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Skoda Octavia Break RS 2.0 TDI 184 cv

Artigo
Skoda Octavia Break RS 2.0 TDI 184 cv

Visão geral
Marca:

Skoda

Modelo:

Octavia

Versão:

Break RS 2.0 TDI 184 cv

Ano lançamento:

2014

Segmento:

Familiares compactos

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

2.0 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

184/3500

Vel. máx. (km/h):

210

0-100 km/h (s):

8,1

CO2 (g/km):

119

PVP (€):

36 950/40 137

Gostámos

"Grip" gerado, Disponibilidade do motor em regimes baixos e médios, Relação preço-performance-versatilidade

A rever

Visual (ligeiramente) exagerado pode não ser para todos, Suspensão passível de ser aperfeiçoada

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Qualidade geral
7.0
Interior
8.0
Segurança
7.0
Motor e prestações
9.0
Desempenho dinâmico
9.0
Consumos e emissões
9.0
Conforto
8.0
Equipamento
7.0
Garantias
7.0
Preço
8.0
Se tem pressa...

Todas as peças encaixam no puzzle da Skoda Octavia Break RS 2.0 TDI 184 cv: excelentes prestações, comportamento dinâmico acima da média, um visual apelativo e todas as vantagens inerentes à carroçaria. O verdadeiro automóvel total, que apenas mancha a pintura com a sua suspensão aperfeiçoável

7.8
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O Octavia RS 2.0 TDI 184 cv é a excepção da gama Skoda: acarreta toda a carga emocional que mais nenhum modelo tem – excepção feita ao pequeno Fabia RS que, por vários motivos, está a anos-luz do pequeno familiar -, mas sem nunca perder o fio à meada da Skoda. Tem a racionalidade inerente do Diesel 2.0 TDI 184 cv, é verdade, e também oferece toda uma versatilidade familiar que a vasta maioria dos desportivos apenas sonha em fazer, derivado da carroçaria de três verdadeiros volumes, mas é, ainda assim, um digno concorrente do segmento. E por uma razão muito simples: é diferente.

Skoda Octavia Break RS 2.0 TDI 184 cv

O pára-choques, completo com uma grelha inferior mais desportiva, é específica do RS; as jantes de 18″ Gemini são oferecidas de série e têm um excelente aspecto

A versão RS tem sido o subterfúgio dos pais de família com “pressa” nas veias. “É uma carrinha Octavia Diesel”, dirá à sua cara-metade, omitindo os 230 km/h de velocidade máxima ou os 8,1 segundos no exercício 0-100 km/h. Porque, apesar de tudo, é exactamente o que esta Octavia RS é: uma versátil carrinha de segmento C que, por acaso, é também um bom desportivo camuflado. O motor 2.0 TDI surge, aqui, naquela que é a sua versão mais potente até à data na Skoda – 184 cv de potência – e rubrica excelentes números e muito boas recuperações. Aos 8,1 segundos anunciados, facilmente se retirou outro meio segundo ao exercício 0-100 km/h; além disso, todas as recuperações são feitas abaixo da fasquia dos dez segundos – coisa rara -, o que comprova tacitamente que este não é um motor de se desprezar; recuperações de 3ª e 4ª relações nunca são feitas acima dos seis segundos e, melhor que tudo, combinam-se  boas prestações com consumos contidos: 6 l/100 km de média final calculada é um excelente valor. No modo RS, o bloco ganha uma sonoridade mais grave e trabalhada, quase como se fosse um cinco cilindros da velha guarda, mas nunca chega a ter o mesmo carácter. Ainda assim, melhor do que ouvir um “banal” Diesel de dois litros.

Por fora, percebe-se a intenção da marca em demarcá-la das restantes Octavia. As jantes específicas – qualquer uma delas de bom gosto, mas estas Gemini são qualquer coisa -, a grelha dianteira mais desportiva e os pormenores em preto (opcionais), que ajudam a sublinhar o contorno da grelha e compõem a molduras das portas e as barras de tejadilho conferem um ar… maroto. No interior, a mesma atitude: os bancos desportivos (aqui, opcionais em pele) têm um bom apoio lateral e a posição de condução é excelente, como habitual nos segmento C do grupo VW – direcção muito vertical, pedal acelerador vertical, ideal para o ponta-tacão, e um pedal de travão com ataque bem calibrada e progressividade ideal. A caixa manual de seis velocidades tem um manuseamento ligeiramente “elástico”, mas a acção é curta e precisa, tal e qual como se pede num desportivo.

Skoda Octavia Break RS 2.0 TDI 184 cv

O selector RS permite seleccionar a resposta do acelerador e a assistência da direcção, partindo do Eco até a um modo RS. Neste último modo o acelerador ganha uma “finesse” adicional, mas a direcção revela-se excessivamente firme

A atitude dinâmica da RS tem no Golf GTD (pode ler o ensaio aqui) o equivalente perfeito – facilidade de condução em detrimento de eficácia pura. A afinação de suspensão é muito semelhante, ambos exibem um controlo acima da média do torque steer provocado pela descarga de mais de 300 Nm de binário e uma modulação, ainda que ligeira, da atitude da traseira quando devidamente provocada (e igualmente castrada pelo controlo de estabilidade que apenas permite um “ESP Sport” intermédio, nunca inteiramente desligável). Na minha opinião, linhas de trajectória limpas são, de longe, a melhor maneira de desfrutar do Octavia RS e do seu chassis. Facilmente se consegue inserir a frente no arco, sentindo-se a suspensão a carregar (com um ligeiríssimo rolamento de carroçaria) e, depois, já com a saída em vista, espremer progressivamente o acelerador e esperar que o autoblocante electrónico faça a gestão apropriada de tracção – que o fará em 99% das situações. A motricidade é muito acima da média, especialmente se considerarmos o peso adicional do motor Diesel e o binário que o mesmo “descarrega” no eixo dianteiro. A suspensão é consideravelmente firme, mas é o preço a pagar para se ter o máximo controlo de carroçaria nos “piores” momentos. Talvez mais inconveniente seja o facto desta mesma firmeza se traduzir num constante saltitar em pisos menos do que perfeitos; e mesmo em auto-estrada, o movimento nem sempre é o mais confortável.

Mas talvez mais importante do que encontrar os pontos em comum com o Golf GTD, interessa diferenciá-los. E se há diferença que os diferencia, passe o pleonasmo, é o preço – e a carroçaria. É, pelo menos por enquanto, impossível comprar um modelo da gama GT do Golf na carroçaria Variant, transformando esta Octavia Break RS numa de apenas duas “super-carrinhas” do grupo, se adicionar a Leon ST com o mesmo motor; na minha opinião, a carrinha da Skoda é mais equilibrada do ponto de vista visual, mas design é design e o leitor saberá tão bem quanto eu o que é que se costuma dizer sobre opiniões. De um ponto de vista mais “racional”, o Golf nunca terá os 610 litros de capacidade do Skoda, mas apenas 380 l – para famílias grandes, este valor fará a diferença.

Mas mais importante, o preço: esta Octavia Break RS ultrapassa, por muito pouco, os 40 mil euros com todos os opcionais que aqui vê; o Golf GTD precisará, apenas para se “começar a falar”, de mais dois mil euros. E para onde vai esse dinheiro adicional? Bem, todo todo não lhe saberei dizer, mas há uma diferença bem notória: o Golf GTD dispõe de amortecimento pilotado DCC e a Octavia Break RS… nem por isso. E isso poderá fazer toda a diferença se fizer muitos quilómetros. É experimentar e escolher se consegue viver com o “castigo” da Skoda ou se necessita, efectivamente, do investimento adicional. Pessoalmente, não teria problemas, mas deixarei as costas de cada um tomar essa decisão…

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros+traseiros
Airbag para os joelhos do condutor
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Controlo electrónico de estabilidade
Ar condicionado electrónico bizona
Computador de bordo
Banco do condutor regulável erm altura
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Bluetooth
Auto-rádio com leitor de CD/mp3+8 altifalantes+leitor de cartões SD+tomadas Aux/USB
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Cruise control
Faróis de nevoeiro com função de curva
Jantes de liga leve de 17″
Barras de tejadilho

Pintura metalizada (€400)
Sistema de navegação Columbus (€1760, inclui cartografia Europa, conectividade Apple e ecrã MaxiDot)
Estofos em pele tipo RS (€552)
Performance mode selector (€185)
Compartimento multi-funções na bagageira (€52)
Pacote Black Design (€78, barras de tejadilho, capas dos retrovisores, frisos laterais e contorno da grelha em preto)
Sun Set (€160, vidros traseiros escurecidos)

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Sobre o autor
Pedro Mosca