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Novo Range Rover desde €166 368. Versão 100% eléctrica em 2024

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Novo Range Rover desde €166 368. Versão 100% eléctrica em 2024

Acaba de ser apresentado pela Land Rover o novo Range Rover. A mais recente geração do emblemático topo de gama da casa britânica é a quinta desde que, há cinco décadas, foi lançado o modelo original, e dá continuidade a uma evolução longa de cinquenta anos para que esta continue a ser a grande referência do mercado entre os SUV/todo-o-terreno de luxo de grande porte.

Logo desde o início de comercialização, o novo Range Rover será proposto também em versão de châssis longo, 200 mm mais comprida (5252 mm) e 200 mm maior entre eixos (3197 mm) do que a “normal” (com um comprimento exterior de 5052 mm, e uma distância entre eixos de 2997 mm), além de ver o seu ângulo ventral reduzido para 25,2°, a altura ao solo baixar para 294 mm e o diâmetro de viragem aumentar para 11,54 m (27,7°, 295 mm e 10,95 m no Range Rover de châssis “curto”). De resto, são comuns a ambas as variantes de carroçaria características como a largura de 2209 mm, a altura de 1870 mm, o ângulo de ataque de 34,7°, o ângulo de saída de 29°, a pendente máxima de 45° e a passagem a vau de 900 mm.

Na base do novo Range Rover está a igualmente nova plataforma MLA-Flex, mais leve e capaz de proporcionar uma rigidez torsional superior em até 50% (inclusive nas versões com tecto panorâmico), além de garantir uma redução de 24% do ruído exterior e das vibrações de baixa frequência. Ainda a ter em conta, a distância entre eixos 75 mm maior do que na anterior geração, o que se traduz num espaço para pernas ainda mais amplo para quem viaja atrás, sendo, a este propósito, de referir que o modelo continuará a proposto nas derivações de quatro e cinco lugares, às quais se junta, pela primeira vez, a configuração interior de sete lugares, disponível apenas no Range Rover de châssis longo.

Quanto à bagageira, o acesso à mesma é facilitado pelo “inevitável” portão traseiro de abertura bipartida, variando a respectiva capacidade entre 725-1841 litros na versão de châssis curto (que introduz uma nova chapeleira de accionamento automático), e entre 725-2601 litros na versão de châssis longo (312-713-2601 litros para quem optar pela variante de sete lugares). O piso da mala amovível permite guardar objectos de menores dimensões em local mais acessível, e pode mesmo ser rodado para trás, para funcionar como encosto quando a tampa inferior do portão traseiro for utilizada como banco.

A par da qualidade, do luxo e do requinte que sempre lhe estão associados, o interior do novo Range Rover também se impõe pela tecnologia. Veja-se o sistema de infoentretenimento Pivi Pro, com actualizações remotas e dotado do maior ecrã táctil de sempre na história do modelo, do tipo curvo e flutuante, com uma diagonal de 13,1” e, pela primeira vez, com feedback táctil, o qual é integrado com um novo painel de instrumentos totalmente digital de 13,7”, e sendo ambos profusamente configuráveis.

Outros elementos a reter, o head-up display (projeta a informação essencial à condução directamente na frente do condutor, a cerca de 2,0 m do mesmo); o sistema multimédia traseiro (inclui dois ecrãs tácteis de 11,4” integrados nas costas dos bancos dianteiros, capaz de funcionar de forma independente, dotados de ligação HDMI e controlados através de um ecrã táctil de 8” instalado no apoio central de braço posterior); o sistema de purificação do ar do habitáculo, com tecnologia Dual Nanoe X (com um filtro para cada uma das duas primeiras filas de bancos); e a função Remote Park Assist, que permite estacionar o veículo, ou retirá-lo de um lugar de estacionamento, de forma retoma, sendo a operação controlada a partir de uma aplicação para smartphones. Ao mesmo tempo, para incrementar o conforto e a qualidade de vida a bordo, o sistema de som Meridian, com um total de 1680 W, integra altifalantes de 20 W e 60 mm nos quatro encostos de cabeça principais, para garantir uma experiência de som mais imersiva, além de contar um sistema de cancelamento activo do ruido de última geração, capaz de monitoriza as vibrações das rodas, o ruído dos pneus e os sons do motor transmitidos ao habitáculo gerando um sinal de cancelamento do mesmo que é emitido pelos 35 altifalantes que o compõem.

O novo Range Rover é, também, o primeiro Land Rover a dispor de abertura e fecho de portas assistidos electricamente, com função de anti-entalamento e detecção de obstáculos integrada. A assistência eléctrica é activada quando o utilizador dá início à abertura ou fecho de uma das portas, e a operação completa-se de forma automática em cerca de três segundos – para fechar a porta do condutor a partir do interior, basta premir o pedal do travão, e todas as portas podem ser abertas a partir do ecrã de comando do sistema de infoentretenimento, ou através de um botão incorporado nos puxadores. O dispositivo foi concebido para poder ser utilizado também em todo-o-terreno, mantendo as portas abertas com até 10° de inclinação lateral e longitudinal.

Passando aos motores, e como a nova plataforma permite a adopção de motores de todos os tipos (de combustão a gasolina e Diesel, híbridos plug-in e totalmente eléctricos), a principal novidade será, seguramente, a introdução de uma versão de propulsão exclusivamente eléctrica do novo Range Rover, embora a mesma só chegue o mercado em 2024. A aposta na electrificação passa, igualmente, por duas motorizações híbridas plug-in, à venda em Portugal no início de 2022: P440e e P510e.

Ambas conjugam o motor a gasolina de seis cilindros e 3,0 litros da família Ingenium com um motor eléctrico de 142 cv, oferecendo o Range Rover P440e um rendimento combinado de 440 cv e 620 Nm, que passa a ser de 510 cv e 700 Nm no Range Rover P510e (este último capaz de cumprir os 0-100 km/h em apenas 5,6 segundos). A bateria de iões de lítio, com 38,2 kWh de capacidade (capacidade útil de 31,8 kWh), montada sob o piso entre os eixos, aceita carregamento rápido a 50 kW, assim recuperando 80% da carga em cerca de uma hora, e permite aos dois modelos anunciarem um autonomia em modo totalmente eléctrico (disponível até aos 140 km/h, estando ainda disponíveis os modos Hybrid e Save) de nada menos do que 100 km (embora a própria Land Rover refira uma autonomia real na casa dos 80 km), e emissões de CO2 inferiores a 30 g/km.

Deste modo, o lançamento comercial do novo Range Rover em território português será assegurado por versões animadas por mais convencionais motores térmicos, ambos com injecção directa de combustível. Uma delas é a P530, que representa o topo da oferta, monta um motor 4.4-V8 biturbo a gasolina de origem BMW, com 530 cv e 750 Nm, e anuncia 4,6 segundos nos 0-100 km/h e 250 km/h de velocidade máxima. A outra dá pelo nome de D350 e recorre ao mais potente membro da nova família de motores Ingenium a gasóleo da Land Rover, com tecnologia micro-híbrida de 48 Volt: um seis cilindros biturbo de 3,0 litros, com 350 cv de potência e um binário máximo de 700 Nm, constante entre as 1500-3000 rpm – o suficiente para cumprir os 0-100 km/h em 6,1 segundos e alcançar os 234 km/h de velocidade máxima.

Como não podia deixar de ser, o desempenho dinâmico, em estrada e fora dela, mesmo nas condições mais árduas, será outro dos grandes trunfos do novo Range Rover. Que não dispensa uma transmissão composta por uma caixa ZF de oito velocidades com caixa de transferências (as conhecidas “redutoras”); pelo sistema de tracção integral inteligente iAWD, o qual está sempre acoplado na condução fora de estrada, nos arranques, em condições de gelo (abaixo de 3° C) e a velocidades superiores a 160 km/h (a sua capacidade para desacoplar o eixo dianteiro a velocidades superiores a 35 km/h, e até aos 160 km/h, reduz em 30% as perdas mecânicas, e as emissões de C02 em até 4 g/km); e pelo diferencial traseiro autoblocante activo de controlo electrónico com vectorização de binário através da travagem.

De salientar que a tracção integral é controlada pelo sistema Intelligent Driveline Dynamics, capaz de monitorizar os níveis de aderência e as solicitações do condutor cem vezes por segundo, com o objetivo de distribuir da melhor forma, e de modo preditivo, o binário entre os dois eixos, e também entre as rodas traseiras, assim garantindo a tracção ideal em todas as circunstâncias. Estão são, por sua vez, tecnologias que integram o sistema Terrain Response 2, apto a adoptar distintas configurações de châssis em função dos vários modos de condução elegíveis pelo condutor: Conforto; Dinâmico; Eco; Relva/Gravilha/Neve; Lama e Trilhos; Areia; Pedras/Marcha lenta; Passagem a Vau (possível até 900 mm); Automático; e Configurable Terrain Response (amplamente personalizável pelo condutor, e capaz de memorizar quatro perfis distintos).

Para um comportamento de nível superior contribuirá, também, o controlo electrónico do châssis Dynamic Response Pro. Aqui, menção obrigatória para a suspensão com um inédito eixo traseiro de cinco braços e amortecimento pneumático de funcionamento preditivo (utiliza os dados da navegação para preparar a suspensão de modo a que esta ofereça a resposta ideal, dispondo a mesma de amortecedores Bilstein activos de válvula dupla, e oferecendo quatro ajustes distintos: acima dos 105 km/h reduz a altura ao solo em 16 mm; na fase acesso ou saída do veículo, reduz a altura  em 50 mm; em todo-o-terreno, é possível elevar a carroçaria 75 mm, e, posteriormente, em 60 mm adicionais); para o sistema de direcção às quatro rodas (as traseiras podem virar até 7,3° – no mesmo sentido das dianteiras abaixo dos 50 km/h, para facilitar a capacidade de manobra; e no sentido oposto às dianteiras acima dos 50 km/h, para incrementar a estabilidade); e para as barras estabilizadoras activas Active Roll Control (eARC), actuadas através de um sistema eléctrico a 48 V, e destinadas a reduzir o adornar da carroçaria em curva.

Perante tão extenso manancial de novidades e de tecnologia, poderá, para alguns, parecer surpreendente que o novo Range Rover tanto se assemelhe ao seu antecessor no plano estilístico. Nada que espante, contudo, os que maiores afinidades têm com o modelo e com a marca, que sempre optou por, no capítulo do design, manter três linhas de estilo essenciais ao longo das suas várias gerações: linha de tejadilho baixa, linha de cintura robusta e linha inferior ascendente.

Ainda assim, obviamente que foram operadas diversas melhorias, mesmo que subtis. Caso dos puxadores das portas à face da carroçaria, da nova secção traseira em forma de barco (com farolins ocultos até que estes estejam acesos), do tejadilho 10 mm mais baixo ou das novas ópticas dianteiras por LED. Sendo o apuro aerodinâmico ilustrado por um Cx de 0,30, que fará deste o SUV de luxo mais eficiente do mundo neste particular.

Já disponível para encomenda no mercado português, nos níveis de equipamento SE, HSE e Autobiography, se há domínio em que o novo Range Rover não surpreende é no da exclusividade que lhe é garantida também pelos preços a que é proposto: a versão de acesso D350 pode ser adquirida desde €166 368; a de topo P510 a partir de €184 084. Durante o primeiro ano de produção será, igualmente, disponibilizada a versão First Edition (desde €201 552 com o motor turbodiesel, desde €218 313 com o motor V8 a gasolina), baseada no nível Autobiography, mas com vários elementos específicos.

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zyrgon