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Opel Corsa 1.2 Turbo Elegance

Artigo
Opel Corsa 1.2 Turbo Elegance

Visão geral
Marca:

Opel

Modelo:

Corsa

Versão:

1.2 Turbo Elegance

Ano lançamento:

2019

Segmento:

Utilitários

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.2

Pot. máx. (cv/rpm):

100/5500

Vel. máx. (km/h):

194

0-100 km/h (s):

9,9

Consumos (l/100 km):

5,4-6,2 (WLTP)

CO2 (g/km):

122-140 (WLTP)

PVP (€):

18 860/22 050 (unidade testada)

Gostámos

Motor e prestações, Consumos, Comportamento dinâmico, Direcção, Conforto a bordo

A rever

Altura atrás, Acesso aos lugares traseiros

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Interior
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Segurança
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Motor e prestações
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Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
8.0
Conforto
8.0
Equipamento
8.0
Garantias
6.0
Preço
7.0
Se tem pressa...

Chegada ao mercado a sexta geração do popular utilitário da Opel, o ensaio completo ao novo Corsa 1.2 Turbo Elegance, uma das versões mais interessantes do modelo para Portugal, prova que os mais renitentes pouco terão a temer da integração da marca germânica no Grupo PSA. Pelo contrário!

7.5
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A caminho dos 14 milhões de unidades vendidas, desde o lançamento do modelo original, em 1982, o Corsa assume-se como uma proposta determinante para a Opel, não só por inscrever-se no segmento mais importante do mercado europeu, como por a sua nova geração ser a primeira desenvolvida e lançada após o grupo PSA ter adquirido a marca germânica. Aqui em análise está o novo Corsa 1.2 Turbo Elegance, sem dúvida uma das versões mais equilibradas, e interessantes para Portugal, da sexta geração do utilitário “franco-teutónico”.

Este foi um modelo desenvolvido em tempo recorde, já assente na nova plataforma modular CMP do conglomerado gaulês (a mesma que serve modelos como o Peugeot 208 ou DS3 Crossback), a qual tem como valência adicional o permitir a criação de derivativos 100% eléctricos. No caso do Corsa-e, as primeiras entregas no mercado nacional estão agendadas para o início de 2020, pelo, para já, impõe-se uma avaliação detalhada da variante a gasolina que se prevê venha a ser a mais procurada entre nós.

Podendo não ser as mais "puras" para os padrões da Opel, as linhas do novo Corsa são modernas, apelativas e, acima de tudo, asseguram um excelente desempenho aerodinâmico

Podendo não ser as mais “puras” para os padrões da Opel, as linhas do novo Corsa são modernas, apelativas e, acima de tudo, asseguram um excelente desempenho aerodinâmico

Visualmente, não há como negar que o novo Corsa exibe uma aparência exterior indiscutivelmente moderna, suficientemente consensual e, até, atractiva. Poder-se-á referir que, com rodas maiores, os seus traços tenderiam a ganhar um apelo extra; ao mesmo tempo que os indefectíveis da marca do raio tenderão a sublinhar que as suas formas parecerão “pouco Corsa”, e, mesmo, “pouco Opel” – em especial a secção dianteira.

Mas há um atributo que é imperativo reconhecer à carroçaria: um óptimo desempenho aerodinâmico, comprovado por um Cx de 0,29, que acarreta importantes vantagens, nomeadamente em termos de consumos e emissões. Trunfo que, a seu modo, indica, desde logo, que, nesta nova geração do modelo, e de um modo geral, a eficácia tende a predominar sobre factores de carácter mais “filosófico”…

Já no habitáculo, prevalece a habitual sobriedade (soturnidade?…) das marcas alemãs, num conjunto dominado pelas cores escuras, mas em que, infelizmente, a maioria dos plásticos são duros, sendo as principais notas de algum refinamento dadas pelas aplicações em preto brilhante no tablier e nas portas dianteiras, e pela pele que reveste parte dos bancos e dos painéis das portas, assim como o volante. Ainda assim, o ambiente interior é agradável e acolhedor, e o rigor da montagem será de molde a garantir um envelhecimento relativamente seguro, sem excessivos ruídos parasitas, mais condigno com pergaminhos germânicos nesta matéria – sendo este, porventura, o ponto em que o Corsa mais se destaca, neste particular, dos seus “primos” franceses que fazem uso da mesma base mecânica.

Num ambiente tradicional dominado pelas cores escuras, predominam os plásticos duros, mas a qualidade da montagem e o rigor dos acabamentos merecem encómios

Num ambiente tradicional dominado pelas cores escuras, predominam os plásticos duros, mas a qualidade da montagem e o rigor dos acabamentos merecem encómios

Sem ser uma referência para a classe, em boa parte porque a redução em 48 mm da altura exterior, adoptada para potenciar a já mencionada eficácia aerodinâmica, ditou uma altura atrás, e um acesso aos lugares traseiros, perfectíveis, a habitabilidade acaba por ser interessante (mesmo que, nalguns casos, inferior à do modelo interior), não colocando problemas de maior ao transporte de quatro passageiros adultos – até porque o aumento em 39 mm do comprimento exterior permite ao novo Corsa disponibilizar um apreciável espaço para as pernas dos ocupantes do banco posterior. A capacidade da mala também convence, o mesmo se podendo afirmar da boa posição de condução, com alguma envolvência e bastante mais baixa que anteriormente, merecendo aqui menção o volante com secção inferior plana, com óptimas dimensões e pega, e o painel de instrumentos clássico, mas com excelente legibilidade.

A ergonomia também é bastante correcta, assim como é generoso o equipamento de série oferecido neste nível Elegance, em especial no que diz respeito ao amplo leque de dispositivos de segurança e assistência à condução, descritos em detalhe na ficha de equipamento deste teste. Por tudo isto, o resultado global alcançado pelo novo Corsa neste domínio só pode ser considerado convincente, ainda que os mais puristas não deixem de identificar alguns detalhes que distanciam o ambiente interior do tradicional num Opel, evocando o conhecido dos modelos da PSA, mormente o grafismo e a organização de menus do sistema de infoentretenimento. Nada que seja decisivo, mas que acaba por ser notório para os olhares mais atentos.

A habitabilidade, sem ser uma referência, sobretudo no que à altura atrás diz respeito, é convincente para o segmento

A habitabilidade, sem ser uma referência, sobretudo no que à altura atrás diz respeito, é convincente para o segmento

A mecânica também nada trará de novo aos que melhores conhecem os modelos do grupo francês, ou até outras propostas da Opel, mas nem por isso deixa de ser um dos maiores trunfos deste Corsa 1.2 Turbo Elegance. Sob o capot está o bem conhecido motor de três cilindros e 1199 cc, com 100 cv e 205 Nm, uma unidade que se destaca, de imediato, pelo seu funcionamento deveras suave e silencioso, e ainda mais tendo em conta a respectiva arquitectura.

Mas não só. A sua disponibilidade e vivacidade são tais, que não raro parece ter um rendimento superior aquele que, na verdade disponibiliza, situação a que também não será alheia a substancial redução de peso de que o novo Corsa foi alvo relativamente ao seu predecessor (nalguns casos, de quase 200 kg), com a versão em análise a anunciar uns muito convincentes 1049 kg. Por tudo isto, este tricilíndrico é tão capaz de ser muito económico em todo o tipo de utilização, como de garantir boa reposta na maioria das situações, e um muito apreciável dinamismo de condução.

Prova disso mesmo, os números. Cumprindo os limites de velocidade, e mantendo um ritmo de condução minimamente estável, em estrada é fácil obter médias inferiores a 4,5 l/100 km, tendendo as mesmas a rondar os 6,0 l/100 km em auto-estrada, sendo que em cidade, sem grandes sacrifícios de condução, os valores superam liminarmente os 8,0 l/100 km. Outra boa notícia é que, fazendo bom uso da caixa de velocidades, suave e precisa q.b., embora com uma quinta e, sobretudo, uma sexta relações propositadamente mais longas, para conter o consumo, mas sem comprometer de forma determinante o desempenho dinâmico, nem exigindo recurso demasiado frequente numa condução normal, a disponibilidade do motor, e as boas prestações por este garantidas, permitem praticar uma condução dinâmica e, inclusivamente, divertida, sem que as médias superem os 9,5 l/100 km.

O comportamento dinâmico é mais um dos grandes trunfos do novo Corsa. A par da já citada “dieta” sofrida pelo modelo, elementos como as eficientes suspensões, o aumento em 15% da rigidez torsional ou o de centro gravidade mais baixo traduzem-se num desempenho muito interessante, marcado pela agilidade, e pelas reacções sempre honestas e previsíveis.

O motor 1.2 de três cilindros e 100 cv garante óptimos consumos, mas nem por isso se nega a proporcionar uma condução mais dinâmica e divertida, que o châssis acompanha

O motor 1.2 de três cilindros e 100 cv garante óptimos consumos, mas nem por isso se nega a proporcionar uma condução mais dinâmica e divertida, que o châssis acompanha

Por isso, a direcção precisa e directa, a par do sistema de travagem bem dimensionado, acabam por ajudar a fazer deste um utilitário muito fácil de conduzir, e que só numa utilização mais intensa, que não enjeita, mas para que não está originalmente vocacionado, demonstra que o equipamento pneumático, mais orientado para o baixo ruído de rolamento e para a poupança de combustível, impede que se explore na totalidade o elevado potencial de um châssis extremamente equilibrado. Até porque, e esta será mais uma discorrência da integração na PSA, no novo Corsa não é possível desligar por completo o controlo de estabilidade, e mesmo o controlo de tracção só pode ser inibido a baixa velocidade, para facilitar os arranques em pisos de fraca aderência.

À laia de compensação, e não obstante um pisar sólido, que inspira confiança a quem segue ao volante, o nível de conforto oferecido aos ocupantes, mesmo em mau piso, é de alto nível, graças à forma competente como a suspensão digere irregularidades. Sendo este mais um parâmetro de avaliação em que tudo parece indicar que, no novo Corsa, houve uma clara tentativa de comungar as melhores valências das “escolas” alemã e francesa no que à indústria automóvel diz respeito.

Aqui chegados, a principal conclusão a retirar deste teste é que a sexta geração do utilitário da Opel poderá ser a menos germânica de todos, mas também será a melhor de sempre. No caso concreto do Corsa 1.2 Turbo Elegance até o preço tende a concorrer para tal afirmação, dado que, por €18 860, se tem acesso a um automóvel moderno, suficiente espaçoso, capaz de ser, ao mesmo tempo, bastante económico e muito interessante de conduzir, com um châssis que garante não só um elevado conforto de marcha, como uma apreciável eficácia a ritmos mais intensos e, principalmente, uma grande segurança ao volante. Tudo indicando, pois, que, na Opel, a integração plena na PSA está no bom caminho.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Pack NCAP (inclui: travagem autónoma de emergência com alerta de colisão frontal; akerta de atenção do condutor; sistema de leitura de sinais de trânsito com limitador de velocidade)
Assistente à manutenção na faixa de rodagem
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Asssistente aos arranques em subida
Travão de estacionamento eléctrico
Cruise control adaptativo+limitador de velocidade
Ar condicionado
Computador de bordo
Banco do condutor regulável em altura
Banco traseiro rebatível 60/40
Bagageira com piso duplo
Volante em pele multifunções regulável em altura+profundidade
Direcção com assistência eléctrica variável
Rádio com leitor mp3+ecrã táctil de 7″+6 altifalantes+entrada USB
Mãos-livres Bluetooth
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Sensor de luz
Iluminação exterior por LED
Assistente de máximos
Faróis de nevoeiro por LED
Jantes de liga leve de 16″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus

Pintura Metalizada (€450)
Pack Premium (€1350 – inclui: ar condicionado automático; carregamento por indução para smartphones; acesso+arranque sem chave; sistema de infoentretenimento com ecrã de 10" e função Mirrorlink; sistema de navegação; Pack Visibilidade - sensor de luz+chuva/retrovisor interior electrocromático)
Tecto panorâmico (€800)
Vidros traseiros escurecidos (€190)
Pack estacionamento (€400 – inclui: câmara de estacionamento traseira com visão panorâmica de 180°; sensores de estacionamento traseiros)

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zyrgon