES foi o único modelo de tracção dianteira da Lexus – característica que, naturalmente, até hoje se mantém, sendo essa uma das grandes diferenças para o anterior GS. Solução que, quando adoptado um estilo de condução para que o modelo não está vocacionado, e de que o seu utilizador-tipo dificilmente será adepto (mesmo sendo possível desligar por completo o ESP), até poderá ditar alguma menor agilidade, e, sobretudo, criar dificuldade adicionais ao eixo dianteiro, nas acelerações mais intempestivas, e especialmente sobre piso irregular, em colocar no chão toda a potência disponível, o que é acompanhado de algumas vibrações do volante e do ruído típico do esgotar do curso suspensão, quando esta vai ao “batente”.

O comportamento convence na esmagadora maioria das situações, mas o que realmente se destaca no plano dinâmico é o soberbo conforto de marcha em qualquer circunstância

O comportamento convence na esmagadora maioria das situações, mas o que realmente se destaca no plano dinâmico é o soberbo conforto de marcha em qualquer circunstância

De resto, em todas as outras situações de utilização, aquelas para que o ES 300h Luxury está, realmente, fadado, merecem encómios a direcção suficientemente precisa e comunicativa, assim como um comportamento dinâmico muito convincente, com reacções sempre previsíveis e um correcto controlo dos movimentos da carroçaria, sendo preciso aflorar os limites para que quem segue ao volante recorde que dimensões e peso até são substanciais. O que está acima de qualquer crítica é o conforto de marcha de nível superior, seja qual for o tipo de piso por que se circule, verdadeiramente sem paralelo na classe – sendo este mais um elemento que confirma quer o propósito do ES 300h Luxury, quer o óptimo trabalho levado a cabo pelos técnicos da Lexus quando do desenvolvimento desta sétima geração do modelo.

Naturalmente que tanta qualidade rem um preço, e que o mesmo não podia ser acessível a qualquer bolsa. À partida, os €77 321 pedidos pela Lexus pelo novo ES 300h Luxury até podem parecer pouco simpáticos, mas convém atentar, por um lado, que esta á a versão mais equipada da gama, para a qual não existem extras, e que qualquer concorrente com idêntico nível de equipamento, e potência similar, é mais caro, seja qual for o combustível cujo motor consuma. Ainda assim, se o valor em questão for excessivo, é bom saber ser sempre possível adquirir a versão Business por pouco mais de 61 mi, euros, a versão Executive por cerca de 66 mil euros, ou a versão F Sport por aproximadamente 68 mil euros.

 

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos dos passageiros dianteiros
Cintos dianteiros/traseiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix
Controlo electrónico de estabilidade
Sistema de leitura de sinais de trânsito
Sistema de auxílio à manutenção na faixa de rodagem
Sistema de travagem autónoma de emergência com alerta de colisão dianteira e detecção de peões
Sistema de pré-colisão PCS
Sistema de monitorização do ângulo morto
Assistente aos arranques em subidas
Travão de estacionamento eléctrico
Alarme
Ar condicionado automático de três zonas
Computador de bordo
Head up display
Bancos em pele semi-anilina
Bancos dianteiros com regulação eléctrica+memória+aquecidos+ventilados
Bancos traseiros com regulação eléctrica da inclinação das costas+aquecidos+ventilados
Volante multifunções em pele e madeira com regulação em altura+profundidade (eléctrica)
Aplicações em madeira
Direcção de assistência eléctrica
Mãos-livres Bluetooth (telemóvel+streaming de áudio)
Sistema de som Mark Levinson com DAB+12 altifalantes +tomadas 2xUSB/Aux
Sistema de navegação com ecrã de 12,3"+serviços conectados
Carregamento por indução para smartphones
Acesso+arranque sem chave
Vidros eléctricos
Vidros traseiros escurecidos
Cortina traseira eléctrica
Retrovisores exteriores eléctricos+electrocromáticos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Tecto de abrir eléctrico
Cruise-control adaptativo+limitador de velocidade
Faróis dianteiros integralmente por LED
Lava-faróis
Faróis de nevoeiro
Farolins traseiros por LED
Luzes de curva
Assistente de máximos
Sensor de luz/chuva
Sensores de estacionamentoFR/TR+câmara de estacionamento traseira
Tampa da bagageira eléctrica com abertura e fecho "mãos-livres"
Jantes de liga leve de 18"
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit de reparação de furos

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zyrgon