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Opel Corsa e Elegance

Artigo
Opel Corsa e Elegance

Visão geral
Marca:

Opel

Modelo:

Corsa

Versão:

e Elegance

Ano lançamento:

2020

Segmento:

Utilitários

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

Eléctrico

Pot. máx. (cv/rpm):

136/n.d.

Vel. máx. (km/h):

150

0-100 km/h (s):

8,1

Autonomia eléctrica (km):

337

PVP (€):

32 610/36 350 (unidade testada)

Gostámos

Facilidade de condução, Conforto a bordo, Autonomia em cidade e em estrada, Relação preço/equipamento

A rever

Distâncias de travagem, Altura atrás, Acesso aos lugares traseiros

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Qualidade geral
7.0
Interior
7.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
9.0
Conforto
8.0
Equipamento
7.0
Garantias
7.0
Preço
8.0
Se tem pressa...

O Opel Corsa e Elegance, a mais refinada declinação da variante exclusivamente eléctrica do utilitário germânico, assume-se como uma das propostas mais interessantes da sua categoria: já com uma apreciável autonomia, graças a uma bateria com 50 kWh de capacidade, mantém intocados quase todos os atributos das variantes animadas por motores térmicos, incluindo um visual apelativo, também porque desprovido daqueles elementos tantas vezes supérfluos que, recorrentemente, pretendem distinguir os automóveis eléctricos dos restantes. O preço não está ao alcance de todos, o que não significa que não seja dos mais competitivos da classe, ao mesmo estando associado um completo equipamento de série

7.6
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O Opel Corsa e Elegance é a mais dotada variante, em termos de equipamento, da versão de propulsão exclusivamente eléctrica da mais recente geração, a sexta do seu historial, do utilitário germânico. Um dos seus atributos, e ao contrário do que tantas vezes acontece neste domínio, é ser proposto com os mesmos níveis de acabamento das opções animadas por motores ditos convencionais, e sem excessivos elementos específicos no plano estilístico, o que significa, por exemplo, que a aparência exterior, assim como o habitáculo, não apresentam diferenças de maior face às mesmas, que não sejam o logótipo específico colocado nos pilares centrais, o emblema desta versão aplicado no portão traseiro e algumas funcionalidades específicas do painel de instrumentos e do sistema de infoentretenimento.

Pelo mesmo motivo, as apreciações formuladas para o Corsa 1.2 Turbo Elegance, ensaiado ao detalhe pela Absolute Motors logo por alturas do seu lançamento (saiba tudo aqui), são, na sua maioria, válidas também para a versão eléctrica aqui em análise. Ainda assim, valerá a pena voltar a aferir alguns dos seus predicados, a começar pela sempre determinante aparência exterior, indiscutivelmente moderna, suficientemente consensual, bastante atractiva, até, e cuja competência aerodinâmica é confirmada por um Cx de 0,29, valor de nível superior para o segmento.

Uma das vantagens do Opel Corsa e, e ao contrário do que tantas vezes acontece neste domínio, é não contar com elementos exteriores, não raro algo bizarros, destinados a identificá-lo de imediato como a versão eléctrica da gama

Uma das vantagens do Opel Corsa e, e ao contrário do que tantas vezes acontece neste domínio, é não contar com elementos exteriores, não raro algo bizarros, destinados a identificá-lo de imediato como a versão eléctrica da gama

Se a aparência exterior é, inequivocamente, e de imediato, identificável com a Opel, já o habitáculo não deixa dúvidas quanto à proximidade existente entre o Corsa e outros modelos do Grupo PSA, nomeadamente, e no caso em concreto, com o Peugeot e-208, com os quais partilha a plataforma e a generalidade das soluções técnicas. São disso exemplos perfeitos o conteúdo, o grafismo e a organização do sistema de infoentretenimento (no qual pouco mais muda do que o ecrã de boas-vindas), ou o joystick destinado a comandar a transmissão.

Não obstante, o ambiente interior não deixa de ser tipicamente Opel: como sempre, sóbrio, discreto e elegante, mesmo que os materiais utilizados não sejam uma referência em termos de qualidade (a destacar, neste particular, não mais do que o revestimento em pele do volante, das secções laterais dos bancos e de parte dos painéis interiores das portas dianteiras), mais garantida pela construção robusta e pela montagem rigorosa. Já a habitabilidade, sem ser uma referência para o segmento, acaba por convencer, tal como a capacidade da mala, indo a principal crítica neste particular para os lugares traseiros, menos pelo espaço disponibilizado para as pernas dos respectivos ocupantes (para o qual contribuiu o aumento em 39 mm do comprimento exterior) do que pela altura disponível, em boa parte limitada, tanto ao nível do próprio espaço disponível como do acesso ao banco traseiro, pela redução em 48 mm da altura da carroçaria face à do Corsa da anterior geração, ditada por imperativos de eficácia aerodinâmica.

Isento de reparos de maior está o posto de condução, senhor de uma apreciável envolvência por via de uma correcta ergonomia, assim como dos bancos dianteiros bastante acolhedores e com razoável apoio, e colocados em posição mais baixa do que anteriormente. Para a mesma contribuindo, ainda, o volante com secção inferior plana, com óptimas dimensões e pega, e um painel de instrumentos digital que, apesar da aparência clássica, oferece uma excelente legibilidade, mesmo não sendo tão “futurista” quanto o do seu congénere da Peugeot.

Também o interior é praticamente igual ao das variantes animadas por motores térmicos, sendo as diferenças para estas praticamente de pormenor

Também o interior é praticamente igual ao das variantes animadas por motores térmicos, sendo as diferenças para estas praticamente de pormenor

Mas nada do anteriormente referido difere muito do que pode ser encontrado em qualquer outro Corsa pelo que, aqui, faz, efectivamente, a diferença é o grupo motopropulsor, e tudo o que com o mesmo mais directamemte se relaciona. Sob o capot está, então, um motor eléctrico com 136 cv e 260 Nm, alimentado por uma bateria de iões de lítio a 350 Volt com 50 kWh de capacidade (46 kWh úteis), a qual pode ser recarregada tanto em postos de carga rápida (recuperando 80% da carga em 30 minutos em ligações de corrente contínua de 100 kW), como através do carregador de bordo de 7,4 W proposto de série (cerca de 7h20m para uma recarga total), como do opcional carregador de bordo de 11 kW (recarga total em cerca de 5h15m).

Em termos de prestações, pouco haverá a referir que não seja já conhecido como apanágio da esmagadora maioria dos automóveis eléctricos mais modernos: reposta espontânea e intensa às solicitações de acelerador na generalidade das circunstâncias, o que se traduz em acelerações e reprises de bom nível, logo, numa condução fácil e ágil, especialmente em meio urbano, sobretudo com o modo Sport seleccionado, estando a velocidade electronicamente limitada a 150 km/h. Já no que à autonomia diz respeito, e não obstante a Opel anunciar 337 km segundo a norma WLTP, na prática, o Corsa e cumpriu, nas nossas medições, cerca de 370 km em estrada, aproximadamente 240 km em auto-estrada e em torno de 300 km em cidade. Traduzindo-se a média combinada numa autonomia de 285 km.

Mesmo que estas fiquem um pouco aquém do anunciado pela Opel, as prestações são de bom nível em termos de acelerações e recuperações, contribuindo para uma condução fácil, agradável e "desembaraçada"

Mesmo que estas fiquem um pouco aquém do anunciado pela Opel, as prestações são de bom nível em termos de acelerações e recuperações, contribuindo para uma condução fácil, agradável e “desembaraçada”

Isto praticando, em qualquer dos cenários, uma condução convencional, sem exageros de maior, mas, também, sem grandes preocupações em bater recordes de autonomia. Ou seja: abusar muito do pedal da direita em viagem tenderá a ditar uma redução substancial da distância possível de percorrer com uma única carga de bateria (numa condução intensa, a autonomia rondará os 200 km, dificilmente superando os 150 km caso se pretenda retirar em permanência do motor tudo o que este tem para oferecer). Mas também não é menos verdade que, adoptando uma condução mais cuidadosa, seleccionando o modo de condução Eco (texiste ainda o Normal), moderando tanto quando possível a pressão sobre o acelerador e potenciando ao máximo a regeneração de energia (nomeadamente através da posição “B” do selector da transmissão), é possível incrementar em cerca de 15% a autonomia em meio urbano.

Passando ao desempenho dinâmico, e apesar de a plataforma do Corsa e ser a mesma das restantes versões da gama, vários factores há que concorrem para que a variante eléctrica do modelo apresente algumas nuances determinantes face às mesmas neste particular. Desde logo, o peso superior em cerca de 400 kg, imposto, essencialmente, pela bateria de alta tensão – que, por seu turno, levou, como é natural, a um reajuste da afinação da suspensão. Sendo uma das consequências deste facto as distâncias de travagem cerca de 20% mais longas, até porque o sistema de travagem é idêntico ao destas, mas padecendo, aqui, de um tacto do respectivo pedal um pouco mais artificial.

O peso superior em mais de 400 kg ao do das versões com motor de combustão, imposto pela bateria de alta tensão, não perdoa, e a atitude em curva do Corsa e não é tão convincente quanto a dos seus irmãos de gama. Face à capacidade da bateria, a autonomia é de bom nível em cidade e em estrada, memos em auto-estrada

O peso superior em mais de 400 kg ao do das versões com motor de combustão, imposto pela bateria de alta tensão, não perdoa, e a atitude em curva do Corsa e não é tão convincente quanto a dos seus irmãos de gama. Face à capacidade da bateria, a autonomia é de bom nível em cidade e em estrada, memos em auto-estrada

Este aumento do peso influencia, também, o comportamento, sentindo-se uma maior dificuldade do châssis na gestão das transferências de massa, em especial nas trocas de apoio mais intensas, que obriga a electrónica a intervir de forma mais frequente, e evidente, sobretudo quando se adoptam ritmos mais vivos em traçados mais sinuosos, para controlar a tendência da traseira para se soltar em apoio – assim como para gerir a patinagem das rodas nas saídas das curvas em potência. Não que a condução deixe de ser bastante fácil e agradável, para mais tratando-se este de um utilitário desprovido de quaisquer pretensões desportivas, caracterizado por reacções sempre honestas e previsíveis, mas também inegável que não é tao competente e envolvente quanto as versões térmicas do novo Corsa. Ao conforto de marcha não há grandes reparos a fazer, a não ser em piso mais degradado, em que o eixo traseiro exibe uma maior “secura”.

No final, e não obstante alguma características perfectíveis, o novo Corsa e Elegance revelou-se um automóvel bastante equilibrado, que convence nas principais áreas de avaliação determinantes para um utilitário eléctrico contemporâneo. Inclusive no plano comercial: comercializado em Portugal por €32 610, e incluindo nesta verba um equipamento de série bastante completo (ainda assim, a unidade testada contava com cerca de €4000 em extras, se bem que nenhum determinante para o seu desempenho), acaba por ser um dos modelos mais competitivos da sua categoria, na qual, vale a pena recordar, ainda não existem propostas, propriamente, baratas.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Alerta de atenção do condutor
Travagem autónoma de emergência com alerta de colisão frontal
Sistema de leitura de sinais de trânsito
Assistente activo à manutenção na faixa de rodagem
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Asssistente aos arranques em subida
Travão de estacionamento eléctrico
Cruise control+limitador de velocidade
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Bancos em pele e tecido
Banco do condutor regulável em altura
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele, regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Iluminação ambiente por LED
Painel de instrumentos digital de 7"
Rádio com leitor mp3+ecrã táctil de 7″+6 altifalantes+entradas USB dianteira/traseira
Mãos-livres Bluetooth
Acesso+arranque sem chave
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Retrovisor interior electrocromático
Sensores de luz/chuva
Iluminação exterior por LED
Assistente de máximos
Jantes de liga leve de 16″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit de reparação de furos
Carregador de bordo monofásico de 7,4 kW

Faróis Intellilux por Mtariz de LED (€600)
Pack Premium (€1200 – inclui: carregamento por indução para smartphones; acesso+arranque sem chave; sistema de infoentretenimento IntelliLink com ecrã de 10" e função Mirrorlink)
Jantes em liga leve de 17" (€350)
Pack Style Preto (€400 – inclui: tejadilho em preto; vidros traseiros escurecidos)
Pack Câmara Traseira (€600 – inclui: câmara de estacionamento traseira com visão panorâmica de 180°; sensores de estacionamento dianteiros+traseiros; retrovisores exteriores rebatíveis electricamente; sistema de monitorização do ângulo morto)
Pack Radar (€700 – inclui: cruise control adaptativo)

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zyrgon